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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Sem Vergonha

Com o final do ano, é inevitável que façamos uma análise de tudo que fizemos de importante.

Penso que uma das coisas mais legais que surgiram em 2010, foi ter criado este blog.

Já contei aqui como surgiu a ideia e até agora sinto o mesmo estranhamento do início da criação.

Eu, que sempre tive dificuldades para escrever e sempre odiei a disciplina de português na escola, tenho um blog público!

E onde foi parar minha vergonha?

O prazer de postar neutralizou minha vergonha... 

Aliás, prazer é algo que sempre deveria estar na meta de todos os seres humanos, mas isso é tema para outra postagem.

Inicialmente apenas criava textos e os guardava de forma desorganizada.

O que mais importava era o processo criativo e não tinha muita necessidade de compartilhar com ninguém.

Tempos depois, fiz a consulta com a astróloga e a partir do meu mapa astral e da conversa que tivemos, ela sugeriu que eu canalizasse minha criatividade escrevendo livros.

Não tive muito ânimo de participar de cursos de produção literária e nem mesmo de oficinas e a ideia que inicialmente pareceu interessante, ficou paralisada.

Foi então que meu afilhado, que já era blogueiro, surgiu com a ideia perfeita, de aquariano para aquariana, da criação do blog.

Todo o constrangimento e insegurança que surgiram nas primeiras postagens foram dando lugar a muito prazer.

Percebo que esses sentimentos vinham mais por minha dificuldade com a escrita, do que pela exposição que todo blogueiro que faz abordagens pessoais sofre.

Hoje, quando estou aqui, fico sem vergonha...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Relacionamentos Amorosos no Futuro

Como serão os relacionamentos amorosos no futuro? Tentei imaginar, de forma otimista, e cheguei a algumas conclusões:


Teremos maior clareza sobre a duração da paixão - Estaremos apaixonados por mais ou menos três anos e depois disso se nossa paixão se transformar em amor, talvez possamos permanecer juntos por mais algum tempo ou até mesmo para sempre.

Com relação às opções sexuais, acho que haverá um aumento nos casos de bissexualidade - Se não estivermos mais satisfeitos com nossa relação, poderemos ir em busca de outro homem ou mulher, conforme nossa preferência no momento.

Seremos menos hipócritas com nossos filhos - Demonstraremos mais claramente nossos sentimentos enquanto pais e não fingiremos que tudo está bem quando o nosso relacionamento já estiver em crise ou acabado.

Reinventaremos nossas relações sem nos prendermos a padrões pré-estabelecidos pela sociedade - Se o casal não estiver satisfeito e achar que existe potencial para reinventar seu casamento, irá tentar outras formas, de comum acordo, que satisfaça ambas as partes.


Acho que estamos aprendendo a valorizar mais os nossos sentimentos e, portanto, nossos relacionamentos amorosos deverão se beneficiar com esse aprendizado, no futuro.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Desistir?

Não sei desistir... Ainda mais quando sei exatamente o que quero.
Sei que algumas pessoas quando lerem esta postagem irão pensar algo tipo: "É uma filha única mimada..."
Até pode ser um pouco por isso mesmo, tendo em vista que quando criança, sempre tive todas as bonecas que quis.
Isso acontece em todas as áreas, quando quero, quero mesmo! E o pior é que, como não consigo desistir, sigo tentando conseguir mudar o rumo das coisas, mesmo quando percebo que o melhor seria aceitar a situação como é.
E só quem pode me ajudar nestas horas, é o tempo. E dependendo do meu objeto de desejo, muitas vezes preciso de muito!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sucrilhos

Tenho três filhos. Inicialmente foi difícil de aceitar, afinal só tinha escolhido ter dois.
Minha mãe é minha terceira filha.
Como os três se relacionam? Muitas vezes, além dela ser minha filha, ela é também irmã do meu filho mais novo. Com relação ao meu filho mais velho ela cumpre sempre o papel de avó, o que às vezes também fica complicado.
Já não basta a disputa por atenção que existe entre os três - meu marido e meus dois filhos?
Quando ela está num desses momentos irmãzinha do meu filho, é terrível. Agora mesmo acabou de acontecer uma briga porque ela estava comendo o sucrilhos que ele havia guardado para comer mais tarde - como ele está com uma virose, esse é um dos poucos alimentos que ele tolera comer sem enjoar. E como só tem uma caixa pela metade...
Essa transferência aconteceu quando minha avó morreu - eu devia de ter uns cinco anos de idade. Minha amada mãe era extremamente dependente de minha avó. Quando ela faltou, imagino que ela tenha olhado para todos os lados a procura de alguém para substituí-la e na falta de outra pessoa, sobrou para mim. Foi aí que eu me tornei mãe da minha mãe... I
Minha mãe é o grande amor de minha vida, só não sei se esse amor tem relação com amor de mãe ou de filha. Também não tenho dúvida do amor que ela sente por mim - não sei se é...
Mas o que importa é que, no meio dessa confusão toda, aqui em casa não falta amor, muito amor!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cadáveres

Eu e meu filho estávamos no Shopping ontem, quando ele encontrou um amigo que estava acompanhado da namorada.

O nome dele é Tales e já havia ouvido falar muito dele.

Conversando com o casal, contei para eles que Tales seria o nome do meu filho, afinal cursei Matemática e para nós estudantes, Tales de Mileto era como um velho conhecido.

Conversamos um pouco e ao nos despedirmos comentei com meu filho o quanto me pareceu pura, a energia que emanava do Tales.

Ele então me contou que o cara é muito legal, um grande amigo, baterista e... É vegetariano!

Um arrepio percorreu meu corpo quando me dei conta de que quase adivinhei que o amigo especial do meu filho, não comia cadáveres.

Eu mesma já tentei me tornar vegetariana e por dez anos não comi carne, mas quando o meu primeiro filho nasceu e em um certo período ficou doente e quase não comia, acabamos voltando a comer os tais cadáveres...

Hoje ainda como cadáveres, mas em pouquíssima quantidade e espero que com o tempo, eu consiga eliminar completamente esse péssimo hábito alimentar.





sábado, 18 de dezembro de 2010

Férias

Ainda faltam alguns dias para minhas férias, mas já estou vivendo mais uma vez no futuro. Sei que deveria me concentrar no agora, mas está sendo muito difícil porque estou com muita saudade do mar.
Também estou com vontade de mudar a rotina, criar outra ou não criar nenhuma.
Eu só quero: banhos de mar, bons livros, picolé Mega Amêndoas (eventualmente, claro), cerveja gelada, Smirnoff Ice quase congelada, banhos de sol, caminhadas a beira mar com sol ou com chuva, bagunça no apartamento com a presença de um monte de gente, sair à noite, passear com Amy e Olivia, comemorar meu aniversário com o tradicional luau e todos amigos que quiserem aparecer, olhar pelas janelas e ver o cenário mais lindo do mundo - o mar!
Vida quase perfeita, não? Tenho repetido as mesmas férias já há alguns anos, mas não me importo porque é sempre muito prazeroso.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Saudade

Com a chegada das festas de final de ano, vem uma saudade... Saudade daquelas pessoas que já morreram e que fazem tanta falta - me refiro, especialmente, ao meu pai, minha tia e meu sogro.
Claro que com relação ao meu pai a dor é eterna, nunca vou me acostumar com a ausência dele na minha vida. Em cada momento importante, penso em como seria bom se ele estivesse presente. Lembro do quanto ele amava meus filhos e como estaria feliz de vê-los crescendo e se tornando seres tão lindos.
A morte do corpo físico é algo com o qual eu ainda não aprendi a lidar, muito embora acredite na imortalidade do espírito.
Penso que cada vez mais devemos aproveitar ao máximo os momentos bons da vida ao lado das pessoas que realmente são importante para nós. Não devemos economizar as demonstrações de carinho e amor! Sou daquelas que quando ama, diz.
Muito amor é o que eu desejo para todos os seres do Universo! E mesmo que neste final de ano a saudade me deixe meio triste, vou procurar olhar ao meu redor e entrar em contato com todas as coisas maravilhosas que estão acontecendo neste momento.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Anjos e Demônios

Assisti a um filme em que a personagem principal citava a seguinte frase de Tenessee Williams: "Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também".

Pensando sobre a frase, acho interessante no que se refere ao conhecimento que adquirimos ao longo da vida, a partir dos opostos - se não soubéssemos o que é o mal, não teríamos como saber o que é o bem.

Acho que os opostos sempre existem, em quaisquer circunstâncias.

E quanto ao amor e ao ódio?

Segundo Deepak Chopra, escritor indiano, radicado nos EUA, sempre que existe amor, existe ódio...

Isso me faz pensar nos relacionamentos "mornos" onde o casal parece não se emocionar com nada que venha do casamento.

Nunca brigam, mas também não parecem satisfeitos.

Não estou aqui fazendo apologia às brigas, mas acho que sempre que amei fiquei mais suscetível a momentos de raiva e ódio.

E quando já no final de relacionamentos, não me lembro de sentir grandes emoções - nem boas, nem ruins.

Será que é por esse motivo que existe o mal?

Para se confrontar com o bem e aí então nos possibilitar ver as coisas boas da vida?

A personagem do filme a qual me referi, no decorrer da história, mostra claramente que traz em si as duas faces - do bem e do mal.

Acho que todos nós somos anjos e demônios - vai somente depender das circunstâncias para que surja um ou outro...

E a partir dessas vivências, aprenderemos sobre a vida.



sábado, 11 de dezembro de 2010

Pecado Preferido

Dos pecados, meu preferido é a gula. Sempre foi assim, desde os primórdios...
Quando era criança já adorava comer desde comidas sérias até comidas tipo guloseimas. Sou descendente de italianos e sempre achei que a relação passional que minha família tem com comida justificasse a minha gula. Ou será que tenho problemas com relação a fase oral ou outro tipo de problema psicológico? Pode ser...
Mas hoje extrapolei meus limites e após dias doentinha, com problema gástrico, acordei bem melhor. Adivinhem então o que eu fiz? Fui almoçar num restaurante com rodízio de grelhados e comi quase tudo que queria, só descartei a sobremesa.
Claro que voltei de lá enjoada, mas logo que melhorei me lembre de todas aquelas sobremesas maravilhosas que foram desprezadas por mim e me deu uma vontade de voltar lá para resolver o problema.
Tudo começou quando fiz a consulta com a médica, na terça-feira e ela me disse que eu deveria comer só quando tivesse vontade e que poderia escolher qualquer comida que quisesse. Claro que ela não sabia com quem estava falando... Mas vou colocar a culpa nela sim, é tão bom e eu nunca faço isso.
Na quarta-feira ainda estava verde e não queria comer nada. Mas quando na quinta-feira comecei a melhorar, me lembrei do que a médica havia me dito e comprei M e M’s. Devorei uns três daqueles tubinhos e quase não consegui guardar dois para meu filho.
Acho lindas as pessoas que conseguem se manter magras e saudáveis, mas como esse padrão é incompatível com esse meu pecado preferido! Talvez esteja na hora de substituí-lo por outro...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Doente e Carente

Estou doente há alguns dias.

E como geralmente acontece, desde sempre, fico carente.

Acho que geralmente consigo expressar sentimentos, idéias, raivas, amores,...

Mas ainda tenho um pouco de dificuldade de falar das minhas carências.

Parei para pensar no porquê dessa barreira e claro que fui buscar a resposta na minha infância.

Encontrei, pelo menos, algum sinal do motivo de lidar tão mal com essa parte de mim, ou falta de mim.

Lembrei de quando não me permitiam reclamar da vida e sempre ouvia: "O que mais tu quer, tem tudo!" ou "Tu não tem motivos para ficar triste”.

O velho estigma da filha única que me acompanha até hoje - tem tudo e é mimada.

Ninguém se preocupa em verificar se isso é verdade ou não.

Acho que foi a partir dessa época que devo ter tirado o foco de quem realmente eu era e passei a compor um personagem, que em muitos momentos me ajudava a sobreviver em situações difíceis, impedindo que eu me tornasse uma pessoa negativa e amarga.

Fui me reencontrar bem mais tarde, com a ajuda da vida, de amores, da análise, de sofrimentos, de alegrias,...

Só então, pude me despedir do meu personagem e voltar a ser eu mesma.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Proibida

Acabei de acabar uma das postagens que eu mais gostei e acabei de ser proibida de postar...
Nem todos gostam de aparecer por aqui com suas vidas contadas como realmente são sem enfeites ou photoshop.
Claro que as minhas melhores postagens, foram as que eu consegui ser mais verdadeira sem, no entanto, me violentar.
Agora, quando envolve diretamente a vida dos outros, a situação fica muito complicada e procuro ter muito cuidado.
No início do blog, ouvia com muita frequência: "Como tu és corajosa, te expondo dessa maneira!"
Não tenho muito problema de dizer o que penso e quando chego num lugar onde não conheço ninguém, consigo, geralmente, manter contato imediato e fácil com as pessoas, sendo bem verdadeira.
As pessoas gostam de ouvir e ler sobre verdades...
Acho tão ruim ficar fazendo tipo, que perda de tempo!
Quanto a minha postagem gostosa, vou guardá-la nos meus rascunhos para tentar convencer mais adiante a pessoa que me proibiu de publicar.

Bolsa-Família

Li no site Terra:

"Bolsa-Família: 42% dos beneficiários continuam miseráveis
Um levantamento inédito do Ministério do Desenvolvimento Social, feito a pedido do Jornal Estado de São Paulo, mostrou o número de famílias que permanecem na extrema pobreza apesar de receberem o benefício do Bolsa-Família."

Na matéria ainda é dito que para acabar com o problema, o valor do benefício básico teria que ser dobrado, de R$ 68,00 pago às famílias que têm renda per capita de até R$ 70,00. Com essa medida, o impacto nas contas públicas teria um gasto extra de R$ 8bilhões.

Qual o sentido então dessa ação assistencialista, que embora envolva um valor exorbitante, serve apenas de paliativo a uma situação que se agrava dia após dia?
Sempre achei que seria muito mais eficaz, especialmente a longo prazo, um investimento num projeto político sério de Planejamento Familiar. Dentro desse projeto, poderia então haver algum programa de assistência imediata, temporária, às famílias mais necessitadas. Mas jamais poderíamos ter como finalidade, apenas o atendimento imediatista dessas famílias, gerando assim, dependência total por parte dos beneficiários, tornando-os reféns do sistema, sem que os mesmos possam criar condições de melhorar o padrão de vida que levam.
Nunca vi o bolsa-família como um ato político e sim como um ato assistencialista imediatista sem impacto positivo na vida futura dessas pessoas.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Segurança Pública no Rio de Janeiro

Marcos Rolim fez hoje, uma leitura perfeita sobre o domínio de território por grupos armados no Rio de Janeiro – Zero Hora, página 18.
Lendo sua crônica, lembrei o porquê de não ter me rendido aos apelos jornalísticos quando colocavam pessoas chorando, em telejornais, emocionadas por acreditarem que seus heróis, os policiais, haviam vencido a batalha contra os traficantes...

Vou transcrever aqui, um trecho da referida crônica:

“Por isso, a polarização pressuposta nas coberturas jornalísticas entre “polícia” e “traficantes” não existe no RJ. Traficantes mantêm bases territoriais e pontos fixos de venda porque compram proteção dos segmentos criminosos das polícias. Tudo funciona como em uma S/A de capital fechado. Boa parte das armas do tráfico é fornecida por policiais que, assim, colocam em risco a vida de todos, sobretudo a vida dos policiais honestos, aqueles que – apesar dos baixos salários – honram sua missão e nos protegem. Estes estão fora da “sociedade” e, por isso, correm riscos extras em suas corporações.”

E sobre o combate eficaz contra o tráfico:

"Para derrotá-lo, será necessária uma política pública de redução de danos que permita segmentar o mercado com experiências progressivas de legalização das drogas. A opinião pública no Brasil, entretanto, por desinformação e preconceito, não está disposta sequer a fazer este debate. Os traficantes e seus sócios, é claro, agradecem."

sábado, 4 de dezembro de 2010

Mais Paixão

Novamente pedi emprestada uma frase de uma amiga: "O contrário de paixão é tédio".

Quando ela falou a referida frase, eu até pensei que não tinha nada a ver.

Mas num segundo momento, depois dela ter se explicado, concluí que ela tinha toda razão.

Minha querida amiga sugeriu que eu fizesse um comparativo com relação aos dois estados: apaixonado(a) e entediado(a).

Quando estamos apaixonados, ficamos muito felizes, qualquer coisa é motivo para rirmos, a vida é bela no geral, ficamos otimistas diante dos problemas,...

Quando estamos entediados, nada tem graça, a vida fica cinza, os problemas ficam maiores, ficamos pessimistas,...

Fui obrigada a concordar plenamente - aliás, nunca tinha ouvido essa definição de paixão.

Adorei!

E mais uma vez penso que a paixão não podia ter prazo de validade...

Deveria ser para sempre, como acontece com o amor.

Viveríamos num estado de graça, seríamos pessoas melhores e mais criativas.

Provavelmente diminuiríamos, significativamente, os nossos problemas tanto pessoais quanto sociais, como: injustiças, violência, guerras, conflitos religiosos, etc.

Mas voltando a realidade o que nos resta é, sempre que possível, aproveitarmos intensamente quando estivermos apaixonados e houver reciprocidade.

Sem dúvida, esse é o melhor estado que o ser humano pode experimentar aqui na Terra.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mulher em Manutenção 2

Acho que estou vivendo a maldição das festas. Não suporto mais receber tantos convites...
Quero ficar em casa, esse é o meu maior sonho de consumo da atualidade.
Claro que a maioria dos convites que recebo são de pessoas que eu adoro.
Agora, resolvi dizer não. Com delicadeza, mas minha resposta será negativa para a maioria dos convites que receber daqui para diante.
Já tenho algumas festas confirmadas e chega!
Meu sonho é passar um final de semana inteiro em casa, somente saindo para almoçar ou para ir ao cinema sábado à noite. Vou tentar realizá-lo o mais rapidamente possível.
Minha família, minhas cadelas, minha gata, banho-de-sol, piscina, livro, computador,... É só o que preciso!
Me perdoem meus amigos, mas eu precioso parar tudo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O Professor Feliz

Meu filho estava me esperando num restaurante e quando cheguei, sugeri a ele que trocássemos de mesa porque minha mãe também jantaria conosco.

Quando fizemos a troca, ele percebeu que havia esquecido o seu guarda-chuva na mesa que estava ocupando antes, e quando se moveu para levantar, veio na sua direção uma menininha de uns sete anos com um sorriso imenso, tendo nas mãos o objeto esquecido como se fosse uma joia de grande valor.

Sua mãe observava de longe, parecia orgulhosa com a atitude da filha.

Meu filho sorriu agradecendo, também muito feliz.

Fiquei perplexa diante daquele momento mágico, sem entender muito bem o motivo de tanta felicidade.

Foi nesse instante que ele me disse que aquela garotinha era sua aluna de música.
 
Fiquei emocionada com a cena – entendi mais uma vez o porquê dele ter escolhido essa carreira.

Ele adora ser professor e não é à toa que este ano, com apenas 21 anos, já está concluindo um curso de pós-graduação na área de educação musical.

Quando com 17 anos ele iniciou, simultaneamente, os dois cursos: Direito e Licenciatura em Música, no meu íntimo, sabia qual dos dois seria abandonado (ou pelo menos adiado)...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dor

Sempre que vejo um animal abandonado ou sofrendo maus tratos, tenho vontade de morrer, sinto uma dor sem fim.
Sei que não adianta ficar chorando ou deprimida, mas isso está além do meu controle.
Não consigo nem me aproximar muito dos problemas que envolvem os bichos, principalmente os de rua. E quando auxilio, tenho que manter algum distanciamento porque fico muito mal.
Muitas vezes tenho vontade de pedir às pessoas que não me contem nada referente a problemas que envolvam animais...
Tenho vontade de adotar todos que vejo e como não é possível, vou fazendo o que posso.
Vejo a causa que envolve a Proteção aos Animais como a mais importante da atualidade, e acho que aos poucos a humanidade está se dando conta disso.
Espero viver o dia em que finalmente os animais sejam respeitados e cuidados como merecem.

domingo, 28 de novembro de 2010

Samba

Continuando o assunto da postagem anterior...
Cheguei à conclusão que muitas vezes exijo muito de mim mesma, quando digo que gosto ou que não gosto.
O exemplo disso é com relação ao samba. Sempre digo que não gosto, mas adoro a música Mina do Condomínio do S. Jorge - e é samba-rock.
Sábado passado, outra vez tive que rever meus conceitos - fomos ao aniversário da Deputada Maria do Rosário que foi comemorado na quadra da Escola de Samba Império da Zona Norte e quando a escola fez a apresentação, vi aqueles negros e negras com aquela cor de chocolate (aparece aí minha crise de abstinência por causa do regime), adorei!
Foi uma amiga que insistiu para que fossemos e valeu a pena.
Fiquei até me questionando no porquê de não ter me dedicado a aprender a sambar e nunca mais ter ido a um ensaio. Como faz muito tempo que não assisto a ensaios ou aos desfiles de escolas de samba, tinha me esquecido o quanto gostava.
Vou de um extremo ao outro, agora parece que meu estilo favorito de música é o samba! Definitivamente não é, mas vou ter mais cuidado ao dizer que não gosto...

sábado, 27 de novembro de 2010

Pecado

De alguma forma aprendi, e está sendo difícil desaprender, que sempre devo me posicionar sobre tudo.
Ficar em cima do muro é muito feio. Não saber se gosto ou não gosto, sem definição ou posicionamento, é proibido.
Mas voltando à essência do ser humano: nossas células tão mutáveis, nosso corpo e mente tão adaptáveis, quando saudáveis... Isso não combina com posicionamentos engessados.
Acho que muitos segredos da alma estão nessa essência misteriosa e encantadora que é o nosso corpo humano. A inteligência e versatilidade de nossas células e órgãos nos transmitem todo o mistério da existência.
Fazendo uma humilde leitura dessa mensagem, percebo que somos seres mutantes e transformadores. Portanto, podemos mudar de idéia e de vontade sem, muitas vezes, aviso prévio.
Não, não é pecado dizer, às vezes, que não sei, que não quero mais o que queria a minutos atrás, que agora penso diferente, que resolvi ir embora ou que quero ficar quando todos resolveram ir,...
É maravilhoso ouvir o que nossa essência tem a nos dizer, e é muito libertador e prazeroso quando nos permitimos ir nessa direção.

domingo, 21 de novembro de 2010

"Trem das Onze"

A minha postagem sobre o fato de ser filha única fez com que eu me lembrasse de algo intimamente ligado a esse “problema”.
Quando criança, sempre que meu pai ouvia a música Trem das Onze, de Adoniran Barbosa, me chamava e fazia brincadeiras. Embora soubesse que ele não fazia por mal, odiava calada cada vez que isso acontecia.
A associação que faço até hoje, quando ouço essa maldita música, é automática. Odeio desde o primeiro acorde e acho que tudo de ruim que eu sentia por ser filha única, depositei nessa canção.
Para quem não conhece a música, ela conta a história de um homem, filho único, que não pode ficar com a amada porque precisa voltar para casa e sua mãe não dorme enquanto ele não chegar.
Muito embora hoje em dia essa questão de ser a única filha já esteja mais bem resolvida na minha vida, sobrou a raiva que sinto da música.
Ainda bem que geralmente temos criatividade para poder superar, ou pelo menos conviver bem, com nossos traumas...

Quando a "Pública" entrou no meu blog...

Adoro a banda Pública e embora não conheça bem todas as músicas, consigo identificá-la pela bateria.
Agora mesmo, enquanto estava finalizando uma postagem, aconteceu isso nos primeiros acordes da música – ouvi aquela bateria maravilhosa...
Acabei me desconcentrando do que estava fazendo e aqui estou eu em outra postagem nada a ver com a que estava trabalhando.
Como é bom experimentar a liberdade!
Sei que na vida real as coisas geralmente não funcionam assim, mas adoro deixar o meu lado anárquico livre para voar, sempre que é possível.
Obrigada blog, te amo!
Ah, a música era Lugar Qualquer.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Inveja

Fiz análise por algum tempo e uma das coisas mais interessantes que descobri foi que sentia inveja, muita inveja.
Sempre que alguém falava que esteve na casa da irmã no final de semana, que levou o sobrinho para passear ou qualquer outra situação imaginável com relação a irmãos, sempre me sentia mal. Não sei quando isso surgiu pela primeira vez, mas lembro que não sabia denominar o que era aquele sentimento.
Sou filha única e não gosto de ser. Quando era criança, minha mãe ficou grávida mas acabou perdendo o bebê. Até então, sonhava com a chegada do meu irmãozinho...
Foi durante uma sessão de análise que descobri que aquele sentimento estranho, era inveja. Inicialmente, fui construindo no imaginário a sensação e com o tempo passei a achar normal, já que havia sofrido muito quando minha mãe perdeu o bebê.
Hoje, passado alguns anos, lido melhor com essa questão, até porque sei que tenho uma irmã-prima-melhor-amiga com quem posso contar a qualquer hora do dia ou da noite. Sem falar em alguns amigos que também são como irmãos...

Vingança Perfeita!

Nós mulheres, nos preocupamos com nosso peso corporal desde sempre, enquanto que nos homens essa preocupação não aparece tanto. Mas enquanto nós engordamos gradativamente ao longo da vida, com os homens acontece diferente, a natureza é mais cruel. Geralmente, quando eles atingem uma certa idade, acontece a tragédia: salta aquele barrigão...
Essa é a vingança perfeita!


Emprestei esse espaço, aí em cima, para a idéia de uma querida amiga. Quando ouvi seu comentário sobre esse assunto, achei muito interessante.

É verdade, nós mulheres nos preocupamos muito com nosso peso ao longo de nossas vidas e fazemos de tudo para emagrecermos.

Quanto ao aparecimento repentino da barriga nos homens... Sem dúvida! Eles dormem normais e acordam como se estivessem grávidos!

Agora, quanto à vingança, achei curioso. Por que mesmo temos que nos vingar dos homens? Foram eles que nos impuseram as tais regras e estereótipos de beleza?
Em certa ocasião, trabalhava num local onde éramos 10 funcionários ao todo - 4 mulheres e 6 homens. Fizemos uma pergunta, separadamente, aos nossos colegas - qual o tipo físico de mulher que tu achas mais interessante? Todos disseram que não gostavam de mulheres muito magras e preferiam as mais "curvilíneas". Embora o nosso projeto de pesquisa tenha sido com uma pequena amostra de homens, acho que essa é também a opinião da maioria.
Vejo que nós mulheres, geralmente, somos muito mais cruéis, exigentes e críticas entre nós do que são os homens.
Então por que nos vingarmos deles?

domingo, 14 de novembro de 2010

A primeira festa infantil de Amy

Hoje, foi a festa de aniversário de 12 anos de uma menina que eu amo muito e por isso, não poderia deixar de ir. Até porque ela não só nos mandou convite, como reforçou pelo MSN.
Até aí tudo bem, só que eu tive uma idéia que desde o início eu sabia que seria, no mínimo, cansativa.
Fomos eu, minha mãe, a filha de minha prima, de 12 anos e ... a Amy! Para quem conhece minha filha-bicho-mais-nova já pode imaginar o que eu passei.
Eu resolvi que a levaria quando fui me arrumar para sair e vi, nos seus olhinhos, uma certa tristeza, como se ela soubesse que iria ficar sozinha. Morri de pena...
Pensei também, que como a festa seria numa casa com pátio enorme, não haveria maiores problemas.
Quanto a dona da casa, a mãe da aniversariante, ela é minha prima e nos criamos juntas como irmãs. Sabia que ela não se importaria que eu levasse a Amy.
Só que eu esqueci de um detalhe: festa de criança tem o que mesmo? Muitas outras crianças! E a Amy como não está acostumada com crianças, ainda mais correndo ou em movimento, ficou completamente nervosa, latiu quase que o tempo inteiro!
Cheguei em casa como se tivesse participado de dez maratonas, estou exausta...

Seres Perfeitos

Moro numa casa com minha família e minha mãe mora em outra casa que fica no mesmo terreno.
Ela, como eu, adora animais e agora está alimentando os pássaros que moram no meu telhado e em outros locais na vizinhança. É lindo de ver como eles se aproximam de nós em busca de alimento. São seres perfeitos e a simples presença deles é suficiente para nos alegrar.
Havia um terreno abandonado ao lado de nossa casa, com muitas árvores. Durante a "limpeza" do terreno, além de sentirmos muita dor pela morte daquelas belas árvores, sabíamos que esses seres tão pequenos e frágeis, sofreriam demais. Hoje em dia, já foi construída uma casa no local e, portanto, as possibilidades deles se alimentarem foram drasticamente reduzidas.
Como não entendemos muito de pássaros, dávamos os grãos que tínhamos disponíveis em casa.
Hoje fomos ao supermercado e resolvemos comprar alimento adequado para esses nossos novos amigos. Comprei ração para cachorro e gato como sempre faço e acabei me esquecendo da comida deles.
Na última hora, fui rapidamente comprar e encontrei um saco onde dizia: "alimento para pássaros". Perfeito, pensei. Quando estava pagando percebi que havia mais coisas escritas no saquinho da comida: "comida para pássaros especiais". Me questionei se nossos pássaros eram especiais e não tive dúvida nenhuma. Afinal, todos são especiais!

sábado, 13 de novembro de 2010

Não!

Às vezes, dá uma vontade de dizer não...

- Não gosto deste tipo de festa, então não irei.
- Não quero mais perder tempo com bobagens, estou indo...
- Não gosto deste tipo de música.
- Não acho graça de suas piadas, portanto, não vou rir.
- Não quero atender o telefone.
- Não quero comprar nada, já tenho tudo que preciso.
- Não quero conversar, estou cansada e quero ficar sozinha.
- Não tenho como conseguir emprego para ninguém.
- Não serei mais usada por falsos amigos, me esqueçam.
- Não concordo com o que tu estás dizendo e/ou fazendo.
- Não...


Hoje em dia já consigo me posicionar melhor sobre tudo. Tenho mais claro o que realmente é importante na minha vida e a partir daí, estabeleço minhas prioridades. Claro que existem situações delicadas que exigem um pouco mais de cuidado, mas apesar disso, tenho conseguido ser muito mais verdadeira.
Aprender a dizer não quando necessário, é aprender a nos auto-respeitarmos.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Nossas Escolhas

Dias desses, encontrei uma conhecida que eu achava que tinha traços muito semelhantes aos de aquarianos (meio louquinha) e pedi seus dados, por pura curiosidade, para verificar qual seu ascendente e lua. Descobri então, que ela tem o sol em capricórnio, ascendente em peixes e lua em aquário. Acertei!
Passado algum tempo, eu estava com uma grande amiga que também é aquariana como eu e encontramos essa conhecida. Aproveitei a oportunidade para contar sobre o que havia descoberto.
Ela então nos disse: "Que legal que eu tenho a lua em aquário! Aquarianos estão sempre à frente do seu tempo!"
Minha amiga aquariana então disse: "Eu, estou sempre perdida..."
Nossa conhecida com lua em aquário insistiu: "Não, sempre à frente!"
Minha amiga concluiu então, com bom humor: "Estou sempre à frente, só que perdida..."
A outra teve que rir, sem entender nada...
Acredito em astrologia e acho mesmo que as características gerais das pessoas dependem do mapa astral delas. Mas se considermos que todos somos um, veremos que temos em nós todas as características humanas que conhecemos, só que algumas estão latentes e somente aparecerão em determinadas circunstâncias, enquanto que outras, nunca surgirão.
Existem realmente essas tendências astrológicas, mas tudo dependerá, principalmente, das escolhas que fizermos ao longo de nossas vidas.
Nós aquarianos, temos realmente uma tendência a nos anteciparmos aos fatos, vivermos no futuro ou à frente. Eu acho que isso pode não ser tão bom quanto parece ser, porque o futuro é somente uma projeção de fatos que achamos que irão acontecer. É no presente que temos que ficar, e é somente no "agora" que as coisas são reais.

Separação

Estava a caminho do meu trabalho, no carro, quando vi uma amiga, que não via a algum tempo, atravessando a rua. Notei que ela estava muito elegante e com um estilo completamente diferente.
Pensei imediatamente: será que ela se separou do marido? Em seguida me surpreendi com meus pensamentos e fiquei me questionando...
Já havia notado que muitas pessoas que se separam ficam em choque num primeiro momento para no segundo reagirem. E um dos primeiros passos nessa direção, passa pela mudança de aparência e de estilo de vida.
Acho que vale a pena tentar tudo o que puder ajudar a nos reequilibrar num momento como esse, geralmente, tão doloroso.
Nunca estive numa situação dessas, acho que sofreria bastante. Imagino que no caso de casais com filhos, a situação é muito mais delicada.
Certa vez, li sobre uma pesquisa feita por um psicólogo, com filhos de pais separados das mais diferentes faixas etárias, classe social, escolaridade - quando questionados sobre o que mais desejavam na vida, houve quase que unanimidade com relação à resposta: "Gostaria que meus pais voltassem a viver juntos.”
Mas quando a separação é inevitável, reinventar a vida é a única saída e cada um tem que encontrar um caminho para poder seguir adiante. O final de um relacionamento não significa necessariamente que o mesmo não tenha dado certo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Paul McCartney

Paul McCartney

Ontem, como geralmente faço segundas-feiras depois do trabalho, fui jantar com meu filho mais velho.
Foi maravilhoso como sempre. Continuamos a conversa, "que não quer acabar", sobre o show de Paul MacCartney. Entendo a empolgação dele, afinal o show foi perfeito em todos os aspectos esperados: a começar pela linda e afinada voz de Paul, a qualidade do som, a estrutura do palco, a pontualidade do início do espetáculo, o público educado - com a presença de muitas crianças, etc.
Embora nunca tenha sido muito fã dos Beatles, me arrependi muito por não ter participado dessa catarse coletiva... Um show que entrará para a história da cidade, sem dúvida.
Quando almoçamos no domingo, dia do show, fiquei morrendo de pena porque meu filho e a namorada não haviam conseguido comprar ingressos e estavam sem saber o que fazer. E quando no meio da tarde, os dois saíram em busca de ingressos de última hora em frente ao Beira-Rio, fiquei na torcida para que tudo desse certo. E deu!
Ainda hoje, assistindo a um jornal local na TV, novamente foi apresentada uma nova matéria sobre o grande espetáculo. Percebi então, o quanto o músico ainda se faz presente na cidade que tanto encantou.
Mas o que mais adorei nesse músico perfeito e completo é que, embora ele seja um "Deus da Música", ele consegue manter a simplicidade e a interlocução com seu público. Salto alto, para Paul, só mesmo nos sapatos...

domingo, 7 de novembro de 2010

Serra, o Personalista

Zero Hora de 07/11/2010, página 22:
"Para os que nos imaginam derrotados, nós apenas estamos começando uma luta de verdade" - José Serra, que concorreu à Presidência da República.
Contra quem ele está querendo lutar? Será que é contra fome, miséria, falta de leitos em hospitais,...? Ou será que é contra o povo brasileiro que não o elegeu?
Este senhor deve estar torcendo para que o governo de Dilma não dê certo e ele possa então “lutar”.
E pensar que uma pessoa dessas chegou perto de ser o Presidente do Brasil!
Ainda bem que isso não aconteceu, porque vemos que esse senhor precisa urgentemente ser medicado com uma substância que não está presente em nenhuma parte do seu corpo ou alma: humildade!
Saber perder, sem dúvida, é tão importante quanto saber ganhar. O derrotado Serra sequer sabe o significado da palavra.
Outro aspecto que ele deixa muito claro neste momento pós-eleições, é que a única preocupação que tinha e tem é com relação a seus projetos pessoais.
Não vi, depois do resultado das eleições, nenhuma declaração vinda desse senhor personalista no sentido de se colocar preocupado com o futuro do país.
No mínimo, ele deveria ter se colocado a disposição para contribuir com o novo governo, independente de posicionamentos político-partidários, tendo em vista que considerável parcela do povo, através de seu voto, apostou nele.

“Auxílio Moradia de Luxo”

Lendo a Zero Hora de hoje, ficamos sabendo que fomos roubados pelo poder corporativo da Magistratura gaúcha.

Na matéria “Auxílio Moradia de Luxo”, da página 10, soubemos o absurdo que é a auto concessão de auxílio moradia para desembargadores e juízes que já possuem residências próprias, sem falarmos que seus salários possibilitam que tenham condições de adquirirem um patrimônio razoável.

Mais uma vez vemos verbas públicas que poderiam ir para áreas tão carentes como saúde, educação, moradia e segurança irem para bolsos de poucas pessoas que já detêm situação financeira bem razoável.

Estamos falando de cerca de 600 milhões de reais!

Além da vultuosidade dos valores envolvidos, chama a atenção o fato de que o benefício refere-se ao ano de 1994, portanto, há 16 anos.

A ganância e a insensibilidade dessas pessoas não têm limites.

Como conseguem viver sabendo que estão obtendo privilégios desviando valores que poderiam ajudar tanto nosso povo mais carente?

Estes fatos se deram através de atos administrativos extremamente corporativistas que precisam ser fiscalizados com rigor pelos órgãos competentes.

E após, constatadas as irregularidades, seus autores devem ser rigorosamente responsabilizados e punidos.

Além disso, essa gente tem que devolver esse dinheiro aos cofres públicos!

sábado, 6 de novembro de 2010

Uma relação complicada...

Hoje aconteceu a festa de aniversário do meu afilhado de 9 anos. Foi numa dessas casas de festas onde tudo ocorre de forma perfeita e muito divertida para as crianças.
Ver ele tão feliz me deixou feliz, apesar de não poder usar os brinquedos... Estou brincando, mas que dá vontade dá. Tinha uma daquelas paredes com vários tipos de pregos ou seja lá o que for, para escaladas.
Logo que cheguei no local e vi o brinquedo, notei que não havia nenhuma criança por perto e fiquei louca para usá-lo. Inclusive, ao fazer esse comentário com minha amiga e mãe do meu afilhado, que já sabe que sou meio louca, ela disse: vai lá! Claro que não fiz isso, até porque minha roupa e calçado eram impróprios e não sei se o equipamento suportaria meu peso.
O único problema de participar dessas festinhas de criança, são as comidas e os garçons e garçonetes super legais que a todo o momento nos oferecem tudo de melhor que existe em termos de comida "vindas diretamente do paraíso" e não recomendadas para gordinhos e sequer para magrinhos. Havia uma barraquinha onde serviam crepes de todos os sabores imagináveis, batata frita, cachorrinhos, salgadinhos, churrasquinhos, marshmallows e morangos com cobertura de chocolate, bolo de chocolate perfeito, docinhos de todas as espécies,...
Saí da festa dizendo que nunca mais iria poder comer. Nós os adultos, que nessas ocaisiões somos impossibilitados de usufruir o prazer de brincar, sempre somos compensados com o prazer de comer e, portando, o resultado só poderia ser este.
Semana que vem tenho reconsulta com minha endocrinologista e acho que vou mandar uma amiga bem magrinha no meu lugar! Estou sem coragem de encarar aquela linda e magra mulher me perguntando qual a real intenção que tenho quando falamos em regime? Sei que minha relação com comida é complicada e tenho que repensá-la...
A única coisa que estou fazendo conforme a recomendação da médica é com relação ao número de vezes que devo comer durante o dia: 7.
Sei que o caminho que devo percorrer até chegar a um corpo magro e saudável é longo, tendo em vista que embora a quantidade de vezes que me alimento esteja correta, não estou obedecendo corretamente os dois pontos principais da dieta - qualidade e quantidade do que como.

Mulher em Manutenção

Esta é a quarta vez que tento desenvolver um texto e não consigo!
Embora os temas com os quais estivesse tentando trabalhar fossem extremamente importantes para mim, eu não estava conseguindo passar verdade.
Iniciei escrevendo sobre animais, depois sobre preservação da natureza e por último estava tentando contar como é difícil estar acima do peso e não conseguir fazer regime.
Os três textos estão guardados nos meus rascunhos e com certeza voltarei a pensar sobre eles em breve. Mas hoje algo está me impedindo, e sei o que é.
Desde ontem venho me sentindo reprimida, sem poder me expor muito. Sei que em muitos momentos da vida, a melhor saída é nos recolhermos. É o tipo de solidão que é necessária para que possamos nos entender e vir a nos conhecer melhor.
É, estou mal acostumada com relação a este espaço que tenho aqui. Sempre que surge algo novo ou interessante em minha vida, divido com quem estiver disposto a me visitar.
Mas existem assuntos que não cabem em blogs.
Estou me sentindo como se estivesse 'em manutenção para postagens'...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

"Atividade Paranormal 2"

Meu filho de 14 anos nos convidou para irmos ao cinema assistir "Atividade Paranormal 2". Fomos ele, eu, minha mãe e mais dois outros adolescentes.
Como sempre acontece quando vou assistir filmes de terror ou de suspense, me arrependo da escolha assim que sento na poltrona da sala de cinema.
Neste caso, o filme sugere o tempo inteiro que a história é real: uma família que costuma filmar com bastante frequência situações diversas do cotidiano de sua casa e que após um arrombamento, fazem instalação de câmeras de segurança. E é através dessas lentes que assistimos ao filme.
No início, inclusive, aparece um agradecimento à família dos mortos sugerindo, portanto, que as gravações foram cedidas pelos que "sobraram".
Claro que logo que chegamos em casa, fomos direto para a internet pesquisar sobre a veracidade da produção. Descobrimos que a história não é verdadedeira, embora tenha havido uma inteligente estratégia de marketing, seguindo os passos do filme "A Bruxa de Blair".
Um filme para não dormir no cinema. Até mesmo nós que fomos na sessão das 21h45, não piscamos os olhos.
Apesar da velocidade estrategicamente lenta dos acontecimentos, nossa respiração ficou quase que suspensa. No final, eu já estava cansada de tanto medo.
Saímos do cinema por volta das 23h30 ainda apavorados e comentando o filme freneticamente!
Eu e meu afilhado, que tínhamos que acordar cedo no dia seguinte, nos perguntávamos: como vamos dormir agora?
Fico pensando no porquê de escolhermos como diversão ficar 90 minutos com tanto medo...
Já não basta o pavor que temos quando saímos às ruas e nos expomos a todo tipo de violência?
Acho que a resposta está no tipo de medo - o do cinema é controlável. Ao assistirmos a um filme, sabemos que é ficção e que sairemos da sala ilesos mesmo que uma família inteira seja exterminada na tela.
E outra coisa - às vezes é muito bom colocarmos uma dose extra de adrenalina no nosso sangue...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Tango

Assisti ao filme "Dançar - Despertar de um Desejo" por indicação da minha mãe e por ser um filme que tem como foco principal a dança.
Esse drama francês que teve três indicações para o César (Oscar Francês), conta a história de um homem de 50 anos, divorciado, entediado com a vida que leva e insatisfeito com seu trabalho num cartório.
Certo dia, ele passa mal e após uma consulta médica fica sabendo que sua saúde não está muito boa e que precisa praticar alguma atividade física. Ele resolve então, fazer aulas de tango.
Durante as aulas, ele conhece uma mulher bem mais nova do que ele, por quem se apaixona. Aos poucos a aproximação acontece entre os dois, tendo o tango como testemunha.
Porém, o que ele não sabe é que ela está prestes a se casar...
O filme que é bastante denso, aborda ainda, com delicadeza, as relações entre pais e filhos.
Embora a dança tenha destaque no drama, a trilha sonora rouba completamente as cenas com as músicas maravilhosas do argentino Osvaldo Pugliese.

sábado, 30 de outubro de 2010

Sacanagem, Zero Hora!

Título da matéria publicada hoje, na Zero Hora, página 38 - ao lado de uma tabela de Horário do comércio da Capital:

"Serra tem ocupação de 63% no feriado"

Claro que lendo a matéria, fica claro que estão se referindo à Região das Hortênsias, mas num primeiro momento achei que se tratava do resultado de uma nova pesquisa, como a maioria das pessoas que abre o jornal na referida página a procura do horário de funcionamento do comércio! O posicionamento estratégico dessa matéria ao lado de uma tabela de utilidade pública, foi sacanagem...
Sem me posicionar politicamente e falando aqui como leitora e assinante, isso é inadmissível. O jornal deveria no máximo fornecer informações e deixar para que o povo decida e não ficar alimentando esse tipo de estratégia que ao meu ver não contribui em nada para o processo democrático.
Sou a favor da imprensa livre, mas séria e responsável. Sei que existem exageros e certas pessoas que durante esses períodos de eleições se tornam extremamente paranóicas e acompanham as notícias nos meios de comunicação em busca de até "vírgulas", que possam sugerir comprometimento dos candidatos com setores e pessoas de índole duvidosa. Mas nesse caso, achei uma atitude tão inconsequente...
Eu, geralmente, sequer dou muita importância a essas discussões calorosas que ocorrem durante os debates e escolho meus candidatos pelo projeto político que representam. Não fico discutindo no meu dia a dia o que está sendo noticiado pelos meios de comunicação. Esse tipo de debate há muito tempo já não me interessa.
Mas hoje, quando me deparei com esse fato, fiquei decepcionada. Afinal, acho que todo brasileiro tem perfeitas condições de escolher seu candidato. Tentar induzir o voto do povo de alguma forma é, no mínimo, um desrespeito.

"A Música pode nos salvar!"

Estava postando um comentário, referente à música, no meu blog preferido, o Associação Livre, e pensei em produzir um texto por aqui também...

Falando em música...
A minha história de vida sempre teve um fundo musical, tanto nos momentos bons como nos momentos ruins.
Meu primeiro instrumento, um violão, ganhei quando tinha mais ou menos cinco anos de idade e acabei fazendo um uso criativo dele - tocava e cantava sozinha, do me jeito, sem nenhuma orientação de professor. Foi sem dúvida um uso muito criativo, mas sem muita "produtividade" no contexto convencional.
Pensando agora sobre esse episódio, acho que especialistas que sugerem que crianças tenham desde muito cedo contato com instrumentos, estão super corretos. Eu sou uma prova disso.
Meu amor pela música foi fiel ao longo de toda a minha vida, sem nenhuma lacuna nesse tempo.
Quanto ao meu gosto musical, sempre foi o mesmo - adoro rock! Hoje em dia agreguei mais uns dois estilos: mantras e música eletrônica (mais para dançar do que para ouvir).
Fiz aulas de guitarra, violão e bateria. Hoje sei que meu instrumento preferido é a bateria e pretendo retomar minhas aulas algum dia.
Voltando ao comentário que fiz no blog, vou reproduzi-lo aqui:

Lembrei de um dos momentos mais lindos e emocionantes que vivi com meu filho mais velho: foi quando aos 17 anos ele tinha acabado de inciar o curso de Licenciatura em Música e começado a trabalhar também como oficineiro de violão, num projeto de música maravilhoso desenvolvido pela Casa de Cultura Mário Quintana -
Embora, inicialmente, ele sofresse muito vendo as condições de vida daqueles meninos ele conseguiu, com o tempo, encontrar um caminho e me disse certa vez: "A música pode nos salvar!"

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Se você viu é porque também tem"

"O Efeito Sombra", de Deepak Chopra, Debbie Ford e Marianne Williamson é um dos melhores livros que li nos últimos tempos. Trata de uma temática fundamental para que possamos nos tornar seres humanos mais completos, felizes, realizados e com grande potencial criativo. O livro fala sobre a importância de aceitarmos e reconhecermos nosso lado sombrio e sobre as consequências de o reprimirmos negando sua existência.
Normalamente, é difícil reconhecermos nosso próprio comportamento e sentimentos ruins porque geralmente os projetamos nos outros.
No livro, em determinado momento, Debbie Ford cita um velho ditado: "Se você viu é porque também tem".
A autora nos conta ainda, o seguinte relato, que houve durante um Workshop "Efeito Sombra":
"... um homem se levantou para contar o quanto detestava pessoas de mente fechada e como parecida estar cercado de gente assim no trabalho e no próprio bairro. Então, um dia, seu filho adorado veio visitá-lo durante as férias da faculdade, e anunciou que era gay. O homem foi tomado pelo desgosto. Quando a esposa tentou acalmá-lo, ele percebeu que era a pessoa de mente fechada que sempre desprezara, o que o levou ao workshop..."
Segundo a autora: "Assumir as próprias projeções é uma experiência corajosa que o torna humilde, e pela qual todos temos que passar para encontrar a paz. Ela nos força a reconhecer que somos capazes de fazer coisas que frequentemente desgostamos nos outros".
As pessoas mais inteligentes que conheço são também as mais humildes... Acho que a proposta deste maravilhoso livro é levar-nos por esse caminho, para que nossa sombra possa impulsionar-nos na direção do nosso crescimento como seres humanos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Amputação

Hoje, estava passando de carro por uma rua, perto da minha casa, e notei que havia algo diferente numa das esquinas. Estava tão vazia...
Quando olhei melhor, percebi que haviam amputado todos os galhos de uma árvore. Fiquei extremamente triste ao ver aqueles galhos tão verdes e ainda com aspecto de vivos caídos ao chão... É nessa hora que tenho vergonha de pertencer à raça humana.
Por que as pessoas insistem em violentar as árvores? O argumento que usam é que "podando" seus galhos, elas renascerão mais belas. Que absurdo! O que deveria ser podado é o cérebro e alma de quem pensa assim.
Por que será que os homens sempre acham que devem intervir de alguma forma com relação ao desenvolvimento natural da natureza? Não conseguimos permitir que a natureza seja natural!
Acho que somos nós, os humanos, que precisamos de intervenção e devemos de todas as formas possíveis nos aproximarmos da natureza. Assim poderemos aprender com ela como nos integramos ao planeta e ao universo de forma racional e sustentável. Se observarmos uma planta ou animal com um olhar mais sensível, veremos que tudo é perfeito, belo e sem necessidade de ajustes. A integração que esses seres experimentam é algo que nenhuma civilização humana conseguiu sequer perceber.
Já não basta tudo de ruim que fizemos e continuamos fazendo contra o planeta: explorando as riquezas naturaia de forma irracional, poluindo, destruindo as florestas e maltratando os animais?
Devemos mudar nossos conceitos primordiais para que possamos mudar essa situação.

domingo, 24 de outubro de 2010

Nus

Estava numa festa conversando com um grupo de amigos quando em determinado momento alguém fez um comentário sobre uma pessoa conhecida da maioria (e ausente, claro!) que havia criado um blog onde publicava poesias. Um outro do grupo que também conhecia o blog começou então, junto com a pessoa que havia feito o primeiro comentário, a narrar quase chorando de tanto rir, as tais poesias. Resultado: uma 'catarse de risos em grupo', induzida pelas tais produções literárias.
Eu, inicialmente, até ri, mas logo em seguida percebi que não era tão engraçado assim. Talvez meu lado crítico não esteja tão ativo assim e acabo respeitando as 'loucuras' dos outros esperando que as minhas também sejam respeitadas.
Acho que aquelas poesias não funcionaram para aquele grupo como o autor gostaria, mas que de alguma forma cumpriram um papel interessante, não tenho dúvida. Afinal, rir é sempre tão bom...
Claro que se eu fosse o poeta e as pessoas rissem das minhas produções, seria algo complicado. A intenção de quem trabalha com poesia daquele tipo é realmente mover a sensibilidade e não o riso das pessoas e se o autor soubesse do ocorrido iria se sentir péssimo.
Penso que quando nos expomos produzindo algum texto e o tornamos público, seja através de blog ou de outro veículo qualquer, temos que estar bem preparados para recebermos o resultado do trabalho. Ele pode vir através de uma contribuição, de uma crítica construtiva ou também destrutiva, de um elogio ou através de uma outra reação completamente inesperada para nós.
Uma coisa tenho aprendido através desse blog: ser completamente fiel ao que penso no exato momento que publico. Amanhã, até posso rever o que produzi e desdizer ou complementar o texto, mas quando faço a postagem preciso sentir que me respeitei integralmente. Quanto as consequências das publicações, temos mesmo que avaliar quando muito polêmicas, mas se tivermos coragem e convicção podemos avançar até mesmo diante desse tipo de tema.
Nesse caso narrado, provavelmente o autor nunca venha a saber do ocorrido. Mas é um bom exemplo do que pode acontecer com qualquer um de nós, que ao nos 'despirmos' diante do teclado do computador, corremos todos os riscos. Mas mesmo assim, acho que devemos estar nus e se não for dessa forma, é melhor engavetarmos nossos trabalhos.

sábado, 23 de outubro de 2010

Dez Minutos de Prazer

Tenho lido muitos livros que na maioria das vezes se reportam a uma fase da vida que por não ser passageira, é tão importante. Falo da infância e de quanto éramos verdadeiros e fiéis ao que sentíamos. Reagíamos a tudo com muita naturalidade sem usarmos máscaras ou personagens - exceto durante as brincadeiras, como forma de experimentação de sentimentos e de sensações.
Diante de problemas, recorríamos ao mundo lúdico e lá geralmente havia todas as respostas que precisávamos naquele momento.
Nos permitíamos sentir e reagir sem a preocupação que temos hoje como adultos de não mostrarmos quem somos realmente, especialmente nosso lado feio e proibido.
Quando pequenos, éramos o que éramos, sem-culpa ou vergonha. Claro que não estou abordando aqui as intervenções nocivas dos adultos nesse período.
Estou tentando me reportar àquela fase da infância onde ainda havia inocência e tudo que precisávamos era sermos nós mesmos... Livres e sem auto-julgamento.
Hoje em dia penso que seria ótimo se cada vez que tivéssemos um problema, pudéssemos nos reportar a essa fase da vida e tentássemos nos colocar no lugar da criança que fomos. Claro que estou sugerindo um exercício difícil, uma vez que criamos ao longo do tempo muitas amarras, armaduras, máscaras e personagens.
Ainda assim insisto, vamos tentar imaginar: não precisaríamos fingir cordialidade, educação, seriedade quando tudo que queremos é: dar risadas em situações estabelecidas como 'sérias'; ao olharmos nossa agenda e diante de vários compromissos sociais ignorarmos todos ao percebermos que o que mais queremos é ficar sozinhos; poderíamos chorar à vontade sempre que tivéssemos vontade, independente do local e situação em que estivermos - principalmente no caso dos homens, afinal aos meninos é permitido derramar todas as lágrimas! E tantas outras situações... Imaginem como seria prazeroso chegarmos tão perto da nossa verdadeira essência!
Sei que socialmente poderia virar uma confusão adotarmos comportamentos tão "indesejáveis", mas convenhamos: não seria uma delícia, nem que fosse por apenas dez minutos, sermos nós mesmos?

Tamanho Médio

Não gosto de pessoas com excesso de bom humor. Não me parece ser um comportamento normal, afinal somos humanos e todos temos um lado sombrio. Quando vejo alguém exagerando, percebo claramente que a pessoa está com algum desequilíbrio e acho que 'médio' é um bom tamanho para esse estado de espírito.
Ontem estava num grupo e havia uma pessoa, libriana, que é muito 'querida' por todos, e notei que ela me cansa. Excesso de bom humor é muito desagradável. A pessoa passa de uma piada (ou brincadeira) para outra, sem dar um intervalo para que possamos respirar...
Agora, surgiu um momento de auto-crítica e lembrei de uma amiga que entendia de astrologia e sempre dizia que eu era chata porque tinha a lua em virgem. Será? Quando estávamos em alguma festa e alguém pegava o violão e começava a tocar e cantar músicas de Caetano Veloso, Chico Buarque e outros que eu também não gostava, pegava minha bolsa e dizia: - Estou indo, está bem? Até gosto de algumas músicas deles, mas a maioria não consigo nem ouvir...
Além disso, já que estou falando de bom humor, mantive o meu nas vezes que fui embora e jamais pedi para que parassem de cantar ou que mudassem a música.
Hoje sei que a lua em virgem me deixa mais exigente e geralmente me posiciono sobre o que gosto ou não, podendo até mudar de ideia mais adiante e voltar atrás.
Quanto ao humor, acho que é importante mantermos 'o bom', claro! Mas de uma forma mais natural e não acho interessante criarmos um personagem em torno disso, como muitas pessoas fazem.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Lady Gaga

Certo dia, meu filho chegou no meu quarto dizendo que eu deveria ouvir Lady Gaga porque, segundo ele, ela é uma das melhores novidades da música contemporânea.
Passado algum tempo, assisti alguns videos dela e achei bem interessantes, só não gostei nem um pouco das roupas que ela usava. Exceto no clipe da música Telephone onde ela e mais umas meninas perfeitas de corpo, usam biquinis e apresentam uma coreografia linda.
Também achei interessante o fato dela ser fã e se inspirar em David Bowie. Eu também sempre adorei ele, sua voz e suas músicas.
Mas a minha paixão por essa cantora surgiu mais forte quando fui assistir ao show do meu filho na Farm’s – local onde a música predominante é a Sertaneja. Portanto nem imaginava que ouviria algo diferente naquela noite.
Chegamos ao local, no final do show da banda que tocou antes do meu filho. E foi no intervalo entre os dois shows que os DJs colocaram muitas música maravilhosas, a maioria de Lady Gaga. Foi neste momento então, que nasceu minha paixão.
Hoje em dia, ouço direto essas músicas no meu carro, e tenho que tomar cuidado para não parecer louca porque não consigo ouvi-las sem dançar, sempre que fecha a sinaleira.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Que saudade das duchas Corona!

Estou seminua, usando uma touca de banho, com frio, esperando que o chuveiro volte ao normal.

Meu marido e herói saiu na noite escura, fria e perigosa, em busca de duas pilhas grandes para salvar minha vida.

Como ele já provou ser um herói quando conseguiu comprar os ingressos para a pista premium para o show do Guns’n Roses e também recuperou o template do meu blog, estou otimista.

E se eu não pegar uma pneumonia, daqui a pouco estarei feliz e perfumadinha.

Deixando a dramaticidade de lado, vai dizer que nessas horas não dá uma saudade das duchas Corona?

 Eu, saudosista?

Imagina!

Adoro os chuveiros a gás e não trocaria meus banhos tipo cachoeira por nada. Mas quando falta gás ou temos que trocar os tubos, é aquela confusão!

E agora surgiu essa história de pilhas que eu nem sabia que eram necessárias.

Lembrei que no apartamento da praia existe um banheiro nos fundos que tem um chuveiro elétrico, sucessor das duchas Corona.

Recordo das vezes que recorremos a ele em função de pane no sistema dos chuveiros a gás.

Na verdade até temos um chuveiro elétrico aqui em casa também, mas ele fica na rua e com este frio, nem pensar!

É melhor aguardar que meu herói chegue e traga a solução para o problema.

Só espero que ele não demore muito, porque encontrei aqui por perto uns cookies de cacau, e estou devorando o pacote inteiro.

Nestas horas, adeus regime!

domingo, 17 de outubro de 2010

Por que meus batons nunca acabam?

Sempre fui, pelo menos, um pouco consumista. E sempre associei esse fato ao meu perfil – sou ansiosa e sempre me senti atraída por coisas novas.
Adoro botas, vestidos, perfumes, lingeries, batons,...
Hoje em dia, já não saio comprando tudo que vejo, espero as liquidações. E mesmo assim, só compro o que adoro e levo sempre em conta o preço. Se as vendedoras soubessem disso, quase nem falariam comigo e se limitariam a responder minhas perguntas.
Com relação aos batons, sempre adorei, desde a infância. Iniciei usando os da minha mãe, que foi quem provavelmente quem me influenciou. Mas lembro de desde muito cedo ter minha própria coleçãozinha. Portanto, por toda minha vida, estive próxima desse meu amigo fiel.
Há algum tempo atrás, uma vendedora de cosméticos me ofereceu alguns batons para que eu comprasse. Eu então respondi que não poderia comprar porque tinha todas as cores que eu conhecia e, inclusive, algumas se repetiam. A vendedora então me disse que muitos deles deviam estar fora do prazo de validade.
Enquanto minhas colegas e amigas compravam batons, eu fiquei proibida de comprar porque ao contrário do que a vendedora havia dito, todos os meus batons eram relativamente novos e estavam dentro do prazo de validade.
Foi aí que percebi que estava comprando demais, não só batons. Esses amigos inseparáveis acabaram me ensinando algo importante: sempre que tivermos um comportamento compulsivo, devemos parar e tentar descobrir o motivo disso estar acontecendo. Foi isso que fiz na ocasião e deu muito certo.
Muitas vezes essas situações acontecem porque estamos tentando fugir de alguma coisa ou até da vida cotidiana que levamos e que não está nos satisfazendo como deveria.
Hoje sei que quanto melhor estou comigo mesma, menos preciso de fugas.
E como sabemos que fugir não resolve nenhum problema, apenas adia a resolução deles...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O melhor Dia dos Professores da minha vida!

Eu até esqueço que sou Professora por formação – cursei Licenciatura em Ciências e depois Licenciatura em Matemática. Nunca trabalhei regularmente na área, o máximo que fiz foi ter dado algumas aulas particulares.
Além dos meus pais, ninguém nunca lembrou de me parabenizar nessa data.
Quando meu filho mais novo tinha quatro anos de idade, ele me surpreendeu com um momento completamente mágico e muito emocionante. Era Dia dos Professores e eu nem lembrava, então ele chegou perto de mim e disse:
- Mãe, eu sei que ninguém vai lembrar de te felicitar no dia de hoje, mas eu não esqueci...
Depois de dizer isso, ele me entregou um envelope confeccionado por ele mesmo com uma cartinha falando coisas lindas!
Com certeza, naquele instante senti que havia valido a pena ter estudado tanto, só para viver aquele momento inesquecível.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Green Day, o Show!

Ontem, assistimos a um espetáculo que extrapolou todas as expectativas que o público presente podia ter. Fomos esperando um show e recebemos em troca muito mais. Foi uma viagem maravilhosa guiada pelo carismático e charmoso Billie Joe Armstrong, que além de cantar com uma voz perfeita e tocar guitarra e violão com talento indiscutível, alegrou a noite dos fãs do Green Day no Gigantinho.
Sem falar no show pirotécnico apresentado pela banda, que lembrou muito o grande espetáculo que foi a vinda do Guns’n Roses esse ano.
Billie Joe e a banda interagiram com a platéia de uma forma tão intensa e amorosa como eu nunca havia visto. Nem a diferença de idiomas atrapalhou essa conexão.
O show do Green Day foi perfeito, num lugar imperfeito. O Gigantinho, aqui em Porto Alegre, é um local que não dá nem opção de escolha – a pista livre é um massacre com pessoas pulando suadas e se jogando umas sobre as outras; as cadeiras numeradas ficam a quilômetros do palco e as arquibancadas ficam, geralmente, distantes ou fora do ângulo do show.
Eu e meu marido compramos ingressos para pista livre e foi terrível, tivemos que aguentar o horror que foi ficar comprimidos entre pessoas suadas.
Acabei perdendo meu casaco e quebrei meu celular, nem sei como.
Concluímos, no final, que a melhor opção teria sido irmos para a arquibancada e ainda que tivéssemos que assistir ao show de lado, seria mais tranquilo.
Já no final do show, depois de muito cansaço, optamos por assistir pelo telão.
Nós dois saímos querendo assistir novamente ao show em outro local, com melhores acomodações. Se pudéssemos, iríamos para São Paulo ou Rio de Janeiro, mas não temos como fazer isso em função de compromissos que temos por aqui.
Mas apesar dos problemas que tivemos, a noite foi maravilhosa.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mina do Condomínio

Conversa por telefone com uma amiga geminiana:

- Oi, Magali! Vamos num show?
- Claro, vou adorar. Qualquer dia desses vamos marcar...
- Não, é agora. Daqui a quinze minutos estarei passando aí, ganhei dois ingressos para o show do Seu Jorge, no Bourbon Country.
- Não vai dar, eu não tomei banho!
- Eu também não, daqui a dez minutos passo aí.
- Então vem!

Foi assim que conheci Seu Jorge e suas músicas. A que mais adoro é “Mina do Condomínio”.
Embora não goste de samba e nem de poesia, pedi uma trégua aos meus conceitos:

Tô namorando aquela mina
Mas não sei se ela me namora
Mina maneira do condomínio
Lá do bairro onde eu moro
Seu cabelo me alucina
Sua boca me devora
Sua voz me ilumina
Seu olhar me apavora
Me perdi no seu sorriso
Nem preciso me encontrar
Não me mostre o paraíso
Que se eu for, não vou voltar
Pois eu vou
Eu vou
Eu digo "oi" ela nem nada
Passa na minha calçada
Dou bom dia ela nem liga
Se ela chega eu paro tudo
Se ela passa eu fico doido
Se vem vindo eu faço figa
Eu mando um beijo ela não pega
Pisco olho ela se nega
Faço pose ela não vê
Jogo charme ela ignora
Chego junto ela sai fora
Eu escrevo ela não lê
Minha mina
Minha amiga
Minha namorada
Minha gata
Minha sina
Do meu condomínio
Minha musa
Minha vida
Minha monalisa
Minha vênus
Minha deusa
Quero seu fascínio
Minha namorada
Do meu condomínio
Minha monalisa
Quero seu fascínio

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Green Day

Amanhã será o dia do show do Green Day aqui em Porto Alegre e já estou bem ansiosa desde agora. Devo levar binóculos? Que roupa e bota usar? Claro que confortáveis, mas quanto à bota terá que ser de salto alto. Afinal, nossos ingressos são para a famosa pista livre do Gigantinho e eu, como meço apenas 1m64...
Adoro essa banda e comprei os ingressos há muito tempo, logo que soube da vinda deles.
Hoje em dia só vou aos shows que realmente me interessem muito ou que tenham a participação do meu amado filho.
Este ano fomos ao show do Guns'n Roses... Chegamos às 18h30 e saímos do local às 05h30. E o pior é que passaria por tudo outra vez, o show que assistimos foi, com certeza, o melhor que já assisti em todas as minhas vidas!
Sei que amanhã será cansativo também, terei que trabalhar todo o dia e à noite encarar a maratona que deverá acontecer desde a ida para o local com algum tempo de antecedência, o stress de estar num lugar nada confortável e depois a caminhada até o carro para retornarmos para casa. Mas tenho certeza que valerá a pena, eles são maravilhosos!

domingo, 10 de outubro de 2010

Por que sinto dor quando amanhece?

Domingo, quando voltávamos do show na Farm’s, percebi que odeio chegar em casa com o dia amanhecendo.
Acho que pode ser porque a noite está acabando e como esse é o meu período preferido do dia, talvez seja esse o motivo.
Já li também, que os praticantes da Medicina Ayurvédica (que significa ciência da vida), praticada na Índia nos últimos 5000 anos, acreditam que para tudo existe um horário. E pelo simples fato de respeitarmos os horários para acordar, comer e dormir, seria suficiente para que melhorássemos nossa vida.
Eles acham, por exemplo, que devemos acordar por volta das 6h30 e dormir por volta das 22h30.
Pensando nisso, vejo a coincidência com relação a meu mal estar. O simples fato de estar indo dormir quando deveria estar acordando, talvez justifique tudo.
Se fosse possível, eu dormiria e acordaria dentro desses horários sugeridos pela Ayurveda, mas a vida real não me permite isso.
Muitas vezes só consigo me encontrar com meu filho mais velho, tarde da noite. E claro que não vou perder a oportunidade de conversar com ele e ficar juntinho, ainda mais considerando que ele tem viajado muito.
Fora isso, aqui em casa, estamos acostumados a dormir tarde. E mudar esse hábito, é bem difícil.
Mas essa pode ser realmente a explicação para esse meu trauma, não recordo de nada ruim que tenha me acontecido. Lembrei apenas de uma cena de quando eu era adolescente: estava na praia, voltando do carnaval pela beira do mar – estávamos eu e um ‘ficante’. Estava amanhecendo e enquanto caminhávamos, ele me olhou e disse que a cor do meu cabelo estava linda com o efeito que o sol causava...
A sensação que ficou dessa recordação é boa. Portanto, acho que os indianos estão realmente certos.

Show na Farm's

Hoje meu filho tocou guitarra na Farm’s, uma casa noturna focada no estilo sertanejo. Ele faz parte da banda que toca com Marcelo Valêncio.
Chegamos ao local mais ou menos às 02h30, uma hora antes do início do show e saímos quando acabou, por volta da 05h30.
O local, que estava cheio, tem lotação para 1500 pessoas e está localizado no terraço do Shopping Total. Além da decoração e organização bem pensadas, a casa é também embalada por som de DJ’s que tocam também outros estilos. No período que estivemos esperando pelo início do show, colocaram o melhor da música eletrônica, adorei.
Nunca havia estado na Farm's porque não tenho preferência por música sertaneja e estou ‘aprendendo’ a gostar agora, porque tenho ouvido mais em casa e através do meu ‘guitarrista preferido’.
O show começou no horário combinado e no início houve um problema com relação à altura do som do baixo, que eu espero que ninguém tenha percebido, mas no mais, foi impecável.
Este foi segundo show do MV que eu assisti em função da maioria ser fora da cidade e, muitas vezes, até do estado.
Fiquei especialmente feliz, quando no final, fomos surpreendidos por uma série de músicas mais no estilo que prefiro – Rock! Tocaram Legião Urbana, Mamonas Assassinas, a famosa música Whisky a Go-Go e uma das minhas preferidas: Ana Júlia, do Los Hermanos! Quando meu filho fez o primeiro acorde dessa música e olhou para mim, me proporcionou o maravilhoso momento mágico da noite, fiquei absolutamente emocionada e pude perceber o motivo dele não ter me contado antes, essa maravilhosa surpresa.
No final do show, fomos nos despedir rapidamente da banda porque eles tiveram que viajar direto para Mafra, que fica no norte de Santa Catarina, para uma nova apresentação ainda hoje. Eles irão abrir o show de "Guilherme e Santiago".

sábado, 9 de outubro de 2010

Chega de tantos cremes...

Depois de ter experimentado vários cremes anti-rugas – caros e baratos, cheguei a uma conclusão: eles nada ou quase nada podem fazer para acabar ou melhorar significativamente minha pele. Na minha faixa etária e considerando tudo que minha pele já sofreu com a exposição solar, acho que o máximo que posso esperar desses cremes é que a mantenham hidratada.
Diariamente, somos bombardeadas com notícias de cremes milagrosos que podem nos tornar mais jovens e às vezes é muito difícil resistir, eu entendo.
Depois de desistir desse caminho, comecei a pesquisar sobre as tais pílulas da beleza e descobri o Innéov Fermeté.
Essas pílulas que possuem ação antioxidante (o que para mim, já justifica tomá-las), contém licopeno do tomate, extrato de soja e vitamina C. Elas foram desenvolvidas a partir da parceria entre a Nestlé e a L’Oreal.
Claro que seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e a hábitos de vida saudáveis. Essa parte é mais complicada...
Os resultados, segundo os fabricantes do Innéov, começam a ficar visíveis somente após três meses. Isso, realmente é verdade.
Comecei a perceber resultados mais significantes agora, passados cinco meses de uso (é, o meu caso é grave rsrs). Acho que minha pele está melhor de uma forma geral e por isso resolvi socializar a informação.
Quanto ao custo, fica o equivalente ao gasto com cremes de marcas confiáveis.
Vale a pena tentar, até porque os componentes dessas pílulas são ótimos para ajudar a mantermos a saúde em dia.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Nunca sair de casa de pijama!

Meu filho mais novo está com quatorze anos e daqui a pouco vai começar a fazer festa. Portanto, já estou me preparando para ser motorista dele, assim como fui do meu filho mais velho até que ele tivesse idade para dirigir.
Uma das coisas que aprendi durante essa minha experiência, foi de que jamais devemos buscar um filho, ainda que seja tarde da noite ou de madrugada, usando pijama.
Quando meu filho mais velho tinha uns dezessete anos, aconteceu um incidente que para nós adultos pode até parecer uma bobagem, mas para um adolescente...
Certo dia ele e a namorada foram a um shopping e lá eles se encontraram com alguns amigos. Na volta, o combinado era que os dois voltariam do local de táxi ou de carona. Só que houve um problema com relação a isso e então recebi um telefonema para que fosse buscá-los.
Eu havia acabado de sair do banho e estava usando aquele pijama preferido com bichinhos e muito colorido. Pensei: qual o problema em eu ir vestida deste jeito? Não vou precisar descer do carro mesmo...
Chegando ao estacionamento do shopping, estacionei e liguei para ele dizendo que estava esperando no carro porque estava usando pijama.
Percebi que quando fiz referência a minha roupa ele não gostou muito, mas...
Fiquei então esperando dentro do carro por muito tempo e imaginando a cena de ter que validar o tíquete no caixa do shopping vestida daquela maneira, caso houvesse algum desencontro.
Quando ele chegou, estava sozinho e nervoso, olhou para minha roupa e disse:
- Não fala com ninguém, só dirige.
Foi aí que percebi que eu não havia ido buscar apenas os dois. Eles eram cinco ao todo e eu nem conhecia todos eles.
Fiz o que ele pediu porque, realmente, eu senti que havia exagerado. Afinal durante a adolescência o que menos queremos é passar vergonha, ainda mais com uma mãe que parecia uma maluca.
Ele acabou escolhendo o amigo certo para sentar ao meu lado no carro - um aquariano que eu acho que nem percebeu minha roupa diferente e se percebeu, não deu a menor importância.
O caminho todo fui dirigindo bem quietinha e arrependida de ter tido preguiça de trocar a roupa. Lembrei de quando era adolescente e tudo era motivo para constrangimento.
Aliás, a segunda lição que aprendi durante esse período, foi saber que a maneira mais eficaz de nos aproximarmos de um adolescente e ganharmos a confiança dele é nos reportarmos a nossa própria adolescência. Tentarmos entendê-lo com olhos de adolescente, sem tantas críticas e com mais compreensão, tendo em mente que essa é uma fase transitória e quanto maior o amor recebido, mais tranqüila ela transcorrerá.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Canal

Minha pasta de rascunho, aqui no blog, está ficando cheia...
Ontem mesmo, desisti de postar mais um texto.
Existe um lugar em mim, que é um canal e que nem sempre está ligado. Às vezes acho que estou utilizando esse canal e tento me esforçar na produção do texto, mas chega ao final e vou ler, nada!
Acabo de aprender uma coisa: quando estiver utilizando o canal não precisarei me esforçar, é isso! As idéias irão fluir livremente...
Nem precisarei pensar muito, só tenho que ter velocidade para digitar ou escrever, caso esteja longe do computador.
Eu ontem não estava nem um pouco inspirada e de repente nasceu o texto referente à Senadora Marina, a qual eu tenho grande admiração e muito respeito.
Estava lendo o Terra-Notícias e surgiu...
Mesmo já tendo lido muito sobre a situação política e eleitoral do momento, no Brasil, aqueles dados fornecidos por ela com relação às pesquisas me sensibilizaram e vieram ao encontro do que eu já pensava a respeito.
Este blog está me ajudando muito a me conhecer melhor...

A Senadora Marina não é a culpada!!!

Estou começando a perder a paciência quando ouço que a grande culpada por haver segundo turno é a Senadora Marina.
Não sou cientista política, mas é muito evidente o que dizem os números - que poderiam ter sido maiores ainda! Este espaço foi conquistado principalmente pela candidata do PV e pela importância do programa político apresentado. Também foi mérito do PV, dos militantes e simpatizantes. Estes votos não foram "roubados"!
Li no Terra o seguinte depoimento da Senadora:
Para a verde, as pesquisas de intenção de voto realizadas durante a campanha podem ter atrapalhado sua candidatura, já que ela sempre aparecia na terceira posição. "E agora, se você vê a quantidade de e-mails que as pessoas estão mandando dizendo que elas se arrependeram por não terem votado (em mim), por terem acreditado nas pesquisas...", contou. Marina disse ainda acreditar que as urnas "teriam revelado muito mais se as pesquisas tivessem conseguido alcançar o que estava nas ruas".
Eu sei que este é o pior momento para os que se sentem derrotados por acharem que a Ministra Dilma venceria as eleições no primeiro turno, mas chamo todas essas pessoas que estão fazendo esse tipo de comentário para que tenham um momento de reflexão racional e saiam deste marasmo emocional em que se encontram.
Já participei de campanhas políticas e sempre que há algum tipo de derrota eleitoral, o primeiro passo é ir em busca de culpados. Nunca é o candidato, claro! O desempenho dele até pode ser questionado, mas a culpa será direcionada para os grandes vilões que sempre serão: coordenadores de campanha, assessores, apoiadores, e... outros candidatos que "roubaram votos", claro!
Nossas energias não devem ser desperdiçadas com críticas nada construtivas. Vamos nos unir neste segundo turno para que possamos contruir a vitória de Dilma e do projeto político o qual ela representa que, sem dúvida, é o melhor para o país agora.

domingo, 3 de outubro de 2010

Os Sapatos e as Mulheres

Sempre que há trocas de estações, evito olhar as vitrines. Afinal, sou como a maioria das mulheres: louca por sapatos. Minha sorte desta vez, é que a nova coleção está repleta de cores fortes e cítricas e como não gosto de coisas muito coloridas, estou sendo repelida sempre que me aproximo das lojas. Isso é ótimo, me ajuda a me manter racional e evita que eu gaste com algo que não é tão necessário, afinal tenho calçados para, no mínimo, duas encarnações.
Outro motivo que está me ajudando a economizar é o fato de estar muito frio ainda para usar sandálias e se compro, quero usar imediatamente.
Mas dias atrás, quando fui ao cinema, notei que muitas das mulheres que estavam lá, diferentes de mim, não resistiram, compraram e resolveram estrear suas maravilhosas sandálias numa noite que estava fria demais. A sorte dessas mulheres, é que as filas para compra de ingressos e para compra de pipocas, estavam imensas e elas puderam desfilar por muito tempo com suas últimas aquisições da moda, antes de entrarem para o anonimato das salas de cinema e provavelmente congelarem. Ainda bem que muitas usavam casacos, mesmo não combinando com o visual dos pés. Eu que estava de botas e usando casaco de lã, morri de frio, imaginem elas!
Mas só porque não comprei nada não posso negar que sapatos mexem com nós mulheres de um jeito intrigante, e isso vai além do simples consumismo. Se formos nos comparar aos homens então... Quanta diferença! Por que será? Será que é porque precisamos de algo importante próximo do chão para que possamos viver mais perto da realidade e não sonharmos tanto? Ou será que é porque nós mulheres temos algum “problema” comum e ele se reflete nessa relação que temos com os sapatos? Ou será que...?
No meu caso, lembro que ainda criança, ficava muito feliz quando ganhava um novo calçado e, inclusive, ainda lembro de muitos deles – “desde sempre” fui louca por sapatos.
Se alguém quiser contribuir com esta postagem, agradeço muito.

sábado, 2 de outubro de 2010

Nosso Lar

Ontem, finalmente, assisti ao filme “Nosso Lar”.
Achei que o filme foi muito bem produzido e os atores corresponderam às expectativas.
Mesmo já tendo frequentado Casas Espíritas por algum tempo, vieram à tona alguns questionamentos que eu já tinha naquela época.
Uma das coisas que me intriga até hoje, é o Umbral. Por que é necessário passarmos por todo aquele sofrimento extremado para que possamos aprender? A resposta, alguns diriam: "O homem só aprende sofrendo...”. Mas será que não existe alguma maneira menos aterrorizante e cruel de aprendermos? E onde entra o amor e o perdão?
Minha mãe, que também assistiu ao filme com uma amiga espírita, ficou chocada com as cenas do tal purgatório. Comentou com a amiga e ela lhe disse que temos que ser muito bons e doarmos tudo. Caso contrário...
E aí surge outro ponto que me afastou das Casas Espíritas – o assistencialismo como fim.
Não sou contra darmos assistência às pessoas necessitadas, mas não podemos resumir a isso. É como se pagássemos para não nos incomodar.
Na última Casa Espírita que freqüentei (sei que isso acontece com a grande maioria delas), a política era essa.
Em determinado dia do mês, se formava aquela fila imensa de mulheres, geralmente acompanhadas pelos muitos filhos, na espera de receberem ajuda.
Numa das reuniões do grupo o qual eu fazia parte, questionei se todos achavam válido apenas doarmos as coisas sem, por exemplo, abordarmos temas importantes como Planejamento Familiar, uma vez que na Casa trabalhavam voluntariamente, psicólogos, assistentes sociais, advogados,...
Lembro que houve um relato de uma pessoa que já participava do grupo há mais tempo que eu: ela nos disse existem muitas mulheres que iam buscar ajuda no primeiro ano com 1 filho e outro “na barriga”, no ano seguinte a mesma mulher ia com 2 filhos e outro “na barriga”, no ano seguinte 3 filhos e outro “na barriga” e assim por diante...
Perguntei, sabendo qual seria a resposta: e a figura paterna? Muitas mulheres sequer sabem quem é o pai de seus filhos e quando sabem, ele é ausente, na maioria das vezes. Outro fato real, é que, geralmente, cada filho é de um pai diferente.
Daí vem a Doutrina Espírita e diz: “que não devemos julgar” e eu pergunto: “por que então devemos pagar?” E respondo com outras duas perguntas: “para que nossa consciência fique mais leve?” ou “por medo de irmos para o tal do Umbral?”.
A minha consciência não fica mais leve quando faço doações. Ao contrário, fico ainda mais preocupada. Muitas vezes, pensando que essa situação é paliativa e não resolve o problema de ninguém.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eleições

Falta um dia para as eleições e ainda procuro por candidatos que tenham pelo menos alguma preocupação pelos animais e, se possível, que tenham também consciência da importância da preservação do meio ambiente. Será pedir muito?
Não existem muitas possibilidades, infelizmente somente agora os seres humanos estão começando a se dar conta dessas questões que para mim sempre foram fundamentais.
Penso que qualquer projeto político para o estado ou para o país sem que sejam considerados esses aspectos, ficam sem sentido.
Sempre fui petista, portanto sempre votei nos candidatos do PT. Neste momento estou procurando desesperadamente candidatos do meu partido que estejam de alguma forma engajados nestas lutas - proteção aos animais e preservação do meio ambiente. Está bem difícil encontrar alguém, infelizmente.
Acho que o sofrimento que impusemos a esses seres, que tem tanto direito quanto nós de ocuparem o planeta, já foi suficientemente cruel. Chegou a hora de pararmos para tentar de alguma forma nos redimirmos diante de tantas maldades cometidas. Muitas delas praticadas até os dias de hoje.
Vou citar apenas uma que me parece mais próxima e muito cruel - o caso das carroças. Acho que já cometemos todas as atrocidades possíveis e imagináveis contra os pobres cavalos. Somente o fato de eles terem que disputar espaço dentro deste trânsito que mesmo para veículos possantes já é extremamente agressivo, já é um horror. Imaginem o desespero do pobre animal sem nenhuma proteção e muitas vezes sendo guiados por pessoas despreparadas e irresponsáveis!
Sem falar no tratamento que eles recebem de seus donos, que muitas vezes esquecem que estão lidando com seres vivos e não com um meio de transporte apenas. Muitos cavalos não recebem sequer água durante sua "jornada de trabalho" - imaginem o sofrimento que é para o animal, passar o dia inteiro transitando pela cidade nesse nosso trânsito caótico, com sede, às vezes machucados e doentes...
Como podemos pensar que nosso país esteja crescendo se sequer isso conseguimos resolver? Ainda tratamos os animais como se fossem nossos escravos e estivessem aqui somente para nos servir.
O que dizer dos gaúchos tradicionalistas e "muito machos" que veem esses animais como apenas mais um objeto da tradição e, portanto, assim devem ser tratados. O que são essas cavalgadas? Já deveriam ter sido proibidas há muito tempo! Falando nisso, onde estão os legisladores que nunca fizeram nada nesse sentido? Talvez por falta de coragem, consciência ou por não quererem perder um "votinho"...
Nesta eleição, talvez não existam muitas opções, mas espero com muito otimismo que já na próxima tenhamos mais alternativas para votarmos com o coração, e não apenas votar só por votar.

Amor Incondicional à Vida

Tenho uma tia muito linda que participou do projeto “Gurias do Calendário” - ela usou uma roupa de bailarina e o mês dela é fevereiro. Inclusive, naquela ocasião, ela teve a oportunidade de divulgar o trabalho no programa do Jô Soares, junto com as outras gurias.
Tenho muito orgulho dela e acompanho sua trajetória desde quando ela resolveu voltar a dançar - ela estava viúva e sua filha mais nova, que é também uma grande amiga, havia ido morar no exterior.
Acho que a dança salvou a sua vida, ou se preferirem: a dança a trouxe de volta para a vida.
No ano passado, houve então uma apresentação do grupo de dança que ela participa, no Teatro Renascença. Eu e meu marido resolvemos prestigiá-los como forma de apoiar essa iniciativa tão linda que aconteceu no tempo certo, quando mais precisamos de estímulos para continuar vivendo.
Quando chegamos ao teatro, houve a primeira surpresa: o saguão estava lotado, era como se fosse uma apresentação de alguém muito famoso.
O espetáculo, que foi mais longo do que um espetáculo de dança em geral, foi perfeito – não faltou e nem sobrou nada.
Os alunos-bailarinos-atores-dubladores e os professores que participaram da apresentação foram impecáveis, muito talentosos e esforçados. E pelo o que víamos, era muito claro que eles tinham se dedicado muito aos ensaios.
Ao sairmos do teatro, eu e meu marido percebemos que compartilhávamos da mesma opinião – chegamos achando estaríamos dando algo àquelas pessoas e saímos percebendo que havíamos recebido muito mais.
Ver todas aquelas pessoas tão felizes e integradas ao grupo, sem nenhum tipo de discriminação ou preconceito, foi uma lição que raramente vemos acontecer no nosso dia-a-dia.
Era possível perceber, naquela noite, que o que mais unia aquelas pessoas era amor. Amor incondicional à vida!
Hoje em dia, minha mãe está fazendo aula de dança e expressão corporal no mesmo local. Já posso notar os efeitos benéficos que ela está conseguindo conquistar e estou muito orgulhosa dela também.
Sou uma mulher de muita sorte por ter esses dois exemplos lindos de como é possível trilhar novos caminhos em busca da felicidade, durante todas as fases da vida.
Para quem quiser conhecer o trabalho que é desenvolvido na Escola a qual estou me referindo, este é o endereço eletrônico do blog: http://cccdeg.blogspot.com/

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mistérios da Existência

Estava terminando de ler o livro Golfe – Sete lições para o jogo da vida, de Deepak Chopra e resolvi comentar o trecho a seguir:

O jogador iluminado se dedica ao desconhecido, porque entende que isso é o que é. A incerteza desperta alegria em vez de apreensão quando você passa a abraçar o mistério. Sir Arthur Eddington, famoso físico do início do século XX, observou que depois de estudar o cosmo a vida inteira, ele só sabia uma coisa: “Algo desconhecido está fazendo sabe-se lá o que.”

Ao ler essa afirmação tão sincera fico pensando que quanto mais aprendemos sobre qualquer assunto, mais percebemos que nada sabemos.
No meu caso, durante a faculdade de Matemática, amava meu curso e me dedicava muito aos estudos, mas quanto mais estudava, mais percebia que tinha que estudar.
Sempre ficava claro que todo conhecimento que eu ia adquirindo, não era nada quando comparado a tudo que existia nessa área. Sem falar nas novas teorias que eram descobertas com frequência.
Nesse estágio de busca só nos resta a aceitação, porque a partir desse ponto, percebemos que sempre haverá o misterioso, o inexplicável.
A vida é e sempre foi cheia de mistérios indecifráveis e por mais que busquemos respostas, chegará a um ponto que será melhor nos entregarmos, aceitarmos e confiarmos humildemente na Existência e no Universo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amigos Alienígenas

Li no Terra hoje:

“Ex-oficiais: ETs desarmaram armas nucleares dos EUA e Inglaterra”

“Um grupo formado por seis oficiais da Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf, na sigla em inglês) e um pesquisador de objetos voadores não identificados (ovnis) afirma que extraterrestres têm sobrevoado bases de mísseis e desativado bombas nucleares. Segundo o site TG Daily, os sete irão apresentar um documento contendo testemunhos de mais de 120 antigos oficiais militares apontando para uma "intervenção" alienígena até meados de 2003. Aparentemente, após isso eles perderam o interesse pelas bases, continua o site.”
“A Usaf tem mentido sobre os impactos de ovnis em bases nucleares na segurança nacional e nós temos provas", afirma o capitão de lançamento Robert Salas. O grupo afirma que os objetos voadores não identificados têm sobrevoado locais com armas nucleares desde 1948 e que possui documentos que comprovam isso.”
“Em muitos casos, os mísseis apresentaram mal funcionamento ao mesmo tempo que objetos em formato de disco voavam silenciosamente nas proximidades das bases. Outro membro do grupo, Charles Halt, afirma ter visto um objeto voador no formato de disco lançando um feixe de luz em direção à base da Real Força Aérea britânica (RAF, na sigla em inglês) em Bentwaters, na Inglaterra. Após isso, ele ouviu no rádio que a "aeronave" teria pousado em uma área de armazenamento de armas nucleares.”
“Os ex-oficiais acreditam que os governos dos dois países "abafaram" as notícias, utilizando excelentes métodos de desinformação.”

Que absurdo, ter que vir “gente de fora” para impedir a imbecilidade que é o uso de armas nucleares.

domingo, 26 de setembro de 2010

A Parada no Agora

Percorri e ainda percorro vários caminhos, sempre tentando melhorar e em busca de mim mesma. Muitas vezes escolho “trilhas” não muito seguras e previsíveis, mas acho que essas, geralmentes, são formas eficazes de percorrermos o caminho para o autoconhecimento.
Uma das coisas mais importantes que descobri recentemente é valorizar o momento. E foi caminhando, que percebi o quanto é importante parar no agora.
O que existe de real na vida é o que está acontecendo neste exato momento. O passado já aconteceu e o futuro não sabemos como será, ele é apenas uma projeção.
Para uma aquariana como eu, isso é um aprendizado difícil, mas fundamental. O futuro me atrai de uma maneira estonteante... Portanto, viver o agora para mim, é realmente um dos maiores desafios, embora saiba que a vida fica sem sentido se não agirmos focados no momentou atual.
Claro que devemos organizar nossas vidas e planejar o futuro, mas que isso seja apenas um instrumento que nos possibilite viver melhor. Lembro de uma expressão que aparecia na letra de uma música: “sempre em dia com o seu atraso” – existem pessoas que se preocupam tanto com a organização de suas casas e com seu dia-a-dia que esquecem de viver e passam pela vida sem aprender muita coisa.
A própria relação com o prazer e a felicidade, passa pelo agora. Não podemos viver apenas esperando que um dia seremos felizes e que a vida será melhor. Temos que estar atentos a tudo de bom e prazeroso que está acontecendo agora e procurar sentir toda a magia do momento. Se não estiver acontecendo algo grandioso e diferente, devemos tentar perceber as pequenas coisas - certamente algo de bom está lhe aguardando neste momento para ser vivido.
Essa forma de olhar a vida, focada no agora, além de tudo nos levará de volta a nossa natureza mais genuína, nos permitindo ver o que se tornou invisível ao longo da vida. Quantos de nós ao andarmos pelas ruas percebe a beleza das árvores, o canto dos pássaros, o vento no rosto, ...?
Existe sempre algo de bom acontecendo no presente, basta estarmos conectados.
Quanto tempo e oportunidades deixamos de viver por estarmos focados no amanhã ou
presos em amarguras do passado?
Claro que em nossa sociedade, cada vez temos menos tempo de pararmos para viver. Somos impulsionados, no nosso dia-a-dia, a correr pela vida afora. Mas se ao menos nos nossos momentos de folga pudermos dar um espaço para a vida acontecer...

O Professor certo e a Aluna errada?

Sempre quis aprender inglês, ou melhor, sempre quis “ter nascido sabendo” inglês...

Além do inglês da escola, fiz uma tentativa, há muitos anos atrás, no Instituto Cultural – fui até a metade do curso e não retornei mais.

Na verdade, iniciei esse curso porque íamos viajar e claro que esse foi o grande fator motivacional.

Durante esse período, veio à tona um problema grave que tenho: timidez para falar para grupos em sala de aula e no trabalho.

Socialmente não tenho nenhum problema, somente nessas duas situações.

Claro que no Cultural só podíamos falar em inglês, inclusive as perguntas que fazíamos em português eram ignoradas pela professora que nessas ocasiões, se fazia de surda.

Por isso, sempre que ia para as aulas ficava em pânico, achando que iria me dar um branco e passaria a maior vergonha.

Pensei então, naquela ocasião, que o ideal seria fazer aulas particulares, mas acabei desistindo.

Alguns tempo depois, surgiu o “professor particular certo” – uma pessoa que quando conheci, no primeiro momento, não senti muita afinidade e não simpatizei mesmo.

Passado algum tempo, passei a achá-lo interessante, simpático e equilibrado.

Portanto, na ocasião pareceu ser a pessoa perfeita para me levar de volta para o meu sonho adormecido pela preguiça, vergonha e “falta de viagens”...

Conversamos e marcamos então nossa primeira aula.

Fiquei extremamente ansiosa e muito feliz por estar concretizando um desejo importante.

No dia marcado para a primeira aula, tive uma decepção - ele me ligou para avisar que teria que alterar a data, mas que passado algum tempo, poderíamos retomar o assunto para remarcarmos.

E nada! Ele nunca mais fez contato...

Claro que viajei na situação – fiquei pensando no motivo que teria levado meu futuro professor a desaparecer: será que é porque ele achou que não seria uma boa aluna?

Ou será que é porque aconteceu com ele o contrário do que havia acontecido comigo - ao me conhecer melhor, ele me achou insuportável?

No Cultural eu era a aluna que tinha mais idade na turma e então pensei - será que é porque ele acha que já estou muito velha para aprender alguma coisa?

Ou será... Foram muitos serás!

Sem querer ou por não ter coragem de me dizer o motivo da desistência, ele me levou para as alturas e depois me deixou cair em queda livre.

Foi mais ou menos assim que me senti...

Ele não sabe e não tem culpa, mas me deixou muito triste...

Meu sonho de aprender inglês está, até hoje, soterrado no meu “lado sombrio” – como diz Deepak Chopra (famoso escritor).


sábado, 25 de setembro de 2010

O Chamado do Xamanismo

Há alguns anos encontrei, ou talvez tenha reencontrado, uma pessoa linda que eu amo muito e que, embora de outra geração, ficou muito próximo de mim. Um dia ele me disse que gostaria que eu fosse sua tia “oficialmente” e que por isso, queria que eu me tornasse sua madrinha. Achei que ele estava brincando, mas gostei muito da idéia. Passado algum tempo, descobri que não era apenas uma brincadeira, ele queria realmente que de alguma forma ficássemos mais próximos. Conversamos muito sobre o ritual que seria escolhido para celebrarmos esse momento que seria muito especial tanto para mim quanto para ele. Pensamos e passamos por quase todas as religiões e chegamos juntos ao mesmo lugar – queríamos que fosse através de uma Cerimônia Xamânica, tendo a natureza como parte integrante e testemunha do evento.
Surgiu então uma outra dúvida, onde seria o ritual e quem seria o Xamã? O Universo então nos encaminhou à mesma pessoa sem que houvéssemos combinado. Eu cheguei até ele através do meu professor de bateria, que já o conhecia, e meu afilhado-sobrinho, teve a indicação dada por uma amiga. Acho que foi nesse momento que a magia começou a se concretizar. Fiz então contato com o Xamã e marcamos uma hora para conversarmos. Fomos os dois ao local combinado para o encontro, e tivemos então uma conversa tranquila e sem muitas respostas objetivas... Mas como objetividade não era o que estávamos buscando, embarcamos totalmente nessa viagem maravilhosa.
Chegado o dia do ritual, havia sol e a temperatura estava amena – viajamos até o local e a sensação que guardo, quando lembro dessa ocasião, é de muita paz e harmonia.
Quanto à cerimônia, foi, com certeza, uma das experiências mais belas que já vivi neste planeta. Estavam lá, além de nós dois, pessoas das nossas famílias que acabaram entrando no mesmo clima. A mãe do meu afilhado fez, em certo momento, uma fala linda e emocionante.
No final, seguimos uma trilha na mata fechada e parecia que éramos os pioneiros naquele local, tamanha a dificuldade de passarmos pela vegetação. Depois de muito tempo caminhando por aquele cenário de beleza natural, chegamos até o último local da cerimônia onde havia uma cachoeira maravilhosa. No primeiro momento ficamos sem fala diante da beleza daquele local... A água estava extremamente gelada, mas é claro que esse componente não nos impediu de realizarmos a cerimônia. Entramos na água e lavamos nossas almas...
Não posso esquecer de um personagem que foi fundamental naquele dia: um gato lindíssimo, extremamente manso, que parecia na verdade um cachorrinho. Ele ficou conosco durante todo o tempo e só nos "abandonou" quando iniciamos a nossa caminhada em direção a cachoeira e passamos por um trecho no qual, segundo o Xamã, havia um portal. Foi incrível vê-lo ali sentado, como se houvesse uma grade invisível que não permitia a sua passagem.
Para finalizar, lembrei de uma das falas do Xamã quando ele disse que sempre que precisássemos de ajuda que recorrêssemos à natureza e nos reconectássemos a ela. Percebo o quanto faz falta esse tipo de contato e o quanto seria bom para nossa saúde física, mental, emocional e espiritual.