Marcos Rolim fez hoje, uma leitura perfeita sobre o domínio de território por grupos armados no Rio de Janeiro – Zero Hora, página 18.
Lendo sua crônica, lembrei o porquê de não ter me rendido aos apelos jornalísticos quando colocavam pessoas chorando, em telejornais, emocionadas por acreditarem que seus heróis, os policiais, haviam vencido a batalha contra os traficantes...
Vou transcrever aqui, um trecho da referida crônica:
“Por isso, a polarização pressuposta nas coberturas jornalísticas entre “polícia” e “traficantes” não existe no RJ. Traficantes mantêm bases territoriais e pontos fixos de venda porque compram proteção dos segmentos criminosos das polícias. Tudo funciona como em uma S/A de capital fechado. Boa parte das armas do tráfico é fornecida por policiais que, assim, colocam em risco a vida de todos, sobretudo a vida dos policiais honestos, aqueles que – apesar dos baixos salários – honram sua missão e nos protegem. Estes estão fora da “sociedade” e, por isso, correm riscos extras em suas corporações.”
E sobre o combate eficaz contra o tráfico:
"Para derrotá-lo, será necessária uma política pública de redução de danos que permita segmentar o mercado com experiências progressivas de legalização das drogas. A opinião pública no Brasil, entretanto, por desinformação e preconceito, não está disposta sequer a fazer este debate. Os traficantes e seus sócios, é claro, agradecem."
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