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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ela é Tudo!

Existe uma pessoa na minha vida que é tudo: prima, irmã, melhor amiga, filha, mãe,...
Sem dúvida é uma das pessoas mais importantes que existe...
Não viveria sem ela, ela é vital para minha sobrevivência neste planeta.
Espero estar correspondendo e retribuindo, pelo menos em parte, tudo que ela me dá...
Conhecemo-nos desde que nascemos porque somos parentes, mas o nosso “reconhecimento” foi durante a adolescência. Éramos inseparáveis – nas horas boas e nas horas ruins.
Depois houve o período de separação o que para mim sempre foi natural com relação às pessoas comuns.
Só que não se tratava de uma pessoa comum...
O tempo passou e nos reencontramos para continuar tudo do ponto onde havia parado. Foi mágico, parecia que aquele tempo de afastamento nunca tinha existido. Agora pensando bem, para mim nunca existiu, nunca estivemos afastadas realmente.
Especialmente nos momentos difíceis durante esse período, podia sentir o colo da minha melhor amiga, mesmo ela não estando fisicamente por perto...
O espaço que ela deixou na minha vida, quando nos separamos, nunca foi ocupado por ninguém.
Por isso, quando nos reencontramos foi tudo tão natural que conseguimos na mesma hora, restabelecer nossa infinita amizade e não foi necessário período de adaptação.
Hoje sei que essa amizade causa ciúmes e inveja em muita gente.
Mas eu entendo essas pessoas, sei o quanto elas gostariam de estar no meu lugar.
Só tenho que agradecer ao universo por esse presente em forma de gente (linda, inteligente e sensível), que faz com que eu nunca me sinta sozinha.

sábado, 26 de junho de 2010

Como Tudo Começou

Em dezembro do ano passado, me dei de presente de Natal um novo mapa astral.

Escolhi a melhor astróloga que eu conheço e foi maravilhoso.

O resultado desta consulta foi muito importante para o meu autoconhecimento e também foi muito bom poder ficar conversando com ela por quase duas horas e meia.

Só interrompemos a conversa, porque meu filho insistiu em me buscar de carro, embora eu houvesse dito que iria voltar de táxi para casa.

Desde o primeiro contato que fiz com a astróloga, por telefone, percebi que nós tínhamos uma imensa afinidade energética e astrológica.

Uma das coisas mais importantes que ela me disse foi que eu deveria começar a usar a minha criatividade escrevendo.

Achei interessante a ideia porque sempre gostei de escrever, mesmo tendo muitos problemas com relação à escrita.

Sugeriu que eu fizesse um curso de produção literária.
Fiz contato por telefone e pesquisei na internet sobre essa possibilidade, mas não me senti muito motivada para fazer um curso regular.

Sei que isso poderia me auxiliar muito, não só com relação à forma mas creio que aprenderia como melhor colocar minhas ideias.

É, ideias não me faltam, acho que poderia produzir todos os dias se dispusesse de mais tempo.

Estou adorando a experiência, principalmente porque muitas vezes quando inicio escrevendo sobre um tema, acabo aprofundando e aprendo algo novo.

Optei por blog porque sou extremamente desorganizada e já perdi muito material manuscrito, em pen drives, arquivos em computador,...



Mulher à Disposição

Certo dia fui surpreendida com a reação de uma amiga que fez um comentário sobre o fato de o namorado não ligar...
Ela se sentia muito orgulhosa por não tomar a iniciativa de ligar para ele, embora estivesse com muita saudade e vontade de encontrá-lo.
Ficou esperando até que o namorado ligasse.
Quando ele finalmente ligou, ela ficou muito feliz e mais feliz ainda por não ter partido dela a iniciativa do telefonema.
Não entendo algumas mulheres que se colocam à disposição dos desejos e vontades dos homens e ainda sentem orgulho disso - um comportamento que no mínimo é submissão.
Para essas mulheres, o tempo não passou - fazem o que suas avós faziam.
Não tomam iniciativa de procurar seu namorado, marido, ficante..., mesmo quando estão loucas de saudade. Seus desejos e sentimentos ficam em segundo plano.
Por trás desse orgulho talvez se esconda um problema sério de baixo auto-estima.
Essas mulheres ficam com dificuldades de encarar a possibilidade de ouvirem um “não” do ser amado e por isso se reprimem.
Imaginem a representação disso para os homens que compartilham esse comportamento.
Para eles não pode ser mais cômoda a situação - quando tem vontade e tempo disponível é só ligar que lá estará ela: linda, perfumada e ... se sentindo vitoriosa por ser uma mulher "difícil".
Além de tudo, essa situação apresenta um componente machista inadmissível no mundo contemporâneo.
E o pior é que esse machismo é alimentado por mulheres!!!

domingo, 20 de junho de 2010

Dizer que te amo, é pouco!

"Dizer que te amo, é pouco!"
Foi esta a frase que coloquei na página de recados do meu filho, no Orkut, no dia do aniversário dele.
Essa frase vale para o meu filho mais novo também...
Sempre amei os dois igualmente, embora o mais velho não acreditasse nisso.
Hoje em dia, finalmente, ele descobriu que é verdade.
Percebo que ele brinca quando fala do assunto e é só para me provocar...
Impossível não perceberem meu amor, eu sou completamente louca pelos dois.
Sempre consegui expressar meu amor por eles e sempre deixamos claro (eu e o pai deles) que ambos foram muito desejados. Ficamos grávidos no tempo certo, estávamos preparados (pelo menos pensávamos estar) e tínhamos condições financeiras para assumirmos o compromisso.
Acho que se os seres humanos fossem pelo menos desejados por seus pais, o mundo seria bem melhor.
Devo muito a esses dois seres, afinal eles me ensinaram a sentir a forma mais linda de amor que pode existir, o amor incondicional.
Pensar que aconteça o que acontecer, o amor que sinto por eles será o mesmo ou até maior...
Sei que esse é o setor da vida em que mais me realizei.
Quando ouço que sou uma mulher de sorte por ter os filhos que tenho, não consigo ser modesta. Simplesmente sei que isso é verdade.
A vida me presenteou de uma forma muito generosa me permitindo ser mães desses dois caras...
Só tenho que agradecer todos os dias essa oportunidade de poder aprender com eles, a me doar de uma forma tão linda.
Claro que já tivemos problemas e ainda teremos, mas me parecem insignificantes diante da maravilhosa relação que temos.
Uma relação que me ensina a cada dia e me faz sentir feliz com a felicidade deles, mesmo quando não estamos juntos.
Meu egoísmo natural e humano fica quase que extinto quando o assunto se refere a meus filhos e experimentar isso é algo único - é o afastamento do ego e a aproximação do espírito.
É nos aproximarmos do todo, do universo.
Esse amor de mãe que sinto, é uma centelha do amor que Buda, Jesus e outros grandes caras, sentiram por todos os seres do universo.
Acho que vivenciar este amor maternal é um treino para que possamos um dia viver o amor universal e incondicional.
Acredito que ser mãe (falo de todas as mães, inclusive mãe de bicho, planta,...) seja um exercício importante para aprendermos durante nossa passagem pelo planeta.
O amor incondicional que sentimos pelos nossos filhos pode ser expandido para todo o universo.
Afinal, todos somos um.

Promoção Cultural Safada

Dia desses, olhando meus e-mails, fui surpreendida por um em especial: “Promoção Cultural – Dê à sua mãe a cozinha dos sonhos dela.”
Fiquei muito braba, furiosa, pensei em participar da promoção dizendo o que penso enquanto mulher, mãe, trabalhadora,..
Que absurdo resumir o sonho de uma mulher a uma cozinha e ainda chamar a promoção de “cultural”!
Sei que muitas ainda sonham com isso, mas será que devemos incentivar esse tipo de sonho limitado?
Há alguns anos atrás compramos uma geladeira nova e uma pessoa da família veio nos visitar na ocasião.
Ao entrar na cozinha viu a nova geladeira e falou: "ganhaste uma geladeira nova, hein?"
Por alguns minutos fiquei pensando: somente eu usarei a geladeira? E meus filhos, marido, cadelas e gata?
O pior é que a pessoa que fez o comentário era uma mulher...
Havia esquecido que para muitas pessoas, a cozinha (e tudo que tem dentro dela) pertence às mulheres. E ainda existem as pessoas que acham que lugar de mulher é na cozinha.
Concluindo, ainda existem muitos que pensam que nós mulheres deveríamos morar nas cozinhas das nossas casas, e de lá sairmos somente para ir ao banheiro ou levar as crianças na escola.
Cabe a nós mulheres provarmos que nossos sonhos podem ser muito maiores e muitas vezes não passarão pela cozinha.

sábado, 12 de junho de 2010

"Queridaaa..., tem que trocar o refil!"

Vocês acreditam que com todos os avanços em relação aos direitos das mulheres, ainda exista um comercial de televisão tão machista?
O marido diz, se referindo à troca do refil do desodorante sanitário: "- Queridaaa..., tem que trocar o refil!"
E o pior é a fala da infeliz da esposa: "- É pra já!"
Daí, entra em cena a desgraçada, usando uma roupa de astronauta horrível, andando como se não houvesse gravidade, pronta para trocar o tal refil.
Poderia terminar aqui o que acabei de começar a escrever... dá vontade de mudar de canal.
Não só o canal da televisão, mas o canal do planeta.
Será que houve mesmo, tantos avanços em relação às mulheres?
Será que estamos mais felizes, do que estavam nossas antecessoras?
Fico pensando no publicitário (ou será uma publicitária?) que teve a ideia desse comercial: ele teve espaço e provavelmente tenha sido elogiado dentro da empresa que trabalha, porque era muito evidente que haveria um público pronto para comprá-la.
E o que me deixa muito triste, é pensar que este público é composto principalmente por mulheres, com certeza.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ajuda, eu Peço para Minha Mãe!

Uma das coisas que eu mais odeio ouvir quando num grupo de mulheres, é: - Ele é legal e até me ajuda em casa...
Acredita que esta criatura está se referindo ao marido, muitas vezes pai da ninhada de filhos dela, a pessoa que divide os problemas, as alegrias... a vida, com ela (ou deveria dividir)???
E a maioria dessas mulheres trabalha fora de casa também! Muitas ocupam cargos importantes, são inteligentes, talentosas...
Se há algo que ao longo da vida mantive, é a convicção de que não tenho nenhum motivo para pedir "ajuda" para marido.
O que eu tive que fazer, e ainda faço, é lembrá-lo de que está na hora dele realizar alguma das tarefas que está dentro das 50% que lhe dizem respeito. Por que eu deveria assumir 51% das atividades domésticas e obrigações com filhos?
Ajuda, eu peço para minha mãe e só tenho que aceitar quando ouço um "não posso, porque vou ao shopping" ou "não posso porque vou na academia".... Na verdade, ela nem precisaria justificar nada, não é?
É, não é muito cômodo, dá mais trabalho esse tipo de atitude.
É como educar os filhos: podemos nos dedicar a isso, o que realmente é bastante trabalhoso, mas vale a pena, sem dúvida.
Outra possibilidade é negligenciá-los. Muito mais fácil, mas as consequências futuras, provavelmente nos tragam muitos problemas.
Não vejo nenhum motivo para que os maridos apenas ajudem, podendo até escolher o que querem fazer, uma maravilha!
Pensem, mulheres! Por que os homens devem ter essa vantagem? Por que não dividirmos igualitariamente as tarefas?
Olha que tem muita mulher metida a feminista, que quando chega em casa, tem o seu terceiro turno de trabalho lhe esperando, enquanto o maridinho assiste tv ou lê o jornal, aguardando que a mesma escrava lhe sirva o jantar.
O que leva uma mulher a se submeter a tamanha humilhação?
Penso que, acima de tudo, o machismo ainda está incorporado culturalmente na nossa sociedade. E isso vale tanto para homens como para mulheres.
Muitas vezes presenciei mulheres, que cobram de suas mães que cuidem dos seus filhos, com um autoritarismo que nunca vi direcionado ao pai da criança. Horrível!
Vamos parar de agir como robôs, reproduzindo o que faziam as nossas avós...
Não quero que minhas netas passem por tamanho desrespeito e estou tentando fazer a minha parte.
Sei que não é fácil, mas acho que é um ótimo investimento para o futuro...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Cinco Malucos Minutos

Tudo começou com um creme anti-envelhecimento que desandou.
Sim, algo deu errado na fórmula. Até aí tudo bem, isso acontece, pode ser que a farmacêutica não estivesse bem - tpm, doente, brigou com o namorado,...
Liguei então para a farmácia e o novo creme estava disponível, era só buscar.
Intervalo do almoço, na volta para o trabalho, penso que só preciso de cinco minutos..., mas não foi bem assim.
Chego em frente da farmácia e descubro que o local destinado para estacionamento, está em obras!
Olho para os lados, nada de vaga para estacionar e acabo desistindo.
Passados uns três dias dessa primeira tentativa de resgate do creme, lá vou eu e meus cinco minutinhos...
Desta vez traço um plano - como existe um posto de gasolina bem próximo da tal farmácia e meu carro está na reserva, resolvo "me aproveitar" da situação.
Chegando ao posto com toda culpa exagerada que as pessoas honestas carregam quando fazem qualquer coisa que julgam não muito corretas, me dirijo ao frentista e peço que
por favor encha o tanque e enquanto isso digo que vou buscar um remédio que havia encomendado numa farmácia ali do outro lado da rua.
O frentista então me diz: mas porque tu não vais nesta farmácia? (disse isso apontando para uma farmácia localizada no próprio posto).
Quase morri, devo ter ficado vermelha, como se estivesse roubando e matando.
Respondi que eu havia encomendado o tal remédio e blábláblá...
O cara me olhou e disse: - Estava brincando...
Lá fui eu, então, buscar meu anti-rugas e em poucos minutos estava de volta.
Não encontrei o frentista que havia me atendido e uma menina com jeito de homossexual, veio me atender.
Passou meu cartão de crédito e pediu o número do meu CPF. Percebeu que eu não lembrava do número e falou: - não sabes o número do teu CPF? só matando mesmo...
Olhei para ela surpresa e arrisquei dizer o número, rindo... e ela: - mas faltaram os últimos dígitos... hehehe
Desisti. Daí, começou a me contar que no final de semana anterior, saiu com um amigo e esqueceu de levar a carteira de identidade.
Quando tentou entrar numa festa, foi barrada na porta e o resultado foi que os dois acabaram passando a noite em frente ao local, no frio.
Eu, curiosa, perguntei qual a idade dela? Me disse que tinha 18 anos.
Para finalizar ela disse: já pensou se eu morro, sem carteira de identidade?
Olhei para ela apavorada com o que havia dito...
Ela, para me tranquilizar (ou não) disse:
- Não te preocupa que esta carinha linda, ainda vai viver por muitos anos...
Cheguei ao trabalho atrasada, é claro, pensando na espontaneidade daquela menina que além de jovem e linda, parecia ter toda segurança que muito adulto nunca chegará perto de ter.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Síndrome do Pânico

Infelizmente sei bem o que é síndrome do pânico...
Vou tentar explicar: imagine você andando numa rua deserta, num dia lindo, ensolarado,temperatura agradável e de repente surge um cachorro que começa a latir ferozmente para você.
O que acontece então? A partir do medo e do instinto de sobrevivência, seu corpo irá reagir - a quantidade de adrenalina no sangue é aumentada, aumentarão seus batimentos cardíacos, etc. Todo seu corpo terá uma reação instantanea.
Quando se trata de Síndrome do Pânico, a única diferença, é que não existe cachorro.
Portanto, nos sentimos completamente inseguros e achando que vamos morrer, porque nada justifica toda essa reação que nosso corpo apresenta.
A confusão mental é total! Não sabemos o que fazer, é uma angústia sem precedentes...
É, acho que nós que sofremos desse mal, podemos dizer que conhecemos o fundo do poço.
É muita dor e medo de ter medo.
No meu caso, geralmente, é a partir de alguma doença física concreta. Começo sentindo como se estivesse usando uma máscara de snorkel, usada para mergulho.
Às vezes, tenho dor no peito e formigamento no braço esquerdo (será coincidência? porque geralmente é esse o braço que dói quando temos infarto). Logo após, minha respiração fica curta e rápida, minha pressão arterial aumenta.
Conclusão: acho que estou infartando ou tendo um AVC.
Se vocês conhecem alguém que sofra desse mal, fiquem atentos. O problema poderá evoluir, impedido então, que a pessoa leve uma vida normal.
Eu, tive a sorte de poder fazer análise por uns quatro anos. Isso ajudou.
Hoje, tenho pequenas crises, que alguns profissionais denominam como uma ansiedade extremada.
Toda pessoa que já viveu esse problema, fica com o fantasma dele rondando por toda vida - esperando um momento de fragilidade, stress, depressão...
O ideal, é enfrentarmos quando temos força para isso.
Se não conseguimos sair de casa, devemos começar indo até o pátio ou até a esquina. E assim, sucessivamente, voltando a vida.
No início é horrível, mas este é o melhor remédio: o enfrentamento.
Claro que junto com o enfrentamento, se tivermos condições, devemos fazer tratamento com psiquiatra e também psicoterapêutico.
Após, podemos fazer até tratamento psicanalítico.
Quando estamos no meio das crises fica difícil imaginarmos que a vida será como era antes...
Na verdade nunca mais será exatamente como era, mas existe a possibilidade de superação, onde se consiga viver melhor após a doença.
Hoje eu dou muito mais valor a tudo de bom que está acontecendo neste exato momento, na minha vida.
Acho que é muito comum que algumas pessoas que tenham passado por situações de doenças, passem a dar mais valor ao momento.

domingo, 6 de junho de 2010

Tenho Medo de Tédio e de ...

Tenho medo de tédio e de pessoas entediantes...

E não é medo, é pavor!

Mas está surgindo agora, um novo medo em mim.

Geralmente acontece quando estou na praia: medo de "alguns" senhores idosos.

Vocês devem saber de quem estou falando...

São aqueles senhores que quando chegam na praia e saem para caminhar tem dois objetivos: ficarem sarados instantaneamente e atacarem mulheres.

Eles normalmente aparecem caminhando sozinhos ou até com suas esposas.

De repente, começam a abrir e fechar os braços, parecendo num primeiro momento, que estão tentando voar.

Observando melhor, se trata de uma tentativa inútil de se exercitarem (parecido com jogar futebol uma vez por semana).

Fico pensando o porquê desse meu medo...

Será que é porque estou numa fase da vida que é imediatamente anterior a deles?

Será que essa repulsa acontece porque tenho medo de envelhecer?

Talvez possa ter relação com um trauma da adolescência, sempre sofri esse tipo de assédio.

Desde cedo tive seios grandes, o que chamava muita atenção.

Um dia desses, fiz um comentário sobre esse assunto com uma amiga e ela me disse: "Pois um dia, nem estes vão te olhar".

Fico pensando no que ela me disse e posso afirmar com convicção: prefiro que nunca mais ninguém me olhe, a ser vítima desse tipo de ataque.

Prefiro ficar transparente, assim poderei continuar caminhando à beira-mar, como costumo fazer.

E, enquanto for possível... de biquíni!



Meu Último Pastel

Ontem comi meu último pastel...
Quem me deu o pastel foi uma pessoa que eu amo muito e quem fez o pastel foi outra pessoa também especial, que além de cozinhar super bem, me cativou na hora exata em que eu a conheci.
Tudo bem, o pastel estava uma delícia e esse foi um motivo importante também.
Por que o último pastel? Porque tenho que emagrecer de qualquer jeito!
Até aí tudo bem, o problema surgiu no momento que resolvi escrever sobre o meu último pastel e comentei com um capricorniano...
Sabem o que ele disse? "Tu sabes que não será o último."
Daí, lembrei de todas as vezes que esta mesma pessoa me disse (e continua dizendo) que "não vai dar certo".
Fico pensando que quando somos questionados sobre algum projeto ou idéia de alguém, mesmo que não acreditemos no sucesso, é melhor ficarmos calados.
No meu caso, quando ouço isso, geralmente me sinto impulsionada a realizar as coisas.
Mas digamos que a pessoa que nos questiona esteja triste, deprimida... Acabaremos então, com certeza, com a vontade dela de realizar qualquer coisa.
Acho que muitas vezes vale a pena ficar calado. O silêncio, que é tão valorizado pelos orientais em geral, na maioria das vezes não é compreendido no mundo ocidental.
Dizem, inclusive, que é durante o silêncio da mente (meditação) que entramos em contato com nosso eu interior e aprendemos as coisas mais importantes da vida.
Voltando ao pastel, realmente não foi o último. Lembrei que acabei comendo mais um...
Também como poderia um pastel tão lindo, ficar sobrando???
E qual o problema? É só mudar o título aí em cima para: "Meus Dois Últimos Pastéis".

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Eu Acredito em Feitiço

Eu acredito em feitiço.

Logo, acredito em feiticeiro.

Desde sempre, fui vítima de feitiçaria...

Sempre acontece a partir do olhar: surge uma pessoa que até então era completamente transparente, e a partir daquele momento, passa a ser um dos seres mais importante que existem no planeta - nasce a paixão.

Quando me refiro a pessoa transparente, falo daquelas pessoas que passam pela nossa frente, sem causar nada, nenhuma sensação, mal a vemos.

Depois do feitiço, só enxergamos ela, mesmo quando não está fisicamente presente.

Como podemos identificar um feiticeiro antes de lançado o feitiço?

Impossível identificarmos...

Eles geralmente são pessoas comuns que passam a ser pessoas únicas, lindas e extremamente magnéticas.

Vão da condição de insignificantes, à condição de essenciais para a nossa sobrevivência.

Passam de uma vibração onde não causam nenhuma reação, para uma outra que nos coloca de quatro, dependentes da sua presença, até para respirarmos.

O tempo passa a não existir quando estamos diante do feiticeiro.

As outras pessoas que estiverem por perto, irão desaparecer...

A impressão que se tem, é de que sem esse ser, será impossível viver - morreremos ou viveremos mortos.

Uma outra característica do feitiço é o tempo de validade.

Um dia acabará, mas nunca saberemos quando.

Cada feitiço, tem seu tempo de validade.

Ah, sobre o antídoto...

Existe o antídoto universal que é o tempo, ele serve para todos os casos, e existem os antídotos que são específicos e produzidos pelo próprio feiticeiro, através de determinadas ações ou frases como - "Eu sinto muito carinho por ti."; "Estou sem tempo agora."; "Acho que eu não te mereço.", "Tu és uma grande amiga."; etc.

Existe também uma outra saída: enfeitiçarmos o feiticeiro.

Para quem conseguir isso, será concedida uma experiência única, mágica, maravilhosa...

Só que mesmo nesse caso, o tempo de validade existirá e não deveremos esquecer disso jamais.