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terça-feira, 8 de junho de 2010

Cinco Malucos Minutos

Tudo começou com um creme anti-envelhecimento que desandou.
Sim, algo deu errado na fórmula. Até aí tudo bem, isso acontece, pode ser que a farmacêutica não estivesse bem - tpm, doente, brigou com o namorado,...
Liguei então para a farmácia e o novo creme estava disponível, era só buscar.
Intervalo do almoço, na volta para o trabalho, penso que só preciso de cinco minutos..., mas não foi bem assim.
Chego em frente da farmácia e descubro que o local destinado para estacionamento, está em obras!
Olho para os lados, nada de vaga para estacionar e acabo desistindo.
Passados uns três dias dessa primeira tentativa de resgate do creme, lá vou eu e meus cinco minutinhos...
Desta vez traço um plano - como existe um posto de gasolina bem próximo da tal farmácia e meu carro está na reserva, resolvo "me aproveitar" da situação.
Chegando ao posto com toda culpa exagerada que as pessoas honestas carregam quando fazem qualquer coisa que julgam não muito corretas, me dirijo ao frentista e peço que
por favor encha o tanque e enquanto isso digo que vou buscar um remédio que havia encomendado numa farmácia ali do outro lado da rua.
O frentista então me diz: mas porque tu não vais nesta farmácia? (disse isso apontando para uma farmácia localizada no próprio posto).
Quase morri, devo ter ficado vermelha, como se estivesse roubando e matando.
Respondi que eu havia encomendado o tal remédio e blábláblá...
O cara me olhou e disse: - Estava brincando...
Lá fui eu, então, buscar meu anti-rugas e em poucos minutos estava de volta.
Não encontrei o frentista que havia me atendido e uma menina com jeito de homossexual, veio me atender.
Passou meu cartão de crédito e pediu o número do meu CPF. Percebeu que eu não lembrava do número e falou: - não sabes o número do teu CPF? só matando mesmo...
Olhei para ela surpresa e arrisquei dizer o número, rindo... e ela: - mas faltaram os últimos dígitos... hehehe
Desisti. Daí, começou a me contar que no final de semana anterior, saiu com um amigo e esqueceu de levar a carteira de identidade.
Quando tentou entrar numa festa, foi barrada na porta e o resultado foi que os dois acabaram passando a noite em frente ao local, no frio.
Eu, curiosa, perguntei qual a idade dela? Me disse que tinha 18 anos.
Para finalizar ela disse: já pensou se eu morro, sem carteira de identidade?
Olhei para ela apavorada com o que havia dito...
Ela, para me tranquilizar (ou não) disse:
- Não te preocupa que esta carinha linda, ainda vai viver por muitos anos...
Cheguei ao trabalho atrasada, é claro, pensando na espontaneidade daquela menina que além de jovem e linda, parecia ter toda segurança que muito adulto nunca chegará perto de ter.

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