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domingo, 30 de outubro de 2011

Tombo

Li no jornal uma reportagem com a maravilhosa Claudia Tajes e em determinado momento ela disse:
Tudo é uma tragédia, mas tento contar de um jeito que mostre que há vida depois do tombo.
Pego esse gancho para falar inicialmente de outro tipo de tombo porque, dias atrás, estava saindo de um local onde não estava me sentindo bem e tudo aconteceu - não vi um degrau e como estava usando uma sandália de salto muito alto, acabei no chão.
A sensação imediata é de que "não existe vida depois do tombo"! É horrível!
Já fui parar no chão algumas vezes ao longo da minha vida, mas desta vez resolvi refletir sobre o fato.
Lembrei do meu penúltimo grande tombo - estava atrasada, correndo, indo para a última sessão com meu terapeuta e estava chovendo. Quando percebi, estava no chão.
Voltando a reflexão, fico perguntando: por que levamos tombos?
No caso do meu penúltimo tombo, estava ansiosa e preocupada com relação ao desenrolar da minha última sessão de terapia e a chuva foi um ingrediente perfeito para facilitar as coisas...
No meu último tombo, estava louca para deixar o local, estava me sentindo incomodada e queria voar dali. Como não tenho esse dom, fui ao chão.
Nas duas situações, estava nervosa, querendo que o tempo passasse mais rapidamente do que o normal só que no plano físico as coisas continuavam normais.
Conclusão: corpo e mente sem sintonia e o resultado não poderia ser outro.

Atividade Paranormal 3

Ontem fomos assistir ao filme Atividade Paranormal 3.
Éramos sete pessoas, sendo que a maioria tinha compromisso para antes ou para depois do filme e eu era a responsável para que chegássemos pelo menos com pouco atraso no cinema. Cansativo!
Chegamos em cima da hora e tive que enfrentar a fila para compra dos ingressos e após, a fila para compra das pipocas e refrigerantes...
Acabei perdendo o início, mas tudo bem porque depois soube que não havia acontecido nada importante.
O filme foi bem feito e como sempre manteve a característica dos outros dois - de prender o público na cadeira, sempre a espera que algo aterrorizante fosse acontecer a qualquer momento.
E como sempre, tem uma hora que eu quero mais é que acabe porque não aguento sentir tanto medo, muito embora o filme seja tão envolvente, ao ponto de fazer com que a gente nem perceba o tempo passar.
Como disse uma das pessoas que estavam no grupo: por que será que a gente vai ao cinema para assistir algo que nos faz sentir tão mal durante e depois?
Não sei bem, mas algum prazer nos causa, especialmente antes...
Realmente ficamos por um curto período com uma sensação ruim, principalmente na noite depois do filme.
Claro que depois de passado esse período, ficamos loucos para que lancem o próximo Atividade Paranormal...

sábado, 15 de outubro de 2011

Planejamento Familiar sempre...

Fico muito feliz quando observo o quanto o movimento de proteção aos animais cresceu nos últimos tempos. Cresceu em quantidade, mais voluntários estão se disponibilizando a participarem ativamente e também fico contente ao perceber que a qualidade desse trabalho desenvolvido por esses anjos, na grande maioria, está muito melhorada.
Acho que a maioria desses voluntários tem muito clara, a visão política de que o melhor caminho para ajudarmos efetivamente a causa, é através da castração dos animais. Claro que, junto com essa ação temos que auxiliar os indefesos seres que perambulam pelas ruas, muitas vezes tendo sido abandonados pelos donos, porque já não servem mais de brinquedo para eles ou para seus filhos. E ainda existem aqueles, que estão sob a guarda de verdadeiros torturadores psicopatas...
Essa consciência que chegou para ficar entre os protetores de animais aqui no Brasil, e que coloca o quanto é importante a posse responsável, é de fundamental importância para o resgate do respeito que esses seres devem ter na sociedade.
Temos que terminar com a visão distorcida de que os animais estão aqui, coabitando nosso planeta, para nos servir como se fossem nossos escravos.
Concluindo, acho que para os animais, o Planejamento familiar vai chegar bem antes do que chegará para os seres humanos.
No Brasil, com tantos incentivos indiretos para que a camada mais pobre da sociedade tenha muitos filhos, a tendência é de que mais miseráveis perambulem pelas ruas, dando sustentação a uma forma de fazer política ultrapassada e que jamais dará perspectivas reais de resgate de cidadania a essa parcela da população.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Chocolate

Tenho uma relação complicada e muito intensa com chocolates...
Reconheço que são hipercalóricos e como eu preciso perder uns quatro quilos, claro que não é o melhor alimento.
Quando sei que existe um chocolate morando na mesma casa que eu é uma questão de tempo - irei devorá-lo, mesmo que ele não me pertença.
Roubarei sem muito problema com a minha consciência, porque levarei em conta o fato de ter sido eu mesma que fui até o supermercado para comprá-lo.
O meu último roubo se deu há poucos minutos - tinha que ler um livro difícil e precisava de alguma compensação pelo meu esforço.
Resumindo: não consegui ler o livro porque tanto a temática quanto a forma não me atraiu nem um pouco, mas quanto à caixa de Ferrero Rocher que eu peguei do quarto do meu filho (eu havia comprado para ele e para a namorada e eles sempre demoram muito para comer), comi inteira.
Se ele me perguntar (já sabendo), onde está a caixa de bombons, eu responderei, rindo, que não sei e espero que, como sempre acontece, ele não fique zangado...
Quando conto para meus amigos essa história, que acontece com alguma frequência, muitos perguntam: - Mas por que tu compras os chocolates?
Respondo que é porque é o máximo que eu consigo fazer: comprar chocolate fingindo que é para os meus filhos. Poderia ser pior se eu já comprasse para mim, não é?
Ainda bem que não faço mais análise, porque esse assunto renderia várias sessões e não gostaria de ter que buscar respostas neste momento.
Hoje, prefiro compensar na esteira...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Guns N' Roses

Ontem, eu e meu filho mais velho resistimos bravamente e ficamos acordados, na frente da TV, esperando a melhor banda de todos os tempos entrarem no palco do Rock in Rio - Guns N' Roses. Poder dividir com ele momentos de grande emoção como este, é algo indescritível - já tínhamos assistido ao show da banda aqui em Porto Alegre e foi maravilhoso.
Momento antes estava conversando pelo Facebook com pessoas de um Fã Clube do Axl Rose, para perguntar se eles tinham uma ideia do horário que a banda iria se apresentar. A informação que tive, foi de que seria por volta da 1h15min e até brincamos com relação a isso, porque sabíamos que quem definiria o horário seria Axl Rose.
Lembramos do show em Porto Alegre, quando esperamos quase que 6 horas pelo início do espetáculo mais lindo que já vimos na vida.
Falar isso é estranho para quem não estava lá, porque para nós fãs, o fato deles terem se atrasado tanto, até nos deixou chateados na hora, mas foi só as luzes se acenderem no palco e o show começar, para que nossa memória esquecesse o fato.
Ontem, no Rio de Janeiro, não foi diferente, as pessoas começaram a ficar descontentes com o atraso porque, além disso, a chuva não deu trégua em nenhum momento.
Mas bastou o show começar, que a magia por estar diante do deus rock, Axl Rose, fez com que o público esquecesse todo o resto.
A chuva era tão intensa que já no início do show, a barra da calça jeans de Axl ficou molhada e os tênis que ele usava também - ele pisava em poças de água, se molhando todo.
Pensei até na possibilidade dele interromper o show ou pelo menos abreviar a apresentação. Mas estava errada, eles mantiveram o espetáculo e foi tudo perfeito.
Houve alguns momentos do show, que percebi algumas músicas executadas de maneira diferente, por parte de Axl e como meu filho é professor de música, perguntei a ele, mas ficamos na dúvida. Chegamos à conclusão de que se ele errou, nós nunca teríamos certeza absoluta, porque ele canta tão bem que conseguiria com facilidade disfarçar qualquer eventual problema - sua voz, com o passar do tempo, está ficando ainda melhor.
Axl Rose continua o mesmo de sempre, com sua performance cuja única estratégia é ser ele mesmo, por isso não tem erro, ele consegue chegar e se mostrar inteiro, com a vantagem de ser talentoso e com um magnetismo que faz com que legiões de fãs o admirem e o aceitem como ele é.
Eu o considero o ícone de todos os tempos por seu talento e por sua coragem de se mostrar tão desnudo, não se importando com a opinião dos outros.
O show terminou por volta das 5h e foi lindo perceber que eles mantiveram o entusiasmo durante todo o tempo, e acho que a chuva foi até mais um importante componente de todo aquele espetáculo maravilhoso.
Tenho certeza de que as pessoas que estavam presentes, ao término do show, saíram de lá com a alma literalmente lavada por terem assistido uma apresentação do melhor do rock de todos os tempos.

domingo, 2 de outubro de 2011

Diferenças entre Homens e Mulheres

Sempre que alguém me liga e pergunta se é a Magali, a maravilhosa ou a bela ou a qualquer outra coisa muito boa, eu respondo prontamente que sim. Tenho mania de fazer essa brincadeira que nasceu por pura falta de paciência quando atendo ao telefone e a pessoa demora a se identificar.
Geralmente quando se trata de um homem ligando, eles não ficam muito surpresos com a minha resposta, mas quando é uma mulher a reação geralmente é explosiva - pensando bem, só essa diferença de comportamento já renderia outra postagem...
Dia desses, uma amiga com quem eu não falava já há algum tempo me ligou e perguntou se era a Magali, a maravilhosa. Eu, como sempre, respondi espontaneamente: - Sim, sou eu mesma.
Minha amiga riu tanto que tive que esperar um tempo até que ela me dissesse seu nome - não reconheci a voz e nem a risada e só me restou ficar esperando.

Nós mulheres somos tão diferentes em algumas coisas, quando comparadas aos homens...

Mas a diferença que mais me chama a atenção, ainda é com relação à paixão: eu sempre observo a diferença que existe entre um homem apaixonado e uma mulher apaixonada.
Costumo fazer mini-entrevistas com amigos e pessoas conhecidas sobre o assunto, e embora a amostra seja muito pequena, consigo perceber uma tendência de comportamentos: enquanto para as mulheres a paixão ainda está mais ligada a sentimentos, para os homens ainda está mais relacionada à atração física e, inclusive, percebo a dificuldade que eles tem de distinguir uma coisa da outra.
Acho que essa tendência se mantem, muito embora nos últimos tempos tenha havido grandes avanços com relação à busca das mulheres pelo seu prazer sexual.
Entendo a partir disso tudo, o porquê de nós mulheres alimentarmos e lidarmos de forma mais eficiente com nossas paixões platônicas, quando comparadas aos homens.

sábado, 1 de outubro de 2011

Bloqueio

Existe em mim, uma espécie de tecla que me bloqueia. E quanto à senha para acesso de desbloqueio, quase nunca consigo fornecer para quem me bloqueou.
Acho que sou uma pessoa que geralmente perdoa, que entende as diferenças e que aceita não como resposta. Mas se alguém acessar essa minha tecla... Lamento, mas ainda não consegui criar ferramentas que possibilitem desativá-la facilmente.
Assim está sendo com relação às pessoas com as quais não sintonizo, não tenho nada a ver - cada vez mais, estou me afastando mais deste grupo.
Tenho amigos muito diferentes no campo das ideias, mas no campo das energias, preciso e quero ficar perto das pessoas com as quais tenho realmente afinidade.
Estou numa fase maravilhosa da vida, onde posso me permitir fazer isso e muito mais. E só por ter adotado esse tipo de conduta, já afastei e irei afastar grande parte das pessoas com as quais mantinha relações de fachada, e isso é muito bom!
Só espero jamais sobrecarregar essas pessoas que ficam, porque cada vez fecho mais esse grupo.
Não pensem que somente convivo com pessoas que pensam e agem como eu, muito pelo contrário, olhando ao meu redor vejo gente de todos os tipos e que muitas vezes, tem um modo de viver quase que oposto ao meu. Mas são pessoas com as quais existe troca, não só no campo cognitivo, mas em todas as dimensões.
O maravilhoso de tudo isso é que no final ficam os relacionamentos que de alguma forma valem a pena e que são fundamentados no respeito mútuo, sem o qual nenhuma relação se sustenta bem por muito tempo.