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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Reencontro

Já fiz um tratamento com um psicoterapeuta reencarnacionista (durante o trabalho desenvolvido por ele, fiz duas sessões com regressões), participei de um grupo numa casa espírita por mais ou menos quatro anos e já tive outras experiências nesse campo do mundo invisível, mas se me perguntarem se eu sou espírita, direi que não.
Nunca me identifiquei completamente com nenhum tipo de religião, embora reencarnação seja um tema que me interessa bastante.
Existem momentos e situações na minha vida, que faz com que eu pense que estou reencontrando pessoas...
Praticava Pilates, num mesmo local, por cinco anos. O estúdio ficava muito distante da minha casa e do meu trabalho e embora houvesse criado certo vínculo com a dona do local e com algumas pessoas que frequentavam o estúdio, não me sentia feliz quando tinha que dirigir durante quarenta minutos num trânsito insuportável, para chegar até lá.
Há mais ou menos um ano, surgiu um problema no meu ombro e tive que procurar uma clínica de fisioterapia para fazer tratamento. Encontrei então, um local que fica entre a minha casa e meu trabalho - perfeito!
Desde a primeira vez que cheguei ao lugar, fiquei muito satisfeita. Percebi, rapidamente, a qualidade e o carinho do atendimento oferecido pelas fisioterapeutas. Era como se eu estivesse no hospital do filme Nosso Lar de tão confortada e bem atendida que eu me sentia.
Hoje, pratico Pilates neste mesmo local e o que recebo é bem mais do que eu poderia esperar - me sinto em casa.
O clima que se respira quando entramos no local é de amor - as profissionais gostam do que fazem e por isso o resultado não poderia ser outro.
Considerando essa experiência que estou tendo, volto ao questionamento com relação à reencarnação. É como se, através do problema que tive no ombro (que a princípio foi uma experiência ruim), eu tivesse sido reconduzida a um lugar onde eu deveria estar e com as pessoas com as quais eu deveria me reencontrar.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Japonesa que chorou

Hoje, uma semana depois da cirurgia plástica nos olhos, continuo com aparência nipônica, ainda mais considerando o tom amarelado da minha pele.
Algumas vezes já ouvi questionamentos com relação a minha ascendência - perguntas referentes à possibilidade de eu ter um pé na Ásia. Sempre respondo que, ao que eu saiba, não existe nem um raminho que justifique esse questionamento. Mas se essas mesmas pessoas me vissem hoje, teriam certeza da minha origem.
Agora, quando me olho no espelho vejo uma japonesa que chorou a noite inteira...
A cicatriz da cirurgia que foi feita na parte inferior dos meus olhos (que era a que eu mais temia), está começando a ficar imperceptível, mas a parte superior continua inchada e avermelhada.
Tudo bem, até porque acho as japonesas muito charmosas.
Outra coisa legal que tenho observado e estou achando muito divertida é a quantidade de sentimentos e comportamentos que a minha cirurgia plástica provoca nas pessoas com as quais convivo ou encontro: carinho, dedicação, medo, inveja, companheirismo, rejeição, felicidade, entusiasmo, amizade, amor, dor, ansiedade, egoísmo, altruísmo, pessimismo, otimismo, autoritarismo, covardia, preocupação e outros tantos.
Uma observação interessante: não notei indiferença em nenhum momento, sempre houve alguma reação significativa por parte da maioria das pessoas com as quais convivi ou tive contato até agora.
Interessante perceber o quanto, um simples evento, pode deixar a mostra todo o universo que trazemos dentro de nós...

domingo, 25 de setembro de 2011

Cirurgia Plástica - Blefaroplastia - Parte 2

Um dia antes da cirurgia, me senti um pouco ansiosa, mas não fiquei com medo e no dia, estava tranquila.

Cheguei à clínica no horário marcado e fui recebida pela enfermeira que me acompanhou do início ao fim daquele dia.

Fui levada para uma suíte, como a de um hotel confortável, coloquei um roupão e tomei um comprimido para dormir - o combinado é que a anestesia seria local com sedação.

Quando acordei um pouco, percebi que já estavam me operando e pude, em alguns momentos, até conversar com os médicos.

Durante esse período tive alguma sensação de dor, mas foi bem pouca, me senti muito bem.

Um pequeno problema surgiu no final da cirurgia, quando fui levada para o quarto, acordada.

A enfermeira sugeriu que eu dormisse. Só que a posição sugerida (de barriga para cima) foi completamente desconfortável e fiquei muito agitada, querendo ir para a poltrona ao lado da cama.

Claro que não foi permitido e tentei me acalmar sem muito sucesso.

Nunca durmo nessa posição e pareceu ser impossível conseguir relaxar.

Pedi também, por duas vezes, para me olhar no espelho e não fiquei apavorada com o que vi, ainda não estava muito inchada e os pontos não me deixaram preocupada.

Já havia lido um relato na internet sobre uma pessoa que havia ficado muito nervosa nesse momento.

Quanto ao jejum, foi de 6 horas, sem poder beber nem água.

Na saída da clínica, depois de passadas mais ou menos 6 horas do momento da cirurgia, fui chamada pelo médico e ele me disse que iria querer me ver no dia seguinte.

Fiquei surpresa e perguntei para a enfermeira, que estava ao seu lado, se ele estava brincando.

A resposta veio dele mesmo: - Não, não estou brincando. Tu te comportaste muito bem durante a cirurgia, mas depois ficaste muito agitada e por isso estás meio inchada. 

Sugeriu que eu me mantivesse em repouso absoluto - sem rir, nem falar e dormindo sentada.

Na hora, percebi o quanto seria difícil, mas...

Já havia lido que o inchaço somente surge de 24 ou 48 horas depois da cirurgia e comecei a ficar um pouco preocupada.

No dia seguinte, realmente o local estava bem inchado, mas nada apavorante, nunca fiquei sem poder enxergar, com os olhos fechados pelo inchaço.

No dia seguinte, durante a consulta, o cirurgião me perguntou como eu estava e eu disse que me sentia ótima e ele respondeu: - É, mas poderia estar melhor... (se referindo ao inchaço).

Eu ri, já acostumada ao seu jeito sincero e objetivo de ser.

No terceiro dia, o inchaço estava bem menor e surgiu coceira no local da cirurgia em função dos pontos e do processo de cicatrização (conforme me informou o médico).

Continuei seguindo os conselhos dados, ficando em repouso.

Ontem, quinto dia após a cirurgia, ouvi do médico o que mais queria: - Está muito bom!

Foram retirados os pontos e apenas um permanece em função de estar localizado dentro de um pequeno ferimento.

Ele foi cortado e assim que a ferida desaparecer, ele cairá.

Atividades normais, somente daqui a mais ou menos uma semana.

Hoje, sexto dia após o procedimento ainda estou com os olhos inchados, mas as cicatrizes começam a ficar mais discretas e já consigo perceber os resultados positivos do procedimento.

Já estou circulando, dentro de casa sem óculos escuros e meu filho parou de me chamar de "Jogos Mortais", o que já é um bom sinal.

Durante o procedimento foi aplicado PRP - Plasma Rico em Plaquetas.

É uma técnica onde é utilizado o próprio sangue do paciente para ajudar a restabelecer os tecidos e estimular a produção de colágeno.

Acho que também por esse motivo, quase não tive hematomas.

O que ouvi do médico e também li quanto a dor foi pura verdade, o processo todo é praticamente indolor e apenas sentimos algum desconforto em função dos pontos.

Acho que o único momento de alguma dor (completamente suportável, claro) foi durante a retirada dos pontos.

Daqui a dez dias, devo voltar ao consultório para mais uma revisão.

Cirurgia Plástica - Blefaroplastia - Parte 1

Há algum tempo andava insatisfeita com a pele em torno dos meus olhos e com meu olhar com aparência de cansada, mas nunca tinha tido a coragem de tomar uma decisão radical: cirurgia plástica nas pálpebras ou blefaroplastia.

Foram poucas as pessoas que ficaram sabendo da minha decisão antecipadamente.

Já tinha um médico, um cirurgião plástico, mas resolvi fazer uma consulta com outro que já conhecia através de entrevistas na televisão.

Marquei a consulta, e no dia fiquei na dúvida se deveria ou não desmarcá-la.

Mantive meu horário e quando estava diante do cirurgião resolvi, na hora, fazer o procedimento com ele.

Adorei a forma como ele me atendeu, esclarecendo minhas dúvidas de forma segura e objetiva.

Dias depois, contei sobre minha decisão para duas amigas no trabalho que já sabiam que eu iria fazer a cirurgia, e elas perguntaram se eu já conhecia o trabalho do cirurgião.

Respondi que não, mas que tinha tido algum tipo de intuição que me deu muita segurança para tomar aquela decisão.

Claro que não as convenci e quando fomos lanchar juntas, uma delas sugeriu que fôssemos conversar com outra amiga e colega, que por trabalhar num setor onde 99% dos funcionários são mulheres, poderia nos dar alguma informação sobre o médico.

Não acreditava em coincidência, e agora, muito menos - nossa amiga não só conhecia o cirurgião plástico, como ela e quase toda a família já haviam passado pelas mãos dele, tendo todas elas ficado muito felizes com os resultados finais.

Nossa colega terminou dizendo que eu estava em ótimas mãos e que não me arrependeria da escolha. 

Fiquei feliz, muito mais tranquila e certa de que minha intuição mais uma vez havia me levado ao lugar certo.

Dias antes da cirurgia, comecei a ficar preocupada com minha saúde, fiquei com medo de contrair alguma virose ou iniciar uma crise de rinite alérgica, o que impediria a realização do procedimento. 

E adivinhem o que aconteceu?

Exatamente o que mais temia. 

Por esse motivo, tive que adiar por duas vezes a data marcada.

Isso tudo fez com que minha ansiedade fosse multiplicada, até que, finalmente, chegou o dia tão esperado.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Alterações no Bolsa-Família... E Planejamento Familiar?

As modificações no Programa Bolsa-Família:
- hoje, ao abandonar o Programa, o beneficiário tem que fazer novo cadastro e com as alterações não será mais necessário, poderá voltar automaticamente;
- hoje, gestantes não são beneficiadas, com a alteração passarão a ganhar o benefício;
- hoje as mães recebem o valor de R$ 32,00 por filho, com a modificação passarão a receber o benefício dobrado, ou seja, além dos R$ 32,00 do novo filho receberão mais R$ 32,00 durante seis meses, enquanto estiverem amamentando.
- o nº máximo de crianças, que hoje é três por casa, passará para cinco;
- cada família poderá ainda receber dois benefícios de R$ 38,00 por adolescente na faixa de 16 e 17 anos.

Lendo esses dados, sem pensar em ideologia, posicionamento político-partidário ou qualquer outra coisa que não seja a razão fica impossível imaginar sequer a possibilidade de que essa ação do Governo Federal não vá resultar em estímulo imediato ao aumento da natalidade nas famílias de baixa renda!
Considerando que o aumento do valor dos benefícios pode chegar a R$ 306,00 mensais, não precisamos falar muito. Imagine o que significa um valor desses para uma mãe, que sozinha, precisa sustentar seus filhos (sabemos que a presença efetiva dos pais está cada vez mais rara). Imaginem o que significa, para essas pessoas, a possibilidade de uma arrecadação mensal garantida nesse valor!

Essas ações fazem parte do Plano Brasil sem Miséria e o que eu não entendo ou prefiro pensar que não, é por que temos que criar mais miséria (através do aumento de natalidade dentro da faixa da população mais pobre) para, após isso, combatê-la (ou fazermos de conta que estamos combatendo)?
Por mais que eu tente não consigo não pensar que essa ação tenha um caráter demagógico com fins eleitoreiros...
Qual outra explicação pode haver?
É inevitável outro questionamento: Planejamento Familiar seria o caminho político mais coerente e eficaz para combatermos a miséria em todos os âmbitos e obtermos resultados efetivos. Só que existe um detalhe: o resultado de uma ação desse tipo, somente iria dar créditos aos próximos governos e isso, geralmente, não é o objetivo do governo que está no poder.
E para finalizar, reafirmo o que há muito tempo venho dizendo: não sou contra uma ação enérgica contra miséria, mas penso que se apenas agirmos de um modo demagógico e imediatista, jamais iremos ter resultados realmente positivos.

sábado, 17 de setembro de 2011

Glee 3D

Havia prometido levar minhas duas sobrinhas de 10 e 13 anos ao cinema. Fazendo uma rápida pesquisa, escolhi Glee 3D - O Filme, tendo a aprovação das meninas e da minha mãe, que também nos acompanharia.
Escolhi o filme, embora nunca tenha assistido a série que vai ao ar na Fox. Às vezes, passo pela TV no momento em que meu filho está assistindo e já havia notado que, no mínimo, os atores cantavam super bem.
Logo no início da exibição, fiquei um pouco preocupada porque percebi que se tratava da apresentação do Show do grupo em Los Angeles, com depoimentos dos fãs.
Já no início do filme, pude perceber que um dos objetivos da série é discutir o universo das pessoas que se sentem excluídas da sociedade: homossexuais, deficientes físicos, pessoas fora do padrão de beleza, etc.
Os depoimentos retrataram, na maioria das vezes, os dramas pessoais dos fãs que ao se identificarem com os personagens, se sentiam mais fortalecidos para enfrentarem seus próprios problemas.
Outro ponto de destaque foi quanto ao repertório escolhido, eles executaram e dançaram músicas maravilhosas como: I Wanna Hold Your Hand (Beatles), Somebody To Love (Queen) e River Deep, Mountain High (Tina Turner), Firework (Katy Perry), Born This Way (Lady Gaga) e Empire State of Mind (Alicia Keys).
Mas um dos momentos principais foi quando tocaram e cantaram a música Valerie, lembrando Amy Winehouse, amei! O outro instante especial foi quando houve uma performance muito especial e sensual de Brittany (Heather Morris) em I'm Slave 4 U - ela esteve maravilhosa...
No geral, um filme que vale a pena, tendo ainda como recurso o efeito 3D que acrescentou mais brilho e movimento ao espetáculo.
Saímos do cinema satisfeitas - quatro pessoas de três gerações diferentes. Acho que isso já é um ótimo sinal com relação ao que se espera de um bom filme.

"A Sabedoria dos Cães"

Li o interessante livro A Sabedoria dos Cães, de Gotham Chopra, filho de Deepak Chopra.

O livro, como o próprio autor coloca, trata de três gerações, dois cães e a busca por uma vida feliz.

Relata de uma forma bem escrita, a vida quotidiana da família Chopra.

Eu, que sou fã e adoro os livros de Deepak, fiquei maravilhada por poder ver por outro ângulo, a vida dessa pessoa que eu tanto admiro.

Outro detalhe que me chamou muito a atenção, foi perceber o quanto existe de harmonia nesta família, embora tenham que conviver com estruturas culturais tão antagônicas – a indiana e a americana.

Mas no final, tudo dá muito certo.

Um dos momentos mais legais é quando Gotham pergunta à Deepak qual é o sentido da vida?

- O sentido da vida é a expansão progressiva da felicidade. É harmonizar os elementos e forças do nosso ser com os elementos e forças do universo para participarmos da sua futura evolução de criatividade, insight, imaginação, possibilidades infinitas e também das qualidades que mais desejamos: amor, compaixão, alegria, bondade, equanimidade.
A maioria das pessoas tem uma necessidade profunda, em algum estágio da vida, de procurar o sentido, o significado e o objetivo de sua existência para entender os mistérios mais profundos do universo. Gosto de pensar que até mesmo a procura das respostas para essas questões poderosas, o processo da busca, tem seu significado mais profundo. Sei que para mim tem sido assim.


Outro momento interessante é quando Gotham fala sobre a sua amizade com Michael Jackson (ele morreu quando este livro estava sendo elaborado).

Ele conta como foram alguns dos tantos encontros entre eles e sobre a relação profunda que tinha com o grande amigo.

Quanto aos cães, foi durante esta leitura que descobri o porquê de nunca ter gostado de trabalhos realizados com a finalidade de adestrar cães e animais em geral: somos nós que temos muito a aprender com eles e acho que é muita pretensão dos seres humanos quererem ensinar alguma coisa para esses seres tão perfeitos...



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Raiva

Quem não me conhece muito bem, acharia bem estranho me ver nos momentos de raiva.
Logo eu, que falo tanto em coisas boas: no poder do universo, na beleza que há na natureza, no amor que sinto pelos animais,...
Amor e ódio. Li em algum livro que jamais saberíamos identificar um sentimento se não tivéssemos experimentado o sentimento oposto... Talvez seja para isso que toda essa ira exista - para me mostrar o outro lado.
Quando fico braba de verdade, passo rapidamente para a fúria e é aí que o quase descontrole surge. Acho que esse é um dos motivos de não gostar de me sentir assim, adoro ter, ou pensar pelo menos que tenho, o controle das situações.
Nestes momentos, a intensidade das emoções é tão forte, que para mim é mais fácil chorar de raiva do que por outro motivo qualquer.
E quando volto a me acalmar e retorna a razão, surgem várias ideias de como devo agir a partir dos fatos ocorridos, só que depois de passada minha ira, acabo esquecendo a maioria das coisas, inclusive a causa do ocorrido. Claro que algumas vezes ficam feridas, mas geralmente esqueço.
Acho que temos manter o foco na consciência em todos os momentos da vida, para que com isso possamos aprender algo. É, mas quando fico braba realmente...