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sábado, 31 de julho de 2010

Onde Estará a Balança?

Desde sempre tentei emagrecer. Hoje penso que houve um tempo que eu já era super magra e ainda assim, achava que deveria ser mais.
Hoje em dia, depois de vária tentativas - médicos, livros, conselhos de amigas, estou evitando pensar sobre o assunto.
Lembram que eu já comentei numa outra postagem, que eu havia perdido um teclado em casa?
Agora, adivinhem o que eu perdi? Sim, foi a balança, graças aos deuses. Chego a virar religiosa...
Se fizer uma análise da situação, eu diria que foi um ótimo momento para perdê-la. Estou de férias e durante esse período comi tudo o que não podia ter comido, com direito à "sobremesa".
Acho que existe nessa situação um componente psicológico que está me permitindo comer sem tanta culpa.
Ela, a balança, está ausente. Não está ali, me olhando de forma repressora.
Imagino que seja assim como se sentem os filhos de pais repressores. Quando na ausência deles, devem aprontar muito mais do que aqueles que tiveram pais mais permissivos.
Sei que quando encontrá-la vai ser terrível. Imagino aquele objeto "me olhando" - cinza metálico, frio e gelado...
Tenho até medo de pensar no que possa acontecer!

Fim de Férias

Estou tentando ver o lado bom de ter que voltar a trabalhar depois de trinta dias de férias.
O que mais me ocorre é que vou poder rever amigos e colegas.
Claro, que nada é melhor do que essa vida que levei nos últimos dias, sem horário muito rígido para nada.
Dormir tarde e acordar tarde é uma delícia, adoro!
Com exceção do pilates e das idas ao colégio para levar e buscar meu filho, no período em que ele ainda estava com aula, cada dia foi um dia diferente.
Até mesmo algumas coisas que havia planejado de maneira mais livre, não consegui executar.
É maravilhoso quebrar rotinas, o máximo que for possível.
Quando estou trabalhando, isso não é possível. Mesmo com relação ao tempo que tenho livre, porque tenho que otimizá-lo. Preciso de alguma forma de organização e tenho que criar alguma rotina. É uma questão de sobrevivência.
Mesmo quando o assunto é diversão, devo fazer escolhas quando não estou de férias. Geralmente não tenho esse cuidado e acabo fazendo tudo que me dá vontade. Claro que acabo com muito sono e mau-humor no dia seguinte.
Agora, tenho me preparar para que a volta a trabalho, que reiniciará nesta semana, seja o mais prazerosa possível.

Hora de me Resgatar!

Desde criança ouço minha mãe dizer que não sei esperar. E é verdade mesmo, se tiver uma idéia agora e não puder executá-la, minha primeira vontade é de abandoná-la.
Claro que procuro não fazer isso. Geralmente tento usar de um outro mecanismo que eu adoro para poder suportar a idéia de ter que adiar alguma coisa: agendo.
Como aquariana que sou, adoro agendas e agendamentos: de resoluções tomadas, shows que vou assistir, festas e compromissos em geral.
Ou seja, para ter paciência e conseguir esperar, só com planejamento do futuro mesmo.
Estou lendo um livro de um indiano que diz que existem basicamente três tipos de pessoas e eu estou, claro, no grupo dos ansiosos, que tem mente agitada e muita imaginação, movimentos rápidos, sou emotiva, tenho dificuldade de adormecer e meu sono não é profundo à noite,... Resumindo, segundo o livro meu dosha dominante é vata e controla o movimento.
Ele ensina como melhorar quando essas características se tornam excessivas prejudicando, inclusive, a saúde.
Bem, não é fácil ter esse perfil. A vida, às vezes, anda tão lentamente, e tédio é para mim uma das piores sensações que existem.
Admiro muito as pessoas que conseguem levar suas vidas numa boa, mesmo que nada de especial e diferente esteja acontecendo. Elas não precisam ir em busca de alguma situação interessante, o tempo inteiro.
Eu, por ser super ansiosa, fico na espera de grandes momentos, como se a vida fosse um parque de diversões, uma Disney World, por exemplo. Diversão em tempo integral, ainda que no final do dia mal seja possível caminhar até o hotel.
O desgaste físico, mental e psicológico de estar sempre procurando uma novidade para fazer, é terrível. E não pode ser para amanhã, mês que vem, ... Tem que ser agora! Acabo sempre cheia de contraturas, morrendo de pena do meu corpo que é obrigado a abrigar essa maluca inquieta que eu sou.
Mesmo depois que me formei, casei e tive filhos continuei sendo a mesma pessoa.
Muito insisti com minhas aulas de swásthya-yoga, e como esse tipo trabalha bastante o reforço muscular e é bem dinâmico, até consegui manter o trabalho por muitos anos. Só que minha mente continuou como está hoje, não me deixa descansar.
Penso, às vezes, que possa ser fuga. Mas estarei fugindo do que? ou de quem?
A primeira resposta que me surge: de mim mesma! Mas por que?
Fico pensando que sempre fui tão questionadora e pior, continuo!
Talvez esteja na hora de aceitar algumas coisas como são e relaxar...
Quem sabe um dia consiga me tornar mais contemplativa e sinta mais prazer com as coisas simples.
Agora estou tentando incorporar a meditação ao meu dia-a-dia. Com certeza esse é uma ótimo caminho para quem está, como eu, em busca de si mesmo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aonde Chegaremos?

Temos um médico-amigo-aquariano muito especial, e sempre que vamos fazer uma consulta com ele, temos que prever um tempo extra para podermos por a conversa em dia.
Geralmente, vamos os três juntos - eu e meus dois filhos.
Ele tem excelente memória e é extremamente inteligente e engraçado, não conheço ninguém como ele.
Em certa ocasião estávamos falando sobre violência e ele nos contou sobre uma teoria que tem, a respeito do "crime organizado" - segundo ele, o grande problema da nossa sociedade, é que o crime é desorganizado. Segundo ele, se o crime fosse organizado, não teríamos tantos problemas e poderíamos saber com antecedência, inclusive, o momento exato, em que seríamos vítimas de qualquer violência. Sem falar que tanto as vítimas da violência quanto os criminosos, teriam organizações sindicais para que diante de algum momento de conflito, garantissem a negociação de ambas as partes.
Alguns detalhes seriam observados: se a pessoa já foi assaltada naquele mês, ela não poderia ser vítima de outra violência. Caso o criminoso insista, ele poderia sofrer penalidade.
Seria criado um tipo de manual do assaltado e um manual do assaltante.
Todos poderiam também se programar, durante o mês, com relação ao orçamento da família. Ninguém seria pego de surpresa.
No caso dos direitos do assaltante também teriam algumas peculiaridades: se o assaltante estiver dentro do cronograma, o assaltado tem que ter o valor combinado anteriormente, no momento do assalto. Caso contrário, o assaltado também seria punido.
Também seria criado um fundo previdenciário tanto para o assaltado como para o assaltante, que de forma honesta tivesse participado do crime organizado.
No final da vida, portanto, o criminoso também teria direito a aposentadoria.
E por aí vai...
Sei que parece gozação, mas não sei não se um dia não vamos viver algo parecido.
Do jeito que a criminalidade avança, sem que consigamos resolver o problema, talvez tenhamos que apelar para situaçõs paliativas.
Hoje, quando saímos de casa, nunca sabemos se vamos chegar ilesos. Que garantias temos com relação a nossa integridade física? Nenhuma. É como se não houvessem leis e vivêssemos no tempo das cavernas.
E o pior é que existem armamentos pesados disponíveis aos criminosos, enquanto que para quem trabalha com segurança pública geralmente restam armas precárias e equipamentos obsoletos.
E mesmo que sejam feitos novos investimentos nessa área, se não houver uma política específica que trabalhe as causas da violência pública, de nada vai adiantar.

Muro Roxo

Nunca pensei que um muro roxo pudesse causar tanta polêmica.
Meu marido, sempre parceiro das minhas 'viagens', concordou e gostou da idéia. Aliás, acho que estamos sozinhos nessa escolha.
Agora pela manhã, até meu filho que dormiu somente umas duas horas (ele é guitarrista e tocou ontem em Venâncio Aires, e agora pela manhã tem aula), se pronunciou dormindo em pé, com os olhos quase fechados:
- Oh, Magali! Acho que aquela cor ali não ficou muito legal...
Essa cor é muito especial para mim, tenho até uma flor-de-lótus roxa, tatuada no braço. Vai além da estética, tem uma significação espiritual especial.
Tenho ouvido comentários tipo: as pessoas que passam pela casa, ficam com a cabeça virada, olhando o muro; uma vizinha passou com uma amiga e riu; uma senhora de bastante idade disse que gostou; minha mãe ficou insegura, está impactada e não sabe se gostou ou não; a pessoa que trabalha aqui em casa está tentando, gentilmente, absorver a idéia; minha madrinha que esteve nos visitando, tentou mudar várias vezes o ângulo de visão para tentar gostar, não sei se deu certo...
De uma coisa tenho certeza, quem conhece minha família e vê o muro pensa - só pode ter sido idéia da Magali...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Amigos Corajosos

Há mais ou menos uns nove anos atrás, num final de semana chuvoso de inverno, estávamos em casa e recebemos um telefonema de um casal de amigos muito próximos. Eles estavam avisando que queriam nos fazer uma visita.
Ficamos felizes, mas eu achei meio estranho que mesmo com aquela tempestade eles quisessem nos visitar. Afinal, minha amiga estava "gravidíssima", com uns sete ou oito meses de gestação.
Quando chegaram ficamos conversando por algum tempo e lá veio a surpresa - não se tratava de uma visita comum, eles haviam enfrentado aquela chuva porque queriam nos convidar para padrinhos do bebê!
Eu e meu marido ficamos mais do que felizes, ficamos radiantes!
Depois de dito isso, continuamos a conversar e comentamos que nosso filho mais novo estava interessado em tocar piano. Não sabíamos de onde havia surgido a idéia pois não tínhamos nenhum conhecido pianista e estávamos em dúvida sobre investirmos na compra do instrumento.
Já na despedida, minha amiga sugeriu que comprássemos um teclado ao invés de piano, para que ele pudesse experimentar um instrumento parecido.
Meu marido disse então, que não estávamos encontrando...
E ela não entendendo nada e tentando nos ajudar, disse o nome de uma loja onde certamente nós encontraríamos o instrumento.
Fomos obrigados então, a falar a verdade:
- Nós temos um teclado e não estamos conseguindo encontrá-lo aqui, dentro da nossa casa!
Momento de silêncio... Cheguei a pensar que havia perdido a chance de ter mais um afilhado. Afinal, quem já perdeu um teclado dentro de casa? Eu, não conheço ninguém. Talvez, se morássemos em uma mansão...
Mas não, morremos de rir da situação. Apesar de nossa casa não ser muito grande, sempre foi desorganizada.
Mesmo assim, nossos amigos tiveram a coragem de arriscar e mantiveram o convite.
Hoje passado tanto tempo, posso dizer que deu certo. Amo demais aquele garoto!
E os pais dele são nossos grandes amigos até hoje.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Notícia Interessante

Li num jornal:
"Mulher traída indenizará a amante do marido"
Uma mulher em Caxias do Sul/RS, foi condenada a pagar R$ 12,5 mil de indenização por danos morais e materiais à amante do marido.
Julgaram que ela agiu de forma ilícita ao invadir o trabalho da amante, após descobrir a traição do marido.
A vítima (a amante, claro!), afirmou ter sido agredida física e moralmente no local, e em função do escândalo, acabou perdendo o emprego.
Que bom exemplo de coerência jurídica...
E afinal, o que essa esposa traída fez com o marido? Era com ele que ela deveria discutir o assunto, e não com a amante dele.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Por que as Mulheres se Enganam?

Existe uma situação que me deixa completamente atordoada: quando vejo algumas mulheres que ao serem traídas por seus seus maridos, namorados, namoridos, ficantes..., descarregam sua revolta e seu ódio contra a outra mulher e preservam seus homens de uma forma quase maternal.
Culpam as amantes e geralmente, com a conivência de todas as amigas e mulheres da família.
Acho que é um momento único, onde todas as mulheres conseguem realmente se unirem. Sabemos o quanto é difícil isso...
E o santo marido, namorado ou namorido? Segundo elas, "o coitado" foi vítima da "vagabunda".
Sabemos que existe prostituição além das ruas e boates. E ainda existe o golpe da barriga, mas nada justifica essa proteção e em nada vai contribuir para a relação saudável de um casal.
E mesmo numa situação dessas, eles tem que responder por seus atos.
O que não faz uma mulher para manter seu homem por perto?
Chegam a parar de raciocinar... Ou ao contrário, raciocinam rapidamente e com muita destreza: - Se eu admitir que a culpa da traição é do "meu homem", terei que tomar uma atitude: me separar ou pelo menos brigar e correr o risco dele optar por ficar com a amante.
O mais incrível que eu acho, é que na maioria das vezes essas mulheres não tem nenhuma relação com "as outras" dos seus maridos, namorados,... Portanto, não deveriam sequer se preocupar em buscar respostas e comprometimento com relação a elas. Essas mulheres podem fazer o que bem entenderem, podendo portanto, se relacionar com os homens que quiserem.
A relação que existe é com os homens, esses sim devem, dependendo do tipo de relação que exista, alguma explicação.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Não Precisava Ter Pedido Desculpas

Declaração de Sylvester Stallone fazendo referência ao Bope - numa conversa em San Diego, nos EUA, antes do pedido de desculpas ao Brasil, pelo que falou: "Os policiais de lá usam camisetas com uma caveira, duas armas e uma adaga cravada no centro. Já imaginou se os policiais de Los Angeles usassem isso? Já mostra o quão problemático é aquele lugar."

Não precisamos pensar muito para entender o motivo da fala do ator e diretor, que estava no Rio de Janeiro, gravando cenas do filme - Os Mercenários.
Se de alguma forma quisermos resolver ou pelo menos melhorar o problema da violência como um todo, deveríamos começar tentando construir algo de bom, paralelo ao horror que é a criminalidade e violência no Rio de Janeiro e em todo o Brasil.
Acho que esta apresentação da polícia, em nada irá contribuir para que isso aconteça. Ao contrário, alimenta a violência e se contrapõe a qualquer possibilidade de reabilitação dessa parcela da sociedade.
Sem falar que a maior parte das pessoas que vivem nas favelas do Rio, são trabalhadores que merecem todo o respeito por parte das autoridades públicas e da sociedade.
Quando assisto pela TV às ações contra criminalidade, é passada uma idéia de que todos que moram nas favelas são criminosos ou pelo menos são suspeitos de terem cometido algum crime.
Acho que trabalhar com o combate ao crime exige firmeza e determinação, mas também temos que pensar numa política eficaz a longo prazo para que essas ações tenham um resultado mais positivo e não apenas imediatista.
Essa discussão deve passar por temas como: Planejamento Familiar e Paternidade e Maternidade conscientes.
Crianças soltas nas ruas, sem o olhar de um adulto responsável, são um convite a alguma situação de violência e crime. O futuro da maioria podemos prever sem que sejam necessárias pesquisas bem elaboradas.
De nada vai adiantar apenas capturar os grandes líderes da criminalidade, porque sempre existirão outros para substituí-los, na própria comunidade onde vivem.
Sim, Stallone tem razão - o Brasil continua problemático.

domingo, 25 de julho de 2010

Maternidade e Paternidade Conscientes

Lendo uma matéria de hoje num jornal, sobre crack, não consegui passar do título.
Por que sempre que leio alguma coisa sobre esse tema sempre imagino um cachorro correndo atrás do rabo?
O cachorro fica incessantemente correndo sem nunca alcançar seu alvo, o rabo.
Com relação ao crack, acho que acontece a mesma coisa, se fala muito, é dado muito espaço para discussões com os mais diversos profissionais, mas não acredito que somente dessa forma teremos resultados significativos.
Acho importante esse tema seja discutido amplamente, mas acho que temos que partir para a solução do problema, atacando uma das principais causas.
Onde estão a maioria dos usuários? Nas ruas.
Por que estão nas ruas? Onde estão seus pais? Ausentes, na maioria dos casos.
Qual é a estrutura familiar desses usuários? Qual o contexto social que eles estão inseridos?
Provavelmente iremos chegar ao âmago da questão que é a questão da paternidade e maternidade consciente!!!
Não devemos ver o Estado como responsável pelas crianças que geramos, nem mesmo os avós, amigos, assistentes sociais, etc. Somos nós, pais e mães, os responsáveis!
Se nossos filhos estão nas ruas, sujeitos a qualquer perigo - seja através de drogas, prostituição, crime organizado,... temos que nos responsabilizar por isso.
Nós os geramos porque de alguma forma queríamos isso. Os métodos anti-contraceptivos estão todos aí a nossa disposição.
Podemos ficar correndo atrás do rabo por muitos e muitos anos e com isso venderemos jornais, revistas e ocuparemos muito espaço na mídia mas isso não mudará significativamente o quadro triste que vivemos.
O que fazer? No meu entendimento só existe uma solução para este e para tantos outros problemas graves que afetam nossa sociedade, inclusive a violência:
Planejamento Familiar - filhos que sejam gerados com responsabilidade pelos pais e mães.
Em certa ocasião, quando discutia esse tema com algumas pessoas, alguém me questionou perguntando se eu estava me referindo à camada mais pobre da sociedade, ao falar de Planejamento Familiar. Respondi que sim, sem dúvida! Não sejamos hipócritas! As outras camadas da sociedade há muito tempo já controlam o número de filhos que terão.
O que vemos hoje na nossa estrutura social são mulheres solitárias com vários filhos, sendo que cada um de um pai diferente. Obviamente que não darão conta de criar essas crianças e logo elas estarão nas ruas sujeitas a qualquer tipo de violência e criminalidade.
E enquanto isso continuar acontecendo descontroladamente, nunca haverá projeto social com amplitude suficiente para sanar ou pelo menos amenizar o problema.
Jamais haverá um número suficiente de escolas capacitadas, moradias, hospitais, emprego,... vida digna para essa parcela de brasileiros que vivem à margem da sociedade.
Que sociedade estamos construindo, que estrutura familiar é essa?
Já ficou comprovado através de uma pesquisa feita num presídio no nordeste que a maioria dos aprisionados não conheceu seu pai ou não tiveram convivência com ele.
Acho que somente a partir da maternidade e paternidade conscientes é que poderemos gerar um modelo de sociedade mais justa e com menos violência. Caso contrário, a situação continuará fora de controle.

Falando de Mim...

Quando era adolescente não gostava de sair durante o dia, na rua. Cheguei ao ponto de cursar todo o ensino médio à noite.
Meu dia começava por volta das 14h30 e terminava por volta das 3h30.
Vivia em bando e procurava sair de casa somente depois das 18h, para me encontrar com algum integrante da minha turma e aos poucos completar o grupo que junto, iria para a escola.
Adorava frio, noite, casaco, botas, cigarro, ler, nadar, Pink Floyd e Rolling Stones. Tirando o cigarro e o frio, ainda gosto de tudo isso.
Se pudesse, só vestiria casacos e botas.
Quanto à noite, me perdoe o meu amado sol, mas é o período do dia que ainda mais gosto. Apesar de não dispensar um bronzeado no verão.
Naquela época, não aceitava ficar sozinha e nem precisava de momentos à sós comigo mesma.
Sem internet, MSN, Orkut, a companhia física das pessoas era fundamental. Estar com duas ou três pessoas era quase como estar sozinha, convivia e fazia festa sempre com uma turma.
Hoje, adoro ficar sozinha por opção, de preferência no meu quarto com a Amy (minha cadela mais nova) e com livros, jornais, revistas, telefone e claro que com um computador ao meu lado.
Acho que o melhor da vida atual, é essa possibilidade ampliada de se fazer contato com pessoas que muitas vezes moram em outro país, em tempo real, sem que sejam necessários grandes esforços e mesmo que não tenhamos muita disponibilidade de tempo.
Falo que gosto da solidão opcional, porque o outro tipo de solidão que é imposta pela vida, é muito triste. Poucos momentos vivi dessa forma e foi horrível.

Eu e Ele

Hoje eu descobri que fico muito tempo no computador...
Estava lendo um livro na cama quando meu filho entrou no quarto, parei de ler e começamos a conversar. No meio da conversa surgiu uma dúvida com relação ao significado de uma palavra e imediatamente ele disse:
- Procura aí o que quer dizer essa palavra.
Ficamos nos olhando e começamos a rir juntos. Ele estava sugerindo que eu procurasse no google, claro! Até ele ficou surpreso com o que havia dito.
Respondi que ainda não tenho nenhum tipo de computador implantado no meu corpo.
Passado um tempo, fiquei pensando sobre o episódio e percebi que quando estou em casa, ele sempre me vê com o computador.
Sei que tenho exagerado e como estou de férias, piorou muito.
Mas será que existe algum aquariano que não goste de internet?
É perfeita a possibilidade de nos conectarmos com o planeta todo e ainda assim, conseguirmos manter a nossa individualidade.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Planejamento Familiar

Existe, hoje em dia especialmente, muita confusão em torno do que seja fazer política e fazer politicagem.
O que mais vemos são atitudes politiqueiras, infelizmente. Com certeza, pela necessidade de respostas imediatas e retornos mais rápidos, grande parte das pessoas envolvidas com política optam por essa ação.
Fazer política dá mais trabalho, requer extrema seriedade e o resultado, na maioria das vezes, é visto somente no futuro.
Ou seja, se o grupo envolvido tiver como objetivo eleger políticos, as ações politiqueiras serão com certeza, a opção escolhida.
Se tivermos como objetivo a construção de algo concreto e sem interesses pessoais ou de apenas um grupo, com certeza iremos realizar projetos com sustentação política, buscando pareceria junto à sociedade, e se possível, torná-la co-autora dessa construção.
Quando penso num governo de estado ideal, espero que tenha ações políticas com parcerias sociais efetivas, sem expectativas de ganhos eleitoreiros.
A ação política mais importante e urgente da nossa atualidade, seria em torno do Planejamento Familiar.
Sei que existem muitas ações inseridas nos mais variados contextos, que tem como foco esse tema. Mas geralmente são inserções dentro de projetos sociais, sem muita projeção no contexto do país.
Penso que esse tipo de ação esteja sendo encaminhado com uma inversão de valores. Antes de mais nada deveria haver um projeto político de Planejamento Familiar para o país e somente depois disso, poderiam haver ações direcionadas ao assistencialismo social.
Caso isso não ocorra nessa ordem, vamos repetir o erro cometido por tantos anos, onde jamais foram analisados e resolvidos os grandes problemas de desigualdade social que ainda atingem o povo brasileiro.
Ou seja, estaremos fazendo politicagem, e não dando o grau de importância e seriedade que esse assunto merece.
Temos que criar projetos políticos que tenham sustentação na sociedade como um todo, a fim de que sejam mantidos independente das intenções dos grupos ou segmentos políticos que estejam ocupando a estrutura governamental.
É necessário elaborarmos um projeto político de Planejamento Familiar de forma que, mesmo que os governos não se perpetuem no poder após períodos eleitorais, as ações conquistadas através dele, possam ter continuidade e consigam ser efetivamente consolidadas.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sol em Aquário - Ascendente em Gêmeos - Lua em Virgem

Esta era a previsão para o meu signo, dia desses:

"Alguns prazeres são mais satisfatórios na imaginação do que quando realizados. Por isso, veja se é mesmo necessário transformar em prática o que você imagina atualmente, para que não aconteça de você acabar na frustração."

Não foi apenas uma previsão astrológica de jornal, simplesmente sou assim - viajante.

Embarco em muitas situações e experiências porque me parecem prazerosas, e geralmente, são mesmo.

Só que às vezes, esqueço que tenho apenas um corpo e quase me mato de tantas coisas que quero e faço ao mesmo tempo.

Fora os projetos para o futuro, que vão surgindo a partir de conversas, leituras, filmes, etc...

Esse foi um dos motivos, inclusive, de ter criado este blog - o que fazer com tudo isso, mantendo a minha integridade física?

Aquariana com ascendente em gêmeos e lua em virgem.

Nunca estudei astrologia - mas simplificando: acho que aquário me faz ter criatividade, imaginação e velocidade, gêmeos é o responsável pelo querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo e não perder oportunidade nenhuma e virgem...tenta organizar toda essa bagunça!

Quanto mais coisas para fazer, mais ansiosa eu fico e mais feliz eu me sinto!

Sei que pode não existir harmonia nesses três estados, mas é dessa forma que me sinto mais viva e realizada.



quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Melhor Notícia de Hoje na Zero Hora

Vou transcrever parte da Notícia da Zero Hora – fala do Lama Padma Samten, dirigente do Centro de Estudos Budistas Caminho do Meio, que falou para 2,5 mil pessoas no 11° Congresso de Gestão, na Fiergs:

“...o lama tratou de dizer que a mensagem não tem a ver com religião, mas com bom senso e lucidez. Sugeriu meditação no lugar de pilhas de relatórios, ajuda mútua em vez de competitividade voraz, alegria para o trabalho em troca de reclamações por salários. Assim, é possível humanizar a gestão das companhias, voltando-as para a felicidade das pessoas e não só para a economia do mercado.
Uma das habilidades mais mencionadas foi a capacidade de olhar para as mesmas coisas e descobrir solução nova, sem preconceitos ou fórmulas estabelecidas.”

Saudade...

Hoje eu e meu marido fomos levar nossos filhos de 13 e 21 anos no odontopediatra. Não, não digitei errado...
Embora meu filho mais velho tenha 21 anos, o dentista abriu uma exceção (ele trabalha com crianças e adolescentes).
Eles são pacientes desse dentista desde bebês.
Resolvemos ir todos juntos como nos velhos tempos. Eu não tenho ido ultimamente, geralmente é o pai quem leva os dois.
Quando estava na sala de espera, aconteceu um fato interessante.
Chegou um casal com os dois filhos pequenos e os pais perguntaram quem iria primeiro?
Parecia que éramos nós com os nossos dois filhos crianças - sempre era essa a primeira pergunta ao chegar no consultório.
Lembrei uma vez que o meu filho mais velho tentou assustar o menor dizendo que o dentista iria arrancar um dente dele. Fiquei furiosa com ele!
Meu filho mais velho foi atendido primeiro, nesse dia. Quando voltou, notei que ele estava meio estranho e perguntei o que havia acontecido: ele contou então que o dentista havia resolvido extrair um dente-de-leite que estava frouxo.
Tivemos que rir...
Hoje me deu saudade daquele tempo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Um Novo Mundo

Recebi o convite de formatura de um sobrinho que eu amo muito (na verdade o pai dele é um irmão-emprestado) que está se formando em Engenharia Ambiental.
Lembrei da época em que ele ingressou no curso - o pai dele comentou sobre a escolha e percebi que ele estava um pouco preocupado. Eu, ao contrário, achei a idéia maravilhosa!
Mas entendo a preocupação do meu quase-irmão. Quando meu filho me disse que havia resolvido cursar Música, eu só não fiquei preocupada porque junto ele iria cursar Direito.
Hoje, claro que o Direito ficou perdido no caminho...
Mas esse tipo de preocupação é normal, afinal como pais, queremos ter a garantia (ilusória, eu sei) que nossos filhos vão poder sobreviver financeiramente no futuro, quando não estivermos mais por perto.
Nos preocupamos, embora saibamos que o mundo está se modificando e o mercado de trabalho está se abrindo inevitavelmente para essas profissões e tantas outras que antes sequer eram consideradas como trabalho.
Nossas escolhas profissionais foram tão convencionais e pouco ousadas, se comparadas com as que nossos filhos fizeram...
Pensando neste momento, com eles já formados, vejo essas escolhas como sinalizadoras de que os novos homens estão chegando para um novo mundo. E isso é maravilhoso!
Esses campos que eles escolheram: meio ambiente e arte são, sem dúvida, algumas das opções que auxiliarão na construção das modificações que o planeta está exigindo.
Nós, os pais, quando jovens, pensávamos em mudar o mundo: nos rebelamos quanto às injustiças sociais, fomos irreverentes e corajosos.
Nossos filhos, farão acontecer esse novo mundo...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Prazo de Validade

Toda relação entre seres humanos exige retorno. Se não houver retorno não existirá relação. Isso vale para relacionamentos de amizade, amor, paixão,...tanto faz.
Muitas vezes insistimos em relacionamentos, não aceitamos que não possa dar certo ou que tenha acabado... Mas é só uma questão de tempo, veremos em algum momento, claramente, que não haverá possibilidade de irmos adiante e então, teremos que desistir.
Que bom se pudéssemos parar antes do desgaste, da raiva, da mágoa. Seria tão mais lógico - mas quem disse que seres humanos obedecem a alguma lógica?
Com relação às amizades acho que (quase todas) tem prazo de validade, e elas acabam quando esse retorno que todo amigo espera, acaba.
Muitas vezes assisti as amizades morrerem e meus amigos desistirem.
Já devo ter vivido o outro lado, mas acho tão natural que aconteça, que não dou muita importância e às vezes nem me dou conta de chegou ao final.
Isso tudo só não vale para as relações familiares, que para mim são eternas (na medida do possível, claro!).
Acho que a culpa disso é do meu ascendente que apesar de ser gêmeos, está quase em câncer e como sabemos, os cancerianos supervalorizam as relações familiares.

Jogadores de Futebol

Não considero futebol um esporte saudável e sequer considero um esporte.
Penso que o esporte tem que propiciar não apenas condicionamento físico, mas também deve contribuir favoravelmente com a formação integral do esportista.
Aprender a ganhar e aprender a perder são, na minha opinião, as coisas mais importantes que podem ser ensinadas e trabalhadas ao praticarmos qualquer esporte.
Aprender a ganhar parece ser mais fácil, mas acho muito mais difícil.
Ganhar sem nos colocarmos como superiores, melhores, mais importantes que o adversário, isso sim é uma vitória. Vitória para a vida, não só para um jogo ou para uma competição.
Vencemos muitas vezes, porque houve vacilo do time ou equipe adversária, ou porque jogamos melhor, nos esforçamos mais, nossa equipe estava mais unida,...
É uma questão de momento.
Amanhã poderá ser a vez do nosso adversário ganhar e dependendo
de como lidarmos com nossos momentos de vitória, saberemos como lidar com nossos momentos de derrotas.
Voltando ao futebol, sabemos que o objetivo final sempre é "vencer ou vencer".
Se um jogador se der mal numa partida importante, ele será massacrado publicamente pela direção de seu time, pelo técnico e pela torcida. No caso de uma copa do mundo, ele será odiado não só pelo seu próprio país, mas por todos que aos poucos vão se somando a essa mesma torcida, conforme vai se aproximando o momento final da decisão.
Inexiste aquela conversa de "crítica construtiva" ou "o que importa é competir", isso tudo fica perdido durante as aulas nas escolinhas, para crianças, dos clubes.
Não correspondeu, fica fora do time, sem renovação do contrato (milionário ou não) e ainda será vendido a preço de liquidação.
Sim, porque os jogadores são tratados como mercadorias, são literalmente vendidos.
Agora, se um jogador corresponde e faz com que seu time seja campeão ou vencedor de alguma partida importante, ele será imediatamente endeusado por todos e haja estrutura psicológica para suportar isso de maneira saudável e construtiva.
Vemos o exemplo disso no caso do goleiro Bruno, do Flamengo.
Uma pessoa de origem humilde, sem estrutura familiar e que diante de muito esforço e talento, conseguiu o que quase ninguém consegue: a fama e o reconhecimento através do futebol.
Embora a vida do jogador tenha mudado para melhor, ele continuava a ter a mesma estrutura emocional e psicológica de uma pessoa muito pobre que se criou com muitas dificuldades e sem a presença do pai e da mãe.
Essa mudança rápida e radical que houve na vida do goleiro, pode ter sido um dos fatores desencadeadores com relação ao envolvimento dele neste episódio de violência que está sendo noticiado.
Segundo relatos de pessoas próximas, Bruno apresentava indícios de ter problemas psicológicos que infelizmente não foram detectados e tratados como deveriam.
Ser um vencedor é o desejo de todo jovem, ainda mais se o caminho escolhido for o futebol.
Cabe aos clubes ficarem mais atentos com relação aos seus atletas, de uma forma mais humanista e não mercantilista como tem sido até hoje.

Futebol

Estou entre as 3, 4,... (no máximo 6?) pessoas que não assistiram a nenhum dos jogos da copa do mundo, no Brasil.
Nunca gostei de futebol, talvez porque tenha trauma de infância - meu pai assistia a todos os jogos que eram transmitidos pela TV.
Lembro do "barulho" de futebol pela casa toda. Horrível, uma tortura!
Hoje agreguei a esse trauma algumas outras considerações: não entendo porque tanto esforço para provar que nosso time é melhor que os demais ou ainda, que nossos jogadores conhecem e dominam a melhor forma de colocar a bola para dentro de uma goleira. Que absurdo!
Por esse motivo, o país fica paralisado e as pessoas enlouquecem.
Será que é porque nós brasileiros, na maioria das vezes, nos sentimos perdedores e precisamos em algum momento nos tornar vencedores e essa é a única forma encontrada?
Não entendo o porquê de sempre termos que provar que somos melhores.
Na verdade, hoje penso que ninguém é muito melhor que ninguém. Independente da nacionalidade, somos tão parecidos em essência...
Carregamos tantos "eus" dentro de nós. Dependo da vida que levarmos e da circunstâncias em que nos encontrarmos, certos "eus" nunca surgirão, mas conforme a situação lá estará aquele comportamento que jamais imaginaríamos ter...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Esta Sou Eu - Muito Prazer!

Quando me interesso por alguma coisa, muitas vezes paro no meio do caminho. Isso para mim, sempre foi percebido como desistência. Hoje sei que não, que era até aquele ponto que eu deveria ir e não até o final conforme é esperado.
Depois que me formei em ciências e matemática, por exemplo, tinha planos de dar sequência aos meus estudos num pós-graduação na área de cálculo, que era a parte que eu mais gostei na faculdade. Nada!
Na yoga, pratiquei por uns seis anos e parei. No final, tinha mais tempo de prática do que o meu instrutor.
Fui vegetariana por uns dez anos. Daí, meu primeiro filho nasceu e lá pelas tantas eu já havia voltado a comer todos os tipos de carne.
Fiz aula de guitarra e depois de violão por uns dois anos, tinha um "projeto de banda" só de mulheres e claro que não durou muito...
E por aí foi...
As excessões são para as aulas de inglês e de bateria que pretendo retomar em breve, porque sinto que ficou faltando alguma coisa.
Ainda bem que não tenho mais a culpa que carregava até alguns anos atrás, quando pensava que era incapaz de concluir qualquer coisa por ser indisciplinada, impulsiva,...
Hoje sei porque e quando eu paro: é quando acaba o prazer!
Tenho que ter prazer no que faço! Não sei conviver com tédio (já falei que tenho medo)!
Essa sou eu, muito prazer!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Minha Sexta Filha

Era véspera de um Natal normal aqui em casa. Pelo menos eu achava que era...
Estávamos todos reunidos e esperávamos a chegada de um casal de amigos muito especiais e seus dois filhos (um deles meu afilhado), que iriam chegar somente depois da meia-noite.
Abrimos os presentes à meia-noite e fizemos tudo como costumávamos fazer até que aconteceu o grande momento da noite: a chegada da minha sexta filha, Amy. A grande surpresa da noite, sem que eu estivesse grávida!
Imaginem como me senti quando vi aquele bebezinho, com enfeites na cabecinha, cheirando a leite, bem pequeninha e indefesa...
Quase morri de emoção e preocupação - eu novamente com um bebê nos braços!
Junto com ela, a casinha e o pote de água, ambos cor-de-rosa, presente da minha prima que junto com minha amiga, tinham planejado tudo em segredo.
Na verdade, eu havia acompanhado a gravidez, o nascimento e os primeiros dias da Amy e seus irmãos com muito carinho, quando ainda residiam na casa de minha amiga. Eles eram lindos desde sempre, mas nunca tinha imaginado que algum deles poderia vir a ser meu filho.
Ficamos tão felizes com a chegada desse outro membro da família, que nem sabíamos o que falar!
Hoje ela mora conosco dentro de casa e infelizmente não consegue conviver com as suas irmãs Mel, Lua e Bela-Belinha que moram no pátio. Ela gosta mesmo é de cachorros e quando saímos à rua com ela, é difícil controlá-la.
Nós todos a amamos demais e concordo com o que disse meu filho mais novo, na ocasião: "Este foi o melhor presente que já ganhei de Natal."
Teremos que agradecer para sempre esses amigos que trouxeram, através da Amy, muita felicidade para dentro das nossas vidas.
Segundo uma pessoa da família, Amy é hiperativa e essa mesma pessoa acha, que isso vale para mim também. Mãe e filha hiperativas.
Talvez seja por isso que temos uma ligação tão forte e nos entendemos tão bem...
Ela tinha que ter vindo para nossa família mesmo, outra não sei se teria o entendimento, a paciência que procuramos ter e ao mesmo tempo respeito pelo animal lindo e único que ela é.
Ela é extremamente nervosa, braba, furiosa, doce, afetuosa, meiga, carinhosa, delicada!
Como resistir a esse encantamento?
Ela nos colocou de quatro, sem dúvida!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Minha Experiência com o Reiki

Por volta do ano dois mil tive as piores crises de síndrome do pânico da minha vida. Estava trabalhando demais e muito estressada.
Uma das coisas que procurei fazer, além dos tratamentos convencionais, foi um tratamento com um médico que trabalhava com florais, com psicoterapia reencarnacionista e com regressão.
No final do tratamento, depois de muita conversa, uso de florais e duas regressões, já me sentia melhor e foi então que ele me falou sobre Reiki. Disse que eu deveria não apenas receber Reiki, mas me tornar uma Reikiana.
Indicou-me então duas pessoas, no caso, duas Mestras.
Já conhecia o método através de leituras e a idéia me pareceu maravilhosa.
Acertei tudo por telefone com uma delas: data, horário, pagamento, endereço...
No dia marcado cheguei cedo ao local, que era muito agradável e lá já se encontrava parte do grupo. O combinado era que o grupo passasse o dia - um domingo - no local e no final da tarde participaríamos individualmente do ritual de iniciação ao Reiki I.
Passamos o dia ouvindo a Mestra nos explicar mais detalhadamente o método e nos contando suas próprias experiências.
Lembro que ela mencionou a importância daquele dia em nossas vidas e todas as transformações que poderiam ocorrer...
Disse que não importavam as nossa opções religiosas, que todos estavam ali em igual condição.
Finalmente, no final da tarde, ocorreu então a tão esperada Iniciação, que para mim foi linda e tranquila.
Saí de lá com uma sensação de bem- estar, relaxamento, felicidade,... tudo de bom!
Na época eu fazia uso de anti-depressivo em função das crises de pânico.
Cheguei em casa à noite, super feliz.
Depois de conversar com minha família, resolvi ligar o computador e acabei jogando I ching....
Para minha surpresa, o resultado que apareceu na tela, foi no mínimo preocupante: dizia que em breve me aconteceria algo de muito ruim mas que não era para me preocupar.
Fiquei preocupada, claro, mas aquele dia tinha sido tão bom que logo me esqueci do episódio.
Tomei banho, escovei os dentes e quando fui procurar o anti-depressivo para tomar me dei conta de que havia acabado. Procurei então em outro lugar, onde pensei que poderia haver algum comprimidinho perdido... e nada!
Comecei a ficar preocupada, pensei em ligar para a psiquiatra, mas já era tarde da noite...
Em dado momento, um insight me fez lembrar do I ching, de tudo que havia aprendido através das palavras da Mestra e principalmente através do silêncio que nos remete ao nosso Eu Interior.
Algo havia acontecido, era real eu podia sentir.
Num instante, percebi que existem muitas formas de comunicação entre o Universo e o nosso Eu.
Nunca mais tomei anti-depressivos e nunca mais tive aquelas crises de pânico.
Sei que tenho muito o que aprender, mas agora sei que as respostas estão dentro de mim. Tenho apenas que encontrar o caminho...
Meses depois fiz a iniciação ao Reiki II.
Durante esse segundo momento de iniciação, a Mestra percebeu que eu já tinha os símbolos inscritos nas mãos...
Lembrei das muitas vezes que, durante minhas aulas de yoga, sentia uma energia circulando fortemente nas palmas das minhas mãos.
Nunca tinha entendido o que era, e mesmo quando comentava com a instrutora, ela não sabia me dizer nada.
Outro momento interessante foi quando fiz o relato após concluído o trabalho: mesmo estando de olhos fechados, percebi uma luz muito forte que passava muito próxima do meu rosto, de tempos em tempos, e então perguntei à Mestra se era uma vela ou era uma lâmpada? Ela me disse que não era nenhuma das duas coisas.
Após dito isso, ficamos todos nos olhando, em silêncio....

Reiki

O conceito de Reiki é japonês, REI significa universal, KI significa energia vital.
É um sistema de energia milenar e inicialmente era secreto. Apenas determinadas pessoas tinham aceso a ele e aos seus símbolos.
O processo de Iniciação do Reiki é feito em três graus:
1 - ativação com as mãos: podemos aplicar Reiki em nós mesmos, nos outros, em plantas e animais;
2 - ativação com os símbolos: podemos aplicar Reiki em pessoas e situações, independentes de tempo e espaço e podemos ainda desmanchar bloqueios e sentimentos profundamente enraizados;
3 - grau de mestre: estabelece contato com o mestre interior e é pré-requisito para a formação de Professor de Reiki.

Decifrar o segredo da energia vital com uso da mente racional é impossível, porque nossa mente racional é limitada demais. Quando pensamos sobre algo só encontramos mais pensamentos, na maioria, chavões que se originaram no passado.
O que podemos dizer é que tudo é energia vital e ela está em todos os lugares.
Explicar então o que é o Reiki, fica mais difícil ainda. Se pudermos vivenciá-lo, perceberemos a amplitude dessa energia e entenderemos então o porquê disso.
Ao vivenciarmos o Reiki, será necessário nos entregarmos completamente com total confiança no método, sem criarmos expectativas e esperanças, pois com isso criaríamos bloqueios no plano das energias impedindo a concretização de qualquer projeto que tenhamos.
Desta forma conseguiremos então dar os primeiros passos para a busca de nós mesmos, do nosso Eu Interior - local onde estão todas as respostas.
Brigitte Ziegler diz, no seu livro - Reiki a Energia Vital:
"Pela sua simplicidade, Reiki é, especialmente adequado para a prática diária. Não é uma disciplina complicada para cujo exercício precisamos antes, dominar a nós mesmos, como na meditação, ou a maioria dos exercícios físicos. No fundo nem é um exercício e, sim, uma oportunidade de ativar a lembrança de nosso Eu Interior."
Ao trabalharmos esta energia poderemos relacionar a nossa cura com a cura do próprio universo porque através do Reiki podemos chegar à raiz dos problemas.
A partir desse ponto, podemos ampliar nossa consciência com relação à própria existência, assumindo assim, total responsabilidade e comprometimento por nossas atitudes e pensamentos.

sábado, 3 de julho de 2010

Melhores...

ANEL - o meu grandão, de prata
APELIDO - Maga
BEBIDAS - água e cerveja
COISAS A FAZER EM SITUAÇÃO DIFÍCIL - manter o bom-humor e o otimismo
COISAS A FAZER EM SITUAÇÃO MUITO DIFÍCIL - manter o bom-humor e o otimismo e tomar 10gotas de R.
COMIDA - vegetariana
CORES - preto e roxo
CREME NOTURNO PARA O CABELO - Noctogenist, da Kérastase
CREME PARA PENTEAR - Ekos Andiroba, da Natura
SENSAÇÃO - estar apaixonada
ESTAÇÕES DO ANO - outono e primavera
FESTA - com rock, cerveja e sem comida
FILHOS - Amy, Bela-Belinha, Lua, Luan, Manuelle, Mel, Thor, Wilma
HORÁRIO - noite
INVENÇÕES DO HOMEM - computador, internet, chocolate, ar-condicionado
INVENÇÕES DO UNIVERSO - animais, plantas, mar, vento, chuva, ...
LINGERIES - calcinha pequena, sutiã confortável - pretos
LIVRO - O Caminho do Mago - Deepak Chopra
LOJA DE PEÇAS BÁSICAS - Hering
LUGAR EM PORTO ALEGRE - minha casa
LUGAR QUE CONHECI - rio subterrâneo no Parque Ecológico XCaret, em Cancun
LUGAR DIVERTIDO QUE CONHECI - Disney World
LUGAR PARA REFÚGIO - Capão da Canoa
MÃE - Wilma
MAQUIAGEM - batom vermelho ou rosa, lápis preto nos olhos e rímel
MARIDO - Roberto
MÚSICA - Sex on Fire do Kings of Leon
OTORRINOLARINGOLOGISTA - Francisco, o aquariano
PARQUE - Redenção
PERFUME - Light Blue, Dolce e Gabbana
PESSOA DE CONFIANÇA E, PRATICAMENTE, MÃE DOS MEUS FILHOS - Clê
REMÉDIO PARA DOR DE ESTÔMAGO - Eparema
RESTAURANTE - Prato Verde
ROUPA - camiseta decotada preta, jeans e salto alto
ROUPA PARA DORMIR - meias lindas
SABONETE LÍQUIDO PARA O ROSTO - de glicerina para bebê, Granado
SAPATO - o meu scarpin preto, com detalhes prateados, tipo rock and roll
REMÉDIOS PARA SAÚDE E PARA A PELE FICAR MAIS SAUDÁVEL - Innéov Fermeté e cápsulas de óleo de linhaça

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Prazer Sexual Feminino

Nós mulheres, que iniciamos nossa vida sexual nos anos 80, aprendemos que para sermos modernas tínhamos que ser ativas sexualmente, muito ativas.
Tínhamos que ser verdadeiras acrobatas na hora das relações sexuais. O prazer era secundário (sabíamos que sempre era possível fingirmos) e nunca era diretamente proporcional a quantidade e qualidade das performances adotadas.
Mais tarde, depois muitas sessões de análise, leituras, observações e conversas com amigas e amigos, descobri que nós não somos como os homens quando o assunto é prazer sexual.
O caminho até o orgasmo, por exemplo, é percorrido de maneira diferente - enquanto que para os homens é possível chegar lá mesmo que estejam fazendo ou pensando em outras coisas, para nós mulheres ocorre o oposto - se no momento da relação nós ouvirmos uma frase que não gostarmos, um barulho diferente, dor ou outra coisa que nos tire do foco, nada acontece!
Além de tudo precisamos estar relaxadas porque sob tensão, jamais chegaremos lá.
Nessa mesma época, observei a comprovação de uma teoria pessoal, que tem como resultado final, grande chance de prazer sexual e dependendo do parceiro (claro!), orgasmos: devemos nos focar em nós mesmas, relaxarmos e não fazermos nada, ou quase nada, durante a relação - nada de grandes esforços...
Claro que é necessário haver concordância e sintonia com o parceiro. Se houver paixão, amor, uma super atração física, carinho... melhor ainda.
A maioria dos homens irá adorar o resultado. Serão muitos orgasmos verdadeiros e não àqueles que muitas de nós costumam fingir, sem que nossos parceiros sequer imaginem não serem reais.
A partir desse aprendizado, me surgiu um outro questionamento super preocupante, que é o problema das mulheres rotuladas como frígidas.
Falo rotuladas como frígidas, porque acho que a grande maioria delas não tem e nunca teve esse problema sob o ponto de vista patológico.
Durante uma das minhas sessões de análise, fiz um questionamento ao analista: "quando uma mulher diz que sempre tem orgasmo ela está mentindo, não é?" Ele me respondeu que sim. Demos continuidade ao tema e fiquei sabendo que o resultado de uma pesquisa realizada naquela época (por volta do ano 2000), dizia que grande parte das mulheres geralmente não tem orgasmos ou nunca tiveram.
Tenho certeza que esses dados poderiam mudar se as mulheres mudarem indo em busca do seu próprio prazer, diferente do que ocorreu ao longo de todos os tempos.
Outro fator importantíssimo: o desempenho do parceiro! Parceiro com problema de ereção ou ejaculação precoce, por exemplo... não dá!
Temos que encarar de frente problemas como esse e tantos outros, chega de tanta generosidade. Não devemos abrir mão do nosso prazer em função disso. Hoje em dia existem cada vez mais profissionais habilitados e prontos para auxiliar esses homens que muitas vezes ficam imobilizados e nada fazem para melhorarem.
Voltando ao problema das mulheres estigmatizadas como frígidas (geralmente por esses mesmos homens problemáticos), acho que se elas tivessem oportunidade de se relacionar com outros parceiros, garanto que teríamos que abolir estas palavras - frígida e frigidez, do nosso dia-a-dia. Claro que por consequência, teríamos que abrir maior espaço para outras - impotência, ejaculação precoce, etc.
Chega de fingirmos um prazer que nunca sentimos para que nossos homens continuem se sentindo os donos do mundo.
Sei que esse tema que estou abordando é muito delicado, mas espero estar contribuindo de alguma forma, para que um dia homens e mulheres percebam a importância de abrirmos os olhos para esses questionamentos.
Todos ganharão se evoluirmos nessa direção e teremos como resultado disso, relações mais prazerosas e verdadeiras.