Páginas

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Síndrome do Pânico

 "Só quem já passou por isso pode saber como é..."

Sim, isso é a mais pura verdade.

As outras pessoas podem até tentar ter uma ideia do que se passa nos momentos de crise de pânico, mas eu penso que mal chegarão perto de conseguirem imaginar a dimensão do problema.

Hoje quando ouço relatos - e não sei por que, mas parece que os casos vêm aumentando exponencialmente - sempre vem acompanhado de comentários sobre o comportamento das pessoas que presenciam as crises.

Sempre ouço a mesma queixa de que as pessoas ao redor não percebem a gravidade do problema, pensam que seja só uma crise nervosa.

Quem dera fosse...

Quando tive minha pior crise de pânico, estava completamente estressada, especialmente com relação ao trabalho e lembro bem como sofri.

E apesar de todo sofrimento, fiquei apenas um dia sem trabalhar e me forcei a levar a vida adiante, mesmo sabendo que isso seria muito difícil.

Sofria quando estava no trabalho, sofria quando estava em casa, sofria quando ia ao shopping - sofria em tempo integral.

Quanto ao sono, talvez isso tenha sido um dos piores problemas que enfrentei, acordava tendo crises no meio da noite e depois disso, não conseguia voltar a dormir.

A importância do sono regular no processo de controle da doença é fundamental, assim como o cuidado com os níveis de stress.

Outro fator importante é o uso de medicações para contornar as crises, que devem ser sempre indicadas por médicos e usadas de forma moderada - só mesmo quando for muito necessário.

Os ansiolíticos cumprem um papel imediatista importante, porém se possível o ideal é um acompanhamento psicoterapêutico até que consigamos conviver com a doença e até que nossa qualidade de vida possa retornar à normalidade.