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sábado, 30 de julho de 2011

Amy

Sexta-feira, estava percorrendo diversos canais quando fui obrigada a parar no Multishow - estavam transmitindo um show da Amy Winehouse.
Ela estava, como sempre, maravilhosa!
Houve um momento, muito comovente, num dos intervalos entre as músicas, que ela perguntou olhando para a plateia, se o pai dela estava presente (comentou ainda que como o local era pequeno, não parecia difícil localizá-lo).
Fiquei muito sensibilizada quando, em função dela não ter obtido nenhuma resposta, alguém da plateia disse: - Mas nós estamos aqui, Amy! De chorar...
Aliás, lendo a tradução das letras de suas músicas é impossível não ficarmos tristes.
Dormi neste clima e fui acordada, de madrugada, quando meu filho abriu a porta do meu quarto, no escuro, perguntando quando voltaria a luz?
Disse que não sabia e perguntei pela Amy (minha cadelinha) - ele respondeu que achava que ela estava no quarto, mas que não lembrava de ter fechado a porta...
Pedi que ele a chamasse para tentar localizá-la preocupada que ela pudesse ir para rua, quando meu filho mais velho chegasse - minhas outras cadelas estavam soltas e elas não são nada "amigas".
Quando disse isso, comentei brincando: chama a Amy viva... Cuidado quando entrares no quarto porque ela pode estar usando aquele mesmo penteado da outra Amy...
Ele me olhou naquela penumbra e foi aí que nós dois entramos no maior clima tipo "Atividade Paranormal 1, 2 e em Tóquio" de uma só vez!
Do lado da minha cama, no chão, uma revista com a cantora na capa. Eu, que já estava com ela na minha cabeça e alma por ter assistido ao show...
Parecia que a qualquer momento surgiria a Amy-cantora em nossa frente, embaixo ou ao lado. Que medo!
Insisti para que meu filho buscasse a "cadelinha" - não conseguia sequer pronunciar o nome dela e nesse instante, quando nos olhamos, tivemos um dos maiores acessos de riso que eu já presenciei. Meu marido que estava tentando dormir o tempo inteiro, ficou furioso por não conseguirmos parar de rir.
Como se não bastasse tudo isso, neste momento chegou meu outro filho com a namorada, fazendo a maior bagunça, gritando sons aterrorizadores desde a entrada da casa, no andar de baixo.
Resumindo: muita gritaria, risadas e confusão até que a luz voltasse...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Champanhe e um guardanapo de papel com rabiscos...

É o que tenho de matéria-prima para me inspirar a construir esta postagem: estou bebendo champanhe e acabei de encontrar um guardanapo de papel com alguns rabiscos.

Estava almoçando com meu filho e meu marido e falávamos de carro - estava pensando em trocar o meu.
Foi quando tudo aconteceu e naquele momento precisei recorrer ao guardanapo de papel para anotar alguns pontos do que imaginei que iria render uma postagem.
Mas antes de iniciar o relato do que aconteceu, posso pedir algo para vocês?
Por favor, nunca conversem comigo sobre motor de carro!
Podem falar sobre cor, marca, o quanto é econômico, beleza, a importância do ar condicionado, caixa automática, tamanho do porta-malas, etc... Mas não falem em motor!
Não sei se é trauma ou outro problema - me dá uma sensação de crise alérgica, fico mal e tenho vontade de ir embora. Até vontade de espirrar eu sinto...
Os meus dois acompanhantes resolveram discorrer sobre funcionamento de motores de carros, sendo que não entendem nada do assunto. Pior ainda!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Futebol

Hoje foi uma tarde muito diferente: assisti futebol com meus dois filhos!
Ficamos todos em cima da minha cama, gritando e torcendo.
Claro que levei um tempo para me apropriar das informações básicas para poder torcer, mas valeu a pena.
Pelo que entendi, o Inter, embora estivesse jogando com os jogadores reservas ganhou do Milan que jogava praticamente com todos os titulares.
Quanto ao resultado do jogo, não poderia ter sido mais emocionante para o Internacional, ganhou nos pênaltis.
Mas para mim, melhor que o resultado final (afinal, nem gosto de futebol), foi ter compartilhado mais um momento mágico com meus dois amores.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Paternidade e Maternidade Conscientes - parte 2

Hoje me ligaram de uma creche pedindo contribuição.
Como sempre faço, perguntei se havia algum trabalho de Planejamento Familiar junto às famílias assistidas.
A moça que estava no telefone me respondeu com um sonoro "ah?" e simplesmente disse que ligaria outra hora.
Acho que tanto a Sociedade quanto o Estado devem contribuir para que nossas crianças sejam tiradas das ruas e tenham aquilo que lhes é de direito. Apenas acho que somente isso nunca resolverá a questão.
Se fosse assim, o problema do abandono infantil já estaria resolvido. Afinal dar esmolas é uma coisa que culturalmente fazemos há muito tempo...
Minha pergunta à moça da creche foi com essa intenção - não acredito que estaremos realmente ajudando se apenas estivermos dando donativos.
Precisamos em primeiro lugar redefinir o atendimento assistencialista que é oferecido por esse tipo de estabelecimento. A intenção da maioria dessas pessoas, que muitas vezes trabalham até como voluntárias, é boa mas nada eficaz.
Nunca haverá verba suficiente para atender as demandas dessa sociedade que a meu ver, está equivocada quanto a responsabilizar pais e mães.
Passo sempre na frente de uma dessas creches e o que vejo geralmente são adolescentes (as mães - muitas vezes grávidas) levando, no mínimo, duas crianças. Nunca vejo nenhum homem que possa ser identificado como pai ou figura paterna.
Me pergunto como é trabalhada nesta instituição, essa questão de gravidez na adolescência... Se é que é questionada.
Essas meninas, provavelmente terão mais filhos e como não tratarmos esta questão e acharmos que estamos preparados para essa produção desenfreada de crianças cujas mães são pouco mais que crianças e os pais são completamente ausentes?

sábado, 16 de julho de 2011

Ponto Final

Nunca tive facilidade para terminar relacionamentos de amizades, amorosos ou profissionais.
Lembro pelo menos dois finais que não acabaram muito bem...

O primeiro foi com um namorado - achei que tinha conseguido terminar dizendo que estava sem tempo para os encontros.
Um tempo depois, ele me ligou dizendo que precisa muito me ver. Respondi que não podia, estava sem tempo...
Ele então, insistiu dizendo que precisava muito falar comigo, era muito importante e tinha uma certa urgência.
Cheguei ao ponto de pensar que ele estava com uma doença incurável e que precisava de apoio.
Fui ao seu encontro e após muita conversa inútil, ele me disse que tinha conhecido uma pessoa e que iria morar com ela.
Fiquei muito surpresa e surpreendentemente triste.
Embora não tenha dito nada, ele deve ter percebido o meu desapontamento e tenha adorado a minha reação.
Quando nos despedimos daquele breve encontro, ele tentou me beijar na boca. Fiquei extremamente braba, sem entender direito o que estava acontecendo e o questionei sobre sua atitude.
Ele, estava definitivamente satisfeito.
Depois que saí do local, caiu a ficha e me senti uma boba, por ter, por alguns segundos, pensado que ainda gostava dele.
Me refiz e percebi claramentete o que havia acontecido.

O segundo final foi de um relacionamento profissional.
Mais uma vez a ideia do final era minha...
Nesse caso, tive que expor a minha decisão de forma objetiva e para minha surpresa, a reação do profissional foi muito pior do que eu imaginava.
E quanto mais ele insistia em me convencer do contrário, mais eu percebia que tinha que por um ponto final na relação.
No dia marcado para oficializarmos nosso rompimento, eu estava surpreendentemente bem.
Conversamos e durante a conversa me mantive tranquila, aliviada e muito segura do que estava fazendo. Combinamos que ligaria para dar notícias e precisei reafirmar isso algumas vezes.
Tolerei a insistência e achei que tudo estava indo bem quando no final, ao nos despedirmos, tive uma surpresa um pouco desagradável...
Ao nos abraçarmos, percebi que o tempo de duração do abraço estava se excedendo ao que seria o normal numa situação dessas e quando comecei a me sentir desconfortável, percebi os soluços.
Ele estava chorando... Quase morri!
Tentei ajudar dizendo que tudo ficaria bem e que se precisasse de mim poderia ligar.
Saí de lá preocupada com a inversão que havia se dado nos papéis, afinal eu que, teoricamente, deveria ter sido amparada.
Soube, tempos depois, que ele estava passando por momentos difíceis.

Resolvi reviver esses dois momentos porque estou num momento semelhante: devo acabar com um relacionamento profissional que já vem se arrastando há muito tempo e me causa muito mal.
Mas como essa relação teve seus momentos de glória, está sendo difícil assumir essa atitude.
Desta vez, espero conduzir melhor a situação.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Risco de Gelo

Hoje, às 7h15min, fui levar meu filho no colégio e quando entrei no carro e liguei a chave na ignição, apareceu um aviso no painel: "RISCO DE GELO".
Logo após, ficou tudo normal só que a temperatura de 3° que aparecia, ficava piscando sem parar.
Fiquei preocupada imaginando o que poderia acontecer...
Será que a gasolina está congelando? Pensei que não...
Deve ser a água. Onde?
E será que a água é "vital" para o carro andar? Ou será que só serve para limpar o para-brisa?
E a água do radiador (sempre ouço falar isso)? Mas será que este carro tem radiador?
Quanta ignorância. Prometi para mim mesma que, assim que tiver um tempo, vou ler o Manual do carro.
Quando meu filho chegou e começamos a andar com o carro, a temperatura passou para 4° e parou de piscar no painel.
Meu filho disse, rindo:
Não podemos sair com esse carro quando a temperatura estiver inferior a 4°.
Logo em seguida, apareceu outro aviso no painel que nos é bastante familiar: "ANOMALIA CAIXA AUTOMÁTICA".
Esperamos que desaparecesse, como sempre acontece.
Meu filho disse:
- A anomalia não está desaparecendo...
Passado um tempo, desapareceu e aparentemente tudo voltou à normalidade.
Lembrei a primeira vez que apareceu o aviso de anomalia - estava indo para o trabalho.
Levei um susto e pensei: anomalia em um ser humano é no mínimo um tumor e... Maligno, claro!
Entrei no primeiro posto de gasolina que apareceu e fui falar com o rapaz responsável pela troca de óleo.
Ele olhou o painel e disse que não era nada.
Fiquei mais tranquila e acreditei no que ele me dizia, até por comodismo mesmo.
Imagina ter que ir a uma oficina, horas esperando, não entendendo nada do que o mecânico falasse... Nem pensar!
Portanto, anomalias já não me assustam mais. Agora, congelamento, isso me preocupou...
Minha nora comentou outro dia, que quando anda no meu carro e aparece a anomalia, ainda fica com medo.
Carros que falam...
São extremamente úteis quando avisam que a porta esquerda do motorista está aberta, quando a chave ficou na ignição, etc.
Mas basta surgir algo que não entendemos, para ficarmos inseguros.

sábado, 2 de julho de 2011

Mais uma vez o Funcionalismo Público vai pagar a conta...

Com a aprovação do projeto de autoria do Governo do Rio Grande do Sul, sobre a Previdência, mais uma vez o Funcionalismo Público vai pagar a conta... E o pior, é pensar que o governo é do Partido dos Trabalhadores.
Acompanhando o assunto pela imprensa, fiquei muito decepcionada em pensar a quem está sendo repassada a dívida contraída pela incompetência e descaso de tantos governos!
Como pode o PT, um partido tradicionalmente defensor dos trabalhadores assumir uma atitude dessas?
Não vou questionar os Deputados Estaduais da base aliada por terem dado sustentação ao referido projeto do governo, porque esta resposta eu já tenho.
Mas como conseguiram os nossos Deputados do PT sequer terem se omitido diante dessa atrocidade? Era o mínimo que deveriam ter feito.
Não estou reconhecendo mais esse partido, no qual sou filiada e já fui militante e defensora! Essa não é a política do partido que eu, como tantos militantes, ajudamos a construir!
Não havia outra forma de resolver o problema dessa dívida? Tinha que ser repassada ao funcionalismo? Ou havia outros interesses que estavam em jogo e desconhecemos?
São tantos questionamentos e tão poucas respostas...
Até agora, não li e nem ouvi nenhuma resposta que tenha me esclarecido tamanho absurdo. Talvez por não haver nenhuma que de alguma forma justifique tamanha injustiça!