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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Sem Vergonha

Com o final do ano, é inevitável que façamos uma análise de tudo que fizemos de importante.

Penso que uma das coisas mais legais que surgiram em 2010, foi ter criado este blog.

Já contei aqui como surgiu a ideia e até agora sinto o mesmo estranhamento do início da criação.

Eu, que sempre tive dificuldades para escrever e sempre odiei a disciplina de português na escola, tenho um blog público!

E onde foi parar minha vergonha?

O prazer de postar neutralizou minha vergonha... 

Aliás, prazer é algo que sempre deveria estar na meta de todos os seres humanos, mas isso é tema para outra postagem.

Inicialmente apenas criava textos e os guardava de forma desorganizada.

O que mais importava era o processo criativo e não tinha muita necessidade de compartilhar com ninguém.

Tempos depois, fiz a consulta com a astróloga e a partir do meu mapa astral e da conversa que tivemos, ela sugeriu que eu canalizasse minha criatividade escrevendo livros.

Não tive muito ânimo de participar de cursos de produção literária e nem mesmo de oficinas e a ideia que inicialmente pareceu interessante, ficou paralisada.

Foi então que meu afilhado, que já era blogueiro, surgiu com a ideia perfeita, de aquariano para aquariana, da criação do blog.

Todo o constrangimento e insegurança que surgiram nas primeiras postagens foram dando lugar a muito prazer.

Percebo que esses sentimentos vinham mais por minha dificuldade com a escrita, do que pela exposição que todo blogueiro que faz abordagens pessoais sofre.

Hoje, quando estou aqui, fico sem vergonha...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Relacionamentos Amorosos no Futuro

Como serão os relacionamentos amorosos no futuro? Tentei imaginar, de forma otimista, e cheguei a algumas conclusões:


Teremos maior clareza sobre a duração da paixão - Estaremos apaixonados por mais ou menos três anos e depois disso se nossa paixão se transformar em amor, talvez possamos permanecer juntos por mais algum tempo ou até mesmo para sempre.

Com relação às opções sexuais, acho que haverá um aumento nos casos de bissexualidade - Se não estivermos mais satisfeitos com nossa relação, poderemos ir em busca de outro homem ou mulher, conforme nossa preferência no momento.

Seremos menos hipócritas com nossos filhos - Demonstraremos mais claramente nossos sentimentos enquanto pais e não fingiremos que tudo está bem quando o nosso relacionamento já estiver em crise ou acabado.

Reinventaremos nossas relações sem nos prendermos a padrões pré-estabelecidos pela sociedade - Se o casal não estiver satisfeito e achar que existe potencial para reinventar seu casamento, irá tentar outras formas, de comum acordo, que satisfaça ambas as partes.


Acho que estamos aprendendo a valorizar mais os nossos sentimentos e, portanto, nossos relacionamentos amorosos deverão se beneficiar com esse aprendizado, no futuro.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Desistir?

Não sei desistir... Ainda mais quando sei exatamente o que quero.
Sei que algumas pessoas quando lerem esta postagem irão pensar algo tipo: "É uma filha única mimada..."
Até pode ser um pouco por isso mesmo, tendo em vista que quando criança, sempre tive todas as bonecas que quis.
Isso acontece em todas as áreas, quando quero, quero mesmo! E o pior é que, como não consigo desistir, sigo tentando conseguir mudar o rumo das coisas, mesmo quando percebo que o melhor seria aceitar a situação como é.
E só quem pode me ajudar nestas horas, é o tempo. E dependendo do meu objeto de desejo, muitas vezes preciso de muito!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sucrilhos

Tenho três filhos. Inicialmente foi difícil de aceitar, afinal só tinha escolhido ter dois.
Minha mãe é minha terceira filha.
Como os três se relacionam? Muitas vezes, além dela ser minha filha, ela é também irmã do meu filho mais novo. Com relação ao meu filho mais velho ela cumpre sempre o papel de avó, o que às vezes também fica complicado.
Já não basta a disputa por atenção que existe entre os três - meu marido e meus dois filhos?
Quando ela está num desses momentos irmãzinha do meu filho, é terrível. Agora mesmo acabou de acontecer uma briga porque ela estava comendo o sucrilhos que ele havia guardado para comer mais tarde - como ele está com uma virose, esse é um dos poucos alimentos que ele tolera comer sem enjoar. E como só tem uma caixa pela metade...
Essa transferência aconteceu quando minha avó morreu - eu devia de ter uns cinco anos de idade. Minha amada mãe era extremamente dependente de minha avó. Quando ela faltou, imagino que ela tenha olhado para todos os lados a procura de alguém para substituí-la e na falta de outra pessoa, sobrou para mim. Foi aí que eu me tornei mãe da minha mãe... I
Minha mãe é o grande amor de minha vida, só não sei se esse amor tem relação com amor de mãe ou de filha. Também não tenho dúvida do amor que ela sente por mim - não sei se é...
Mas o que importa é que, no meio dessa confusão toda, aqui em casa não falta amor, muito amor!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cadáveres

Eu e meu filho estávamos no Shopping ontem, quando ele encontrou um amigo que estava acompanhado da namorada.

O nome dele é Tales e já havia ouvido falar muito dele.

Conversando com o casal, contei para eles que Tales seria o nome do meu filho, afinal cursei Matemática e para nós estudantes, Tales de Mileto era como um velho conhecido.

Conversamos um pouco e ao nos despedirmos comentei com meu filho o quanto me pareceu pura, a energia que emanava do Tales.

Ele então me contou que o cara é muito legal, um grande amigo, baterista e... É vegetariano!

Um arrepio percorreu meu corpo quando me dei conta de que quase adivinhei que o amigo especial do meu filho, não comia cadáveres.

Eu mesma já tentei me tornar vegetariana e por dez anos não comi carne, mas quando o meu primeiro filho nasceu e em um certo período ficou doente e quase não comia, acabamos voltando a comer os tais cadáveres...

Hoje ainda como cadáveres, mas em pouquíssima quantidade e espero que com o tempo, eu consiga eliminar completamente esse péssimo hábito alimentar.





sábado, 18 de dezembro de 2010

Férias

Ainda faltam alguns dias para minhas férias, mas já estou vivendo mais uma vez no futuro. Sei que deveria me concentrar no agora, mas está sendo muito difícil porque estou com muita saudade do mar.
Também estou com vontade de mudar a rotina, criar outra ou não criar nenhuma.
Eu só quero: banhos de mar, bons livros, picolé Mega Amêndoas (eventualmente, claro), cerveja gelada, Smirnoff Ice quase congelada, banhos de sol, caminhadas a beira mar com sol ou com chuva, bagunça no apartamento com a presença de um monte de gente, sair à noite, passear com Amy e Olivia, comemorar meu aniversário com o tradicional luau e todos amigos que quiserem aparecer, olhar pelas janelas e ver o cenário mais lindo do mundo - o mar!
Vida quase perfeita, não? Tenho repetido as mesmas férias já há alguns anos, mas não me importo porque é sempre muito prazeroso.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Saudade

Com a chegada das festas de final de ano, vem uma saudade... Saudade daquelas pessoas que já morreram e que fazem tanta falta - me refiro, especialmente, ao meu pai, minha tia e meu sogro.
Claro que com relação ao meu pai a dor é eterna, nunca vou me acostumar com a ausência dele na minha vida. Em cada momento importante, penso em como seria bom se ele estivesse presente. Lembro do quanto ele amava meus filhos e como estaria feliz de vê-los crescendo e se tornando seres tão lindos.
A morte do corpo físico é algo com o qual eu ainda não aprendi a lidar, muito embora acredite na imortalidade do espírito.
Penso que cada vez mais devemos aproveitar ao máximo os momentos bons da vida ao lado das pessoas que realmente são importante para nós. Não devemos economizar as demonstrações de carinho e amor! Sou daquelas que quando ama, diz.
Muito amor é o que eu desejo para todos os seres do Universo! E mesmo que neste final de ano a saudade me deixe meio triste, vou procurar olhar ao meu redor e entrar em contato com todas as coisas maravilhosas que estão acontecendo neste momento.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Anjos e Demônios

Assisti a um filme em que a personagem principal citava a seguinte frase de Tenessee Williams: "Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também".

Pensando sobre a frase, acho interessante no que se refere ao conhecimento que adquirimos ao longo da vida, a partir dos opostos - se não soubéssemos o que é o mal, não teríamos como saber o que é o bem.

Acho que os opostos sempre existem, em quaisquer circunstâncias.

E quanto ao amor e ao ódio?

Segundo Deepak Chopra, escritor indiano, radicado nos EUA, sempre que existe amor, existe ódio...

Isso me faz pensar nos relacionamentos "mornos" onde o casal parece não se emocionar com nada que venha do casamento.

Nunca brigam, mas também não parecem satisfeitos.

Não estou aqui fazendo apologia às brigas, mas acho que sempre que amei fiquei mais suscetível a momentos de raiva e ódio.

E quando já no final de relacionamentos, não me lembro de sentir grandes emoções - nem boas, nem ruins.

Será que é por esse motivo que existe o mal?

Para se confrontar com o bem e aí então nos possibilitar ver as coisas boas da vida?

A personagem do filme a qual me referi, no decorrer da história, mostra claramente que traz em si as duas faces - do bem e do mal.

Acho que todos nós somos anjos e demônios - vai somente depender das circunstâncias para que surja um ou outro...

E a partir dessas vivências, aprenderemos sobre a vida.



sábado, 11 de dezembro de 2010

Pecado Preferido

Dos pecados, meu preferido é a gula. Sempre foi assim, desde os primórdios...
Quando era criança já adorava comer desde comidas sérias até comidas tipo guloseimas. Sou descendente de italianos e sempre achei que a relação passional que minha família tem com comida justificasse a minha gula. Ou será que tenho problemas com relação a fase oral ou outro tipo de problema psicológico? Pode ser...
Mas hoje extrapolei meus limites e após dias doentinha, com problema gástrico, acordei bem melhor. Adivinhem então o que eu fiz? Fui almoçar num restaurante com rodízio de grelhados e comi quase tudo que queria, só descartei a sobremesa.
Claro que voltei de lá enjoada, mas logo que melhorei me lembre de todas aquelas sobremesas maravilhosas que foram desprezadas por mim e me deu uma vontade de voltar lá para resolver o problema.
Tudo começou quando fiz a consulta com a médica, na terça-feira e ela me disse que eu deveria comer só quando tivesse vontade e que poderia escolher qualquer comida que quisesse. Claro que ela não sabia com quem estava falando... Mas vou colocar a culpa nela sim, é tão bom e eu nunca faço isso.
Na quarta-feira ainda estava verde e não queria comer nada. Mas quando na quinta-feira comecei a melhorar, me lembrei do que a médica havia me dito e comprei M e M’s. Devorei uns três daqueles tubinhos e quase não consegui guardar dois para meu filho.
Acho lindas as pessoas que conseguem se manter magras e saudáveis, mas como esse padrão é incompatível com esse meu pecado preferido! Talvez esteja na hora de substituí-lo por outro...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Doente e Carente

Estou doente há alguns dias.

E como geralmente acontece, desde sempre, fico carente.

Acho que geralmente consigo expressar sentimentos, idéias, raivas, amores,...

Mas ainda tenho um pouco de dificuldade de falar das minhas carências.

Parei para pensar no porquê dessa barreira e claro que fui buscar a resposta na minha infância.

Encontrei, pelo menos, algum sinal do motivo de lidar tão mal com essa parte de mim, ou falta de mim.

Lembrei de quando não me permitiam reclamar da vida e sempre ouvia: "O que mais tu quer, tem tudo!" ou "Tu não tem motivos para ficar triste”.

O velho estigma da filha única que me acompanha até hoje - tem tudo e é mimada.

Ninguém se preocupa em verificar se isso é verdade ou não.

Acho que foi a partir dessa época que devo ter tirado o foco de quem realmente eu era e passei a compor um personagem, que em muitos momentos me ajudava a sobreviver em situações difíceis, impedindo que eu me tornasse uma pessoa negativa e amarga.

Fui me reencontrar bem mais tarde, com a ajuda da vida, de amores, da análise, de sofrimentos, de alegrias,...

Só então, pude me despedir do meu personagem e voltar a ser eu mesma.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Proibida

Acabei de acabar uma das postagens que eu mais gostei e acabei de ser proibida de postar...
Nem todos gostam de aparecer por aqui com suas vidas contadas como realmente são sem enfeites ou photoshop.
Claro que as minhas melhores postagens, foram as que eu consegui ser mais verdadeira sem, no entanto, me violentar.
Agora, quando envolve diretamente a vida dos outros, a situação fica muito complicada e procuro ter muito cuidado.
No início do blog, ouvia com muita frequência: "Como tu és corajosa, te expondo dessa maneira!"
Não tenho muito problema de dizer o que penso e quando chego num lugar onde não conheço ninguém, consigo, geralmente, manter contato imediato e fácil com as pessoas, sendo bem verdadeira.
As pessoas gostam de ouvir e ler sobre verdades...
Acho tão ruim ficar fazendo tipo, que perda de tempo!
Quanto a minha postagem gostosa, vou guardá-la nos meus rascunhos para tentar convencer mais adiante a pessoa que me proibiu de publicar.

Bolsa-Família

Li no site Terra:

"Bolsa-Família: 42% dos beneficiários continuam miseráveis
Um levantamento inédito do Ministério do Desenvolvimento Social, feito a pedido do Jornal Estado de São Paulo, mostrou o número de famílias que permanecem na extrema pobreza apesar de receberem o benefício do Bolsa-Família."

Na matéria ainda é dito que para acabar com o problema, o valor do benefício básico teria que ser dobrado, de R$ 68,00 pago às famílias que têm renda per capita de até R$ 70,00. Com essa medida, o impacto nas contas públicas teria um gasto extra de R$ 8bilhões.

Qual o sentido então dessa ação assistencialista, que embora envolva um valor exorbitante, serve apenas de paliativo a uma situação que se agrava dia após dia?
Sempre achei que seria muito mais eficaz, especialmente a longo prazo, um investimento num projeto político sério de Planejamento Familiar. Dentro desse projeto, poderia então haver algum programa de assistência imediata, temporária, às famílias mais necessitadas. Mas jamais poderíamos ter como finalidade, apenas o atendimento imediatista dessas famílias, gerando assim, dependência total por parte dos beneficiários, tornando-os reféns do sistema, sem que os mesmos possam criar condições de melhorar o padrão de vida que levam.
Nunca vi o bolsa-família como um ato político e sim como um ato assistencialista imediatista sem impacto positivo na vida futura dessas pessoas.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Segurança Pública no Rio de Janeiro

Marcos Rolim fez hoje, uma leitura perfeita sobre o domínio de território por grupos armados no Rio de Janeiro – Zero Hora, página 18.
Lendo sua crônica, lembrei o porquê de não ter me rendido aos apelos jornalísticos quando colocavam pessoas chorando, em telejornais, emocionadas por acreditarem que seus heróis, os policiais, haviam vencido a batalha contra os traficantes...

Vou transcrever aqui, um trecho da referida crônica:

“Por isso, a polarização pressuposta nas coberturas jornalísticas entre “polícia” e “traficantes” não existe no RJ. Traficantes mantêm bases territoriais e pontos fixos de venda porque compram proteção dos segmentos criminosos das polícias. Tudo funciona como em uma S/A de capital fechado. Boa parte das armas do tráfico é fornecida por policiais que, assim, colocam em risco a vida de todos, sobretudo a vida dos policiais honestos, aqueles que – apesar dos baixos salários – honram sua missão e nos protegem. Estes estão fora da “sociedade” e, por isso, correm riscos extras em suas corporações.”

E sobre o combate eficaz contra o tráfico:

"Para derrotá-lo, será necessária uma política pública de redução de danos que permita segmentar o mercado com experiências progressivas de legalização das drogas. A opinião pública no Brasil, entretanto, por desinformação e preconceito, não está disposta sequer a fazer este debate. Os traficantes e seus sócios, é claro, agradecem."

sábado, 4 de dezembro de 2010

Mais Paixão

Novamente pedi emprestada uma frase de uma amiga: "O contrário de paixão é tédio".

Quando ela falou a referida frase, eu até pensei que não tinha nada a ver.

Mas num segundo momento, depois dela ter se explicado, concluí que ela tinha toda razão.

Minha querida amiga sugeriu que eu fizesse um comparativo com relação aos dois estados: apaixonado(a) e entediado(a).

Quando estamos apaixonados, ficamos muito felizes, qualquer coisa é motivo para rirmos, a vida é bela no geral, ficamos otimistas diante dos problemas,...

Quando estamos entediados, nada tem graça, a vida fica cinza, os problemas ficam maiores, ficamos pessimistas,...

Fui obrigada a concordar plenamente - aliás, nunca tinha ouvido essa definição de paixão.

Adorei!

E mais uma vez penso que a paixão não podia ter prazo de validade...

Deveria ser para sempre, como acontece com o amor.

Viveríamos num estado de graça, seríamos pessoas melhores e mais criativas.

Provavelmente diminuiríamos, significativamente, os nossos problemas tanto pessoais quanto sociais, como: injustiças, violência, guerras, conflitos religiosos, etc.

Mas voltando a realidade o que nos resta é, sempre que possível, aproveitarmos intensamente quando estivermos apaixonados e houver reciprocidade.

Sem dúvida, esse é o melhor estado que o ser humano pode experimentar aqui na Terra.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mulher em Manutenção 2

Acho que estou vivendo a maldição das festas. Não suporto mais receber tantos convites...
Quero ficar em casa, esse é o meu maior sonho de consumo da atualidade.
Claro que a maioria dos convites que recebo são de pessoas que eu adoro.
Agora, resolvi dizer não. Com delicadeza, mas minha resposta será negativa para a maioria dos convites que receber daqui para diante.
Já tenho algumas festas confirmadas e chega!
Meu sonho é passar um final de semana inteiro em casa, somente saindo para almoçar ou para ir ao cinema sábado à noite. Vou tentar realizá-lo o mais rapidamente possível.
Minha família, minhas cadelas, minha gata, banho-de-sol, piscina, livro, computador,... É só o que preciso!
Me perdoem meus amigos, mas eu precioso parar tudo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O Professor Feliz

Meu filho estava me esperando num restaurante e quando cheguei, sugeri a ele que trocássemos de mesa porque minha mãe também jantaria conosco.

Quando fizemos a troca, ele percebeu que havia esquecido o seu guarda-chuva na mesa que estava ocupando antes, e quando se moveu para levantar, veio na sua direção uma menininha de uns sete anos com um sorriso imenso, tendo nas mãos o objeto esquecido como se fosse uma joia de grande valor.

Sua mãe observava de longe, parecia orgulhosa com a atitude da filha.

Meu filho sorriu agradecendo, também muito feliz.

Fiquei perplexa diante daquele momento mágico, sem entender muito bem o motivo de tanta felicidade.

Foi nesse instante que ele me disse que aquela garotinha era sua aluna de música.
 
Fiquei emocionada com a cena – entendi mais uma vez o porquê dele ter escolhido essa carreira.

Ele adora ser professor e não é à toa que este ano, com apenas 21 anos, já está concluindo um curso de pós-graduação na área de educação musical.

Quando com 17 anos ele iniciou, simultaneamente, os dois cursos: Direito e Licenciatura em Música, no meu íntimo, sabia qual dos dois seria abandonado (ou pelo menos adiado)...