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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Uma pergunta recorrente - "Por que tirou o silicone?"

Quando as pessoas me perguntam sobre minha cirurgia, na maioria das vezes não imaginam que eu tenha tirado minhas próteses de silicone dos seios e quando eu falo isso, elas  me perguntam o porquê dessa decisão...
Como essa pergunta tem sido muito recorrente, resolvi fazer esta postagem.

Os porquês:

1- silicone no corpo faz mal à saúde e causa um grande número de doenças - muitas vezes gravíssimas;

2 - eu estava começando a ter dupla-bolha - meu silicone estava bem em cima e meus seios estavam começando a ficar flácidos;

3 - quem tem silicone, terá que fazer pelo menos uma cirurgia no futuro - é mentira quem diz que as próteses são vitalícias, apenas a garantia de algumas que é; 

4 - não queria ficar sujeita a ter que fazer uma cirurgia de emergência, diante de uma possível ruptura das próteses - eu tinha as minhas há quase seis anos, que é a época em que, geralmente, começam os problemas;

5 - eu tenho 57 anos e quis fazer a cirurgia agora que eu estou com minha saúde em dia;

6 - meus seios estavam muito grandes e nunca gostei disso - quando coloquei as próteses, queria era fazer redução, mas fui "enrolada" pelo médico que me disse que dessa forma o efeito da minha cirurgia duraria mais tempo.




segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Meus medos - retirada das próteses de silicone e mastopexia

No início da busca pelo médico ideal, meu medo era não encontrar ninguém legal aqui, em Porto
Alegre, que além de respeitar minha vontade de não ter mais silicone no corpo, usasse a técnica "em bloco" para a retirada.

Logo depois que encontrei a médica que faria a minha cirurgia e pude relaxar um pouco sobre essa busca, comecei a vivenciar o segundo medo: pela minha integridade física.

Lendo a respeito, descobri que não sou a única - todo mundo tem medo de não acordar de cirurgias...

Esse temor diminuiu muito quando resolvi fazer uma consulta com o anestesista e perguntar tudo que envolvia o trabalho dele.

Ele foi muito simpático, acolhedor e didático, me ensinou muita coisa e saí do consultório muito mais tranquila.

O último medo que tive foi com relação ao tamanho e forma dos meus seios - como ficariam?

Tenho 1,64 m de altura, pesava 73 quilos e vestia sutiã 48 - ouvi de alguns médicos que meus seios provavelmente ficariam menores que tamanho 42.

Em algumas consultas com minha médica eu questionava a questão da estética e geralmente ouvia a mesma coisa - que ela só poderia ter uma ideia melhor quando 'abrisse', mas acreditava que daria para montar belos seios, mas quanto ao tamanho, ela não poderia definir nada antes disso.

Nunca pensei que esse seria um ponto importante de todo processo da minha cirurgia, mas nós muitas vezes nos surpreendemos com sentimentos que surgem nas mais variadas situações.

Logo depois da cirurgia, minha médica veio me tranquilizar quanto ao tamanho final, que por sinal ficou muito bom - penso que foi a partir desse momento que percebi que havia falado bastante sobre esse assunto com ela.





sábado, 1 de setembro de 2018

O dia da cirurgia - retirada das próteses de silicone e mastopexia


Os preparativos para cirurgia de retirada de silicone e mastopexia, começaram com jejum - fiz jejum de 8 horas com pouca água e não pude tomar nada de água nas últimas 2 horas, anteriores a cirurgia, o que foi muito pior do que não poder comer.

Quando cheguei ao hospital, por volta das 6h30, encaminhei os assuntos burocráticos e em seguida fui chamada por uma enfermeira.

Troquei a roupa e fui para um local onde se encontravam outras pessoas que também iriam se submeter a algum procedimento estético.

Uma delas me perguntou o que iria fazer e quando falei que iria retirar as próteses e fazer mastopexia, percebi que uma outra senhora me olhou surpresa – naquele momento, preferi não causar polêmica e não entrei em detalhes sobre os meus motivos.

Ficamos conversando e nisso minha médica foi até o local e já me senti mais segura, adoro ela!

Em seguida o anestesista me chamou e nos dirigimos para uma sala reservada onde ele me fez uma série de perguntas e saiu da sala.

Logo após, entrou minha médica, conversamos, ela fez as marcações e fomos caminhando e conversando para a sala de cirurgia.

Chegando lá, encontrei toda a equipe e o anestesista, que iniciou os procedimentos, me explicando cada ação.

A primeira coisa que ele perguntou foi  se eu queria que o ‘acesso’ fosse na mão ou no braço.

Disse que ele poderia escolher o melhor local, então ele explicou que na mão, embora fosse mais dolorido, seria mais fácil de me movimentar após a cirurgia, concordei na hora.

Depois disso ele colocou uma máscara de oxigênio no meu rosto e me perguntava de tempos em tempos se eu estava ficando relaxada - eu disse, umas duas ou três vezes que não estava sentido muita coisa...

Então, ele disse que iria introduzir uma medicação que me faria dormir e em pouquíssimo tempo "apaguei".

Só acordei por volta do meio-dia, na sala de recuperação com minha médica falando comigo e me perguntando se eu queria ligar para minha mãe – eu disse que sim (eu havia pedido isso num das consultas que fiz com ela).

Tentei falar da forma mais normal possível com minha mãe, já que o objetivo da ligação era acalmá-la...

Depois disso fiquei muito bem e estranhando muito o fato de praticamente não ter dor.

Pedi água algumas vezes e fiquei feliz quando percebi que podia tomar quantos copos quisesse.

Passado um tempo, veio uma enfermeira com um comprimido para dor (tylex) e eu disse que não estava precisando de nada, mas como ela insistiu, acabei tomando.

A seguir a mesma enfermeira, que me acompanhou o tempo inteiro, até a alta, me trouxe um cardápio de lanches, escolhi um sanduíche de queijo e suco de maçã – quando ela trouxe, comi tudo e me senti bem.

Fiquei um tempo conversando com duas senhoras que estavam ocupando leitos bem na frente do meu e por volta das 16h30, recebi a notícia de que receberia alta em breve, tendo em vista que não havia enjoado depois do lanche e desde que fizesse xixi.

Quando veio minha médica para assinar a alta, aproveitei para perguntar se eu deveria deitar quando chegasse em casa e ela disse que não, que eu poderia ficar na sala, assistindo TV...

A seguir fui levada para o banheiro, fiz xixi, a enfermeira ajudou a me vestir e em seguida fui conduzida para uma sala onde estavam outras mulheres que estavam comigo, no mesmo local anterior.

Disseram que meu marido estava vindo, me deram dipirona, antes de tirarem o 'acesso' e quando ele chegou, conversamos e ele se dirigiu a recepção para acertar os detalhes da alta.

Enquanto isso chegou a enfermeira com a cadeira de rodas e fiz minha primeira 'arte': esqueci que não poderia fazer força com os braços e só depois de já estar na cadeira que percebi meu erro. 

Quando passei da cadeira para o carro, para ir para casa, fui mais cuidadosa.

Chegando em casa fui recepcionada no pátio da minha casa, por várias pessoas da minha família que eu amo tanto e fiquei extremamente feliz, mas pedi para entrar em casa e sentar, claro que todos entenderam.

A noite foi tranquila, considerando que foi a primeira que dormi com a barriga para cima e com uma pilha de travesseiros.

Penso que a retirada das próteses e a mastopexia foram muito mais tranquilas do que foi o implante, em todos os aspetos: dor, mal estar, dependência absoluta para levantar da cama, tudo!