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sábado, 30 de outubro de 2010

Sacanagem, Zero Hora!

Título da matéria publicada hoje, na Zero Hora, página 38 - ao lado de uma tabela de Horário do comércio da Capital:

"Serra tem ocupação de 63% no feriado"

Claro que lendo a matéria, fica claro que estão se referindo à Região das Hortênsias, mas num primeiro momento achei que se tratava do resultado de uma nova pesquisa, como a maioria das pessoas que abre o jornal na referida página a procura do horário de funcionamento do comércio! O posicionamento estratégico dessa matéria ao lado de uma tabela de utilidade pública, foi sacanagem...
Sem me posicionar politicamente e falando aqui como leitora e assinante, isso é inadmissível. O jornal deveria no máximo fornecer informações e deixar para que o povo decida e não ficar alimentando esse tipo de estratégia que ao meu ver não contribui em nada para o processo democrático.
Sou a favor da imprensa livre, mas séria e responsável. Sei que existem exageros e certas pessoas que durante esses períodos de eleições se tornam extremamente paranóicas e acompanham as notícias nos meios de comunicação em busca de até "vírgulas", que possam sugerir comprometimento dos candidatos com setores e pessoas de índole duvidosa. Mas nesse caso, achei uma atitude tão inconsequente...
Eu, geralmente, sequer dou muita importância a essas discussões calorosas que ocorrem durante os debates e escolho meus candidatos pelo projeto político que representam. Não fico discutindo no meu dia a dia o que está sendo noticiado pelos meios de comunicação. Esse tipo de debate há muito tempo já não me interessa.
Mas hoje, quando me deparei com esse fato, fiquei decepcionada. Afinal, acho que todo brasileiro tem perfeitas condições de escolher seu candidato. Tentar induzir o voto do povo de alguma forma é, no mínimo, um desrespeito.

"A Música pode nos salvar!"

Estava postando um comentário, referente à música, no meu blog preferido, o Associação Livre, e pensei em produzir um texto por aqui também...

Falando em música...
A minha história de vida sempre teve um fundo musical, tanto nos momentos bons como nos momentos ruins.
Meu primeiro instrumento, um violão, ganhei quando tinha mais ou menos cinco anos de idade e acabei fazendo um uso criativo dele - tocava e cantava sozinha, do me jeito, sem nenhuma orientação de professor. Foi sem dúvida um uso muito criativo, mas sem muita "produtividade" no contexto convencional.
Pensando agora sobre esse episódio, acho que especialistas que sugerem que crianças tenham desde muito cedo contato com instrumentos, estão super corretos. Eu sou uma prova disso.
Meu amor pela música foi fiel ao longo de toda a minha vida, sem nenhuma lacuna nesse tempo.
Quanto ao meu gosto musical, sempre foi o mesmo - adoro rock! Hoje em dia agreguei mais uns dois estilos: mantras e música eletrônica (mais para dançar do que para ouvir).
Fiz aulas de guitarra, violão e bateria. Hoje sei que meu instrumento preferido é a bateria e pretendo retomar minhas aulas algum dia.
Voltando ao comentário que fiz no blog, vou reproduzi-lo aqui:

Lembrei de um dos momentos mais lindos e emocionantes que vivi com meu filho mais velho: foi quando aos 17 anos ele tinha acabado de inciar o curso de Licenciatura em Música e começado a trabalhar também como oficineiro de violão, num projeto de música maravilhoso desenvolvido pela Casa de Cultura Mário Quintana -
Embora, inicialmente, ele sofresse muito vendo as condições de vida daqueles meninos ele conseguiu, com o tempo, encontrar um caminho e me disse certa vez: "A música pode nos salvar!"

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Se você viu é porque também tem"

"O Efeito Sombra", de Deepak Chopra, Debbie Ford e Marianne Williamson é um dos melhores livros que li nos últimos tempos. Trata de uma temática fundamental para que possamos nos tornar seres humanos mais completos, felizes, realizados e com grande potencial criativo. O livro fala sobre a importância de aceitarmos e reconhecermos nosso lado sombrio e sobre as consequências de o reprimirmos negando sua existência.
Normalamente, é difícil reconhecermos nosso próprio comportamento e sentimentos ruins porque geralmente os projetamos nos outros.
No livro, em determinado momento, Debbie Ford cita um velho ditado: "Se você viu é porque também tem".
A autora nos conta ainda, o seguinte relato, que houve durante um Workshop "Efeito Sombra":
"... um homem se levantou para contar o quanto detestava pessoas de mente fechada e como parecida estar cercado de gente assim no trabalho e no próprio bairro. Então, um dia, seu filho adorado veio visitá-lo durante as férias da faculdade, e anunciou que era gay. O homem foi tomado pelo desgosto. Quando a esposa tentou acalmá-lo, ele percebeu que era a pessoa de mente fechada que sempre desprezara, o que o levou ao workshop..."
Segundo a autora: "Assumir as próprias projeções é uma experiência corajosa que o torna humilde, e pela qual todos temos que passar para encontrar a paz. Ela nos força a reconhecer que somos capazes de fazer coisas que frequentemente desgostamos nos outros".
As pessoas mais inteligentes que conheço são também as mais humildes... Acho que a proposta deste maravilhoso livro é levar-nos por esse caminho, para que nossa sombra possa impulsionar-nos na direção do nosso crescimento como seres humanos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Amputação

Hoje, estava passando de carro por uma rua, perto da minha casa, e notei que havia algo diferente numa das esquinas. Estava tão vazia...
Quando olhei melhor, percebi que haviam amputado todos os galhos de uma árvore. Fiquei extremamente triste ao ver aqueles galhos tão verdes e ainda com aspecto de vivos caídos ao chão... É nessa hora que tenho vergonha de pertencer à raça humana.
Por que as pessoas insistem em violentar as árvores? O argumento que usam é que "podando" seus galhos, elas renascerão mais belas. Que absurdo! O que deveria ser podado é o cérebro e alma de quem pensa assim.
Por que será que os homens sempre acham que devem intervir de alguma forma com relação ao desenvolvimento natural da natureza? Não conseguimos permitir que a natureza seja natural!
Acho que somos nós, os humanos, que precisamos de intervenção e devemos de todas as formas possíveis nos aproximarmos da natureza. Assim poderemos aprender com ela como nos integramos ao planeta e ao universo de forma racional e sustentável. Se observarmos uma planta ou animal com um olhar mais sensível, veremos que tudo é perfeito, belo e sem necessidade de ajustes. A integração que esses seres experimentam é algo que nenhuma civilização humana conseguiu sequer perceber.
Já não basta tudo de ruim que fizemos e continuamos fazendo contra o planeta: explorando as riquezas naturaia de forma irracional, poluindo, destruindo as florestas e maltratando os animais?
Devemos mudar nossos conceitos primordiais para que possamos mudar essa situação.

domingo, 24 de outubro de 2010

Nus

Estava numa festa conversando com um grupo de amigos quando em determinado momento alguém fez um comentário sobre uma pessoa conhecida da maioria (e ausente, claro!) que havia criado um blog onde publicava poesias. Um outro do grupo que também conhecia o blog começou então, junto com a pessoa que havia feito o primeiro comentário, a narrar quase chorando de tanto rir, as tais poesias. Resultado: uma 'catarse de risos em grupo', induzida pelas tais produções literárias.
Eu, inicialmente, até ri, mas logo em seguida percebi que não era tão engraçado assim. Talvez meu lado crítico não esteja tão ativo assim e acabo respeitando as 'loucuras' dos outros esperando que as minhas também sejam respeitadas.
Acho que aquelas poesias não funcionaram para aquele grupo como o autor gostaria, mas que de alguma forma cumpriram um papel interessante, não tenho dúvida. Afinal, rir é sempre tão bom...
Claro que se eu fosse o poeta e as pessoas rissem das minhas produções, seria algo complicado. A intenção de quem trabalha com poesia daquele tipo é realmente mover a sensibilidade e não o riso das pessoas e se o autor soubesse do ocorrido iria se sentir péssimo.
Penso que quando nos expomos produzindo algum texto e o tornamos público, seja através de blog ou de outro veículo qualquer, temos que estar bem preparados para recebermos o resultado do trabalho. Ele pode vir através de uma contribuição, de uma crítica construtiva ou também destrutiva, de um elogio ou através de uma outra reação completamente inesperada para nós.
Uma coisa tenho aprendido através desse blog: ser completamente fiel ao que penso no exato momento que publico. Amanhã, até posso rever o que produzi e desdizer ou complementar o texto, mas quando faço a postagem preciso sentir que me respeitei integralmente. Quanto as consequências das publicações, temos mesmo que avaliar quando muito polêmicas, mas se tivermos coragem e convicção podemos avançar até mesmo diante desse tipo de tema.
Nesse caso narrado, provavelmente o autor nunca venha a saber do ocorrido. Mas é um bom exemplo do que pode acontecer com qualquer um de nós, que ao nos 'despirmos' diante do teclado do computador, corremos todos os riscos. Mas mesmo assim, acho que devemos estar nus e se não for dessa forma, é melhor engavetarmos nossos trabalhos.

sábado, 23 de outubro de 2010

Dez Minutos de Prazer

Tenho lido muitos livros que na maioria das vezes se reportam a uma fase da vida que por não ser passageira, é tão importante. Falo da infância e de quanto éramos verdadeiros e fiéis ao que sentíamos. Reagíamos a tudo com muita naturalidade sem usarmos máscaras ou personagens - exceto durante as brincadeiras, como forma de experimentação de sentimentos e de sensações.
Diante de problemas, recorríamos ao mundo lúdico e lá geralmente havia todas as respostas que precisávamos naquele momento.
Nos permitíamos sentir e reagir sem a preocupação que temos hoje como adultos de não mostrarmos quem somos realmente, especialmente nosso lado feio e proibido.
Quando pequenos, éramos o que éramos, sem-culpa ou vergonha. Claro que não estou abordando aqui as intervenções nocivas dos adultos nesse período.
Estou tentando me reportar àquela fase da infância onde ainda havia inocência e tudo que precisávamos era sermos nós mesmos... Livres e sem auto-julgamento.
Hoje em dia penso que seria ótimo se cada vez que tivéssemos um problema, pudéssemos nos reportar a essa fase da vida e tentássemos nos colocar no lugar da criança que fomos. Claro que estou sugerindo um exercício difícil, uma vez que criamos ao longo do tempo muitas amarras, armaduras, máscaras e personagens.
Ainda assim insisto, vamos tentar imaginar: não precisaríamos fingir cordialidade, educação, seriedade quando tudo que queremos é: dar risadas em situações estabelecidas como 'sérias'; ao olharmos nossa agenda e diante de vários compromissos sociais ignorarmos todos ao percebermos que o que mais queremos é ficar sozinhos; poderíamos chorar à vontade sempre que tivéssemos vontade, independente do local e situação em que estivermos - principalmente no caso dos homens, afinal aos meninos é permitido derramar todas as lágrimas! E tantas outras situações... Imaginem como seria prazeroso chegarmos tão perto da nossa verdadeira essência!
Sei que socialmente poderia virar uma confusão adotarmos comportamentos tão "indesejáveis", mas convenhamos: não seria uma delícia, nem que fosse por apenas dez minutos, sermos nós mesmos?

Tamanho Médio

Não gosto de pessoas com excesso de bom humor. Não me parece ser um comportamento normal, afinal somos humanos e todos temos um lado sombrio. Quando vejo alguém exagerando, percebo claramente que a pessoa está com algum desequilíbrio e acho que 'médio' é um bom tamanho para esse estado de espírito.
Ontem estava num grupo e havia uma pessoa, libriana, que é muito 'querida' por todos, e notei que ela me cansa. Excesso de bom humor é muito desagradável. A pessoa passa de uma piada (ou brincadeira) para outra, sem dar um intervalo para que possamos respirar...
Agora, surgiu um momento de auto-crítica e lembrei de uma amiga que entendia de astrologia e sempre dizia que eu era chata porque tinha a lua em virgem. Será? Quando estávamos em alguma festa e alguém pegava o violão e começava a tocar e cantar músicas de Caetano Veloso, Chico Buarque e outros que eu também não gostava, pegava minha bolsa e dizia: - Estou indo, está bem? Até gosto de algumas músicas deles, mas a maioria não consigo nem ouvir...
Além disso, já que estou falando de bom humor, mantive o meu nas vezes que fui embora e jamais pedi para que parassem de cantar ou que mudassem a música.
Hoje sei que a lua em virgem me deixa mais exigente e geralmente me posiciono sobre o que gosto ou não, podendo até mudar de ideia mais adiante e voltar atrás.
Quanto ao humor, acho que é importante mantermos 'o bom', claro! Mas de uma forma mais natural e não acho interessante criarmos um personagem em torno disso, como muitas pessoas fazem.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Lady Gaga

Certo dia, meu filho chegou no meu quarto dizendo que eu deveria ouvir Lady Gaga porque, segundo ele, ela é uma das melhores novidades da música contemporânea.
Passado algum tempo, assisti alguns videos dela e achei bem interessantes, só não gostei nem um pouco das roupas que ela usava. Exceto no clipe da música Telephone onde ela e mais umas meninas perfeitas de corpo, usam biquinis e apresentam uma coreografia linda.
Também achei interessante o fato dela ser fã e se inspirar em David Bowie. Eu também sempre adorei ele, sua voz e suas músicas.
Mas a minha paixão por essa cantora surgiu mais forte quando fui assistir ao show do meu filho na Farm’s – local onde a música predominante é a Sertaneja. Portanto nem imaginava que ouviria algo diferente naquela noite.
Chegamos ao local, no final do show da banda que tocou antes do meu filho. E foi no intervalo entre os dois shows que os DJs colocaram muitas música maravilhosas, a maioria de Lady Gaga. Foi neste momento então, que nasceu minha paixão.
Hoje em dia, ouço direto essas músicas no meu carro, e tenho que tomar cuidado para não parecer louca porque não consigo ouvi-las sem dançar, sempre que fecha a sinaleira.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Que saudade das duchas Corona!

Estou seminua, usando uma touca de banho, com frio, esperando que o chuveiro volte ao normal.

Meu marido e herói saiu na noite escura, fria e perigosa, em busca de duas pilhas grandes para salvar minha vida.

Como ele já provou ser um herói quando conseguiu comprar os ingressos para a pista premium para o show do Guns’n Roses e também recuperou o template do meu blog, estou otimista.

E se eu não pegar uma pneumonia, daqui a pouco estarei feliz e perfumadinha.

Deixando a dramaticidade de lado, vai dizer que nessas horas não dá uma saudade das duchas Corona?

 Eu, saudosista?

Imagina!

Adoro os chuveiros a gás e não trocaria meus banhos tipo cachoeira por nada. Mas quando falta gás ou temos que trocar os tubos, é aquela confusão!

E agora surgiu essa história de pilhas que eu nem sabia que eram necessárias.

Lembrei que no apartamento da praia existe um banheiro nos fundos que tem um chuveiro elétrico, sucessor das duchas Corona.

Recordo das vezes que recorremos a ele em função de pane no sistema dos chuveiros a gás.

Na verdade até temos um chuveiro elétrico aqui em casa também, mas ele fica na rua e com este frio, nem pensar!

É melhor aguardar que meu herói chegue e traga a solução para o problema.

Só espero que ele não demore muito, porque encontrei aqui por perto uns cookies de cacau, e estou devorando o pacote inteiro.

Nestas horas, adeus regime!

domingo, 17 de outubro de 2010

Por que meus batons nunca acabam?

Sempre fui, pelo menos, um pouco consumista. E sempre associei esse fato ao meu perfil – sou ansiosa e sempre me senti atraída por coisas novas.
Adoro botas, vestidos, perfumes, lingeries, batons,...
Hoje em dia, já não saio comprando tudo que vejo, espero as liquidações. E mesmo assim, só compro o que adoro e levo sempre em conta o preço. Se as vendedoras soubessem disso, quase nem falariam comigo e se limitariam a responder minhas perguntas.
Com relação aos batons, sempre adorei, desde a infância. Iniciei usando os da minha mãe, que foi quem provavelmente quem me influenciou. Mas lembro de desde muito cedo ter minha própria coleçãozinha. Portanto, por toda minha vida, estive próxima desse meu amigo fiel.
Há algum tempo atrás, uma vendedora de cosméticos me ofereceu alguns batons para que eu comprasse. Eu então respondi que não poderia comprar porque tinha todas as cores que eu conhecia e, inclusive, algumas se repetiam. A vendedora então me disse que muitos deles deviam estar fora do prazo de validade.
Enquanto minhas colegas e amigas compravam batons, eu fiquei proibida de comprar porque ao contrário do que a vendedora havia dito, todos os meus batons eram relativamente novos e estavam dentro do prazo de validade.
Foi aí que percebi que estava comprando demais, não só batons. Esses amigos inseparáveis acabaram me ensinando algo importante: sempre que tivermos um comportamento compulsivo, devemos parar e tentar descobrir o motivo disso estar acontecendo. Foi isso que fiz na ocasião e deu muito certo.
Muitas vezes essas situações acontecem porque estamos tentando fugir de alguma coisa ou até da vida cotidiana que levamos e que não está nos satisfazendo como deveria.
Hoje sei que quanto melhor estou comigo mesma, menos preciso de fugas.
E como sabemos que fugir não resolve nenhum problema, apenas adia a resolução deles...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O melhor Dia dos Professores da minha vida!

Eu até esqueço que sou Professora por formação – cursei Licenciatura em Ciências e depois Licenciatura em Matemática. Nunca trabalhei regularmente na área, o máximo que fiz foi ter dado algumas aulas particulares.
Além dos meus pais, ninguém nunca lembrou de me parabenizar nessa data.
Quando meu filho mais novo tinha quatro anos de idade, ele me surpreendeu com um momento completamente mágico e muito emocionante. Era Dia dos Professores e eu nem lembrava, então ele chegou perto de mim e disse:
- Mãe, eu sei que ninguém vai lembrar de te felicitar no dia de hoje, mas eu não esqueci...
Depois de dizer isso, ele me entregou um envelope confeccionado por ele mesmo com uma cartinha falando coisas lindas!
Com certeza, naquele instante senti que havia valido a pena ter estudado tanto, só para viver aquele momento inesquecível.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Green Day, o Show!

Ontem, assistimos a um espetáculo que extrapolou todas as expectativas que o público presente podia ter. Fomos esperando um show e recebemos em troca muito mais. Foi uma viagem maravilhosa guiada pelo carismático e charmoso Billie Joe Armstrong, que além de cantar com uma voz perfeita e tocar guitarra e violão com talento indiscutível, alegrou a noite dos fãs do Green Day no Gigantinho.
Sem falar no show pirotécnico apresentado pela banda, que lembrou muito o grande espetáculo que foi a vinda do Guns’n Roses esse ano.
Billie Joe e a banda interagiram com a platéia de uma forma tão intensa e amorosa como eu nunca havia visto. Nem a diferença de idiomas atrapalhou essa conexão.
O show do Green Day foi perfeito, num lugar imperfeito. O Gigantinho, aqui em Porto Alegre, é um local que não dá nem opção de escolha – a pista livre é um massacre com pessoas pulando suadas e se jogando umas sobre as outras; as cadeiras numeradas ficam a quilômetros do palco e as arquibancadas ficam, geralmente, distantes ou fora do ângulo do show.
Eu e meu marido compramos ingressos para pista livre e foi terrível, tivemos que aguentar o horror que foi ficar comprimidos entre pessoas suadas.
Acabei perdendo meu casaco e quebrei meu celular, nem sei como.
Concluímos, no final, que a melhor opção teria sido irmos para a arquibancada e ainda que tivéssemos que assistir ao show de lado, seria mais tranquilo.
Já no final do show, depois de muito cansaço, optamos por assistir pelo telão.
Nós dois saímos querendo assistir novamente ao show em outro local, com melhores acomodações. Se pudéssemos, iríamos para São Paulo ou Rio de Janeiro, mas não temos como fazer isso em função de compromissos que temos por aqui.
Mas apesar dos problemas que tivemos, a noite foi maravilhosa.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mina do Condomínio

Conversa por telefone com uma amiga geminiana:

- Oi, Magali! Vamos num show?
- Claro, vou adorar. Qualquer dia desses vamos marcar...
- Não, é agora. Daqui a quinze minutos estarei passando aí, ganhei dois ingressos para o show do Seu Jorge, no Bourbon Country.
- Não vai dar, eu não tomei banho!
- Eu também não, daqui a dez minutos passo aí.
- Então vem!

Foi assim que conheci Seu Jorge e suas músicas. A que mais adoro é “Mina do Condomínio”.
Embora não goste de samba e nem de poesia, pedi uma trégua aos meus conceitos:

Tô namorando aquela mina
Mas não sei se ela me namora
Mina maneira do condomínio
Lá do bairro onde eu moro
Seu cabelo me alucina
Sua boca me devora
Sua voz me ilumina
Seu olhar me apavora
Me perdi no seu sorriso
Nem preciso me encontrar
Não me mostre o paraíso
Que se eu for, não vou voltar
Pois eu vou
Eu vou
Eu digo "oi" ela nem nada
Passa na minha calçada
Dou bom dia ela nem liga
Se ela chega eu paro tudo
Se ela passa eu fico doido
Se vem vindo eu faço figa
Eu mando um beijo ela não pega
Pisco olho ela se nega
Faço pose ela não vê
Jogo charme ela ignora
Chego junto ela sai fora
Eu escrevo ela não lê
Minha mina
Minha amiga
Minha namorada
Minha gata
Minha sina
Do meu condomínio
Minha musa
Minha vida
Minha monalisa
Minha vênus
Minha deusa
Quero seu fascínio
Minha namorada
Do meu condomínio
Minha monalisa
Quero seu fascínio

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Green Day

Amanhã será o dia do show do Green Day aqui em Porto Alegre e já estou bem ansiosa desde agora. Devo levar binóculos? Que roupa e bota usar? Claro que confortáveis, mas quanto à bota terá que ser de salto alto. Afinal, nossos ingressos são para a famosa pista livre do Gigantinho e eu, como meço apenas 1m64...
Adoro essa banda e comprei os ingressos há muito tempo, logo que soube da vinda deles.
Hoje em dia só vou aos shows que realmente me interessem muito ou que tenham a participação do meu amado filho.
Este ano fomos ao show do Guns'n Roses... Chegamos às 18h30 e saímos do local às 05h30. E o pior é que passaria por tudo outra vez, o show que assistimos foi, com certeza, o melhor que já assisti em todas as minhas vidas!
Sei que amanhã será cansativo também, terei que trabalhar todo o dia e à noite encarar a maratona que deverá acontecer desde a ida para o local com algum tempo de antecedência, o stress de estar num lugar nada confortável e depois a caminhada até o carro para retornarmos para casa. Mas tenho certeza que valerá a pena, eles são maravilhosos!

domingo, 10 de outubro de 2010

Por que sinto dor quando amanhece?

Domingo, quando voltávamos do show na Farm’s, percebi que odeio chegar em casa com o dia amanhecendo.
Acho que pode ser porque a noite está acabando e como esse é o meu período preferido do dia, talvez seja esse o motivo.
Já li também, que os praticantes da Medicina Ayurvédica (que significa ciência da vida), praticada na Índia nos últimos 5000 anos, acreditam que para tudo existe um horário. E pelo simples fato de respeitarmos os horários para acordar, comer e dormir, seria suficiente para que melhorássemos nossa vida.
Eles acham, por exemplo, que devemos acordar por volta das 6h30 e dormir por volta das 22h30.
Pensando nisso, vejo a coincidência com relação a meu mal estar. O simples fato de estar indo dormir quando deveria estar acordando, talvez justifique tudo.
Se fosse possível, eu dormiria e acordaria dentro desses horários sugeridos pela Ayurveda, mas a vida real não me permite isso.
Muitas vezes só consigo me encontrar com meu filho mais velho, tarde da noite. E claro que não vou perder a oportunidade de conversar com ele e ficar juntinho, ainda mais considerando que ele tem viajado muito.
Fora isso, aqui em casa, estamos acostumados a dormir tarde. E mudar esse hábito, é bem difícil.
Mas essa pode ser realmente a explicação para esse meu trauma, não recordo de nada ruim que tenha me acontecido. Lembrei apenas de uma cena de quando eu era adolescente: estava na praia, voltando do carnaval pela beira do mar – estávamos eu e um ‘ficante’. Estava amanhecendo e enquanto caminhávamos, ele me olhou e disse que a cor do meu cabelo estava linda com o efeito que o sol causava...
A sensação que ficou dessa recordação é boa. Portanto, acho que os indianos estão realmente certos.

Show na Farm's

Hoje meu filho tocou guitarra na Farm’s, uma casa noturna focada no estilo sertanejo. Ele faz parte da banda que toca com Marcelo Valêncio.
Chegamos ao local mais ou menos às 02h30, uma hora antes do início do show e saímos quando acabou, por volta da 05h30.
O local, que estava cheio, tem lotação para 1500 pessoas e está localizado no terraço do Shopping Total. Além da decoração e organização bem pensadas, a casa é também embalada por som de DJ’s que tocam também outros estilos. No período que estivemos esperando pelo início do show, colocaram o melhor da música eletrônica, adorei.
Nunca havia estado na Farm's porque não tenho preferência por música sertaneja e estou ‘aprendendo’ a gostar agora, porque tenho ouvido mais em casa e através do meu ‘guitarrista preferido’.
O show começou no horário combinado e no início houve um problema com relação à altura do som do baixo, que eu espero que ninguém tenha percebido, mas no mais, foi impecável.
Este foi segundo show do MV que eu assisti em função da maioria ser fora da cidade e, muitas vezes, até do estado.
Fiquei especialmente feliz, quando no final, fomos surpreendidos por uma série de músicas mais no estilo que prefiro – Rock! Tocaram Legião Urbana, Mamonas Assassinas, a famosa música Whisky a Go-Go e uma das minhas preferidas: Ana Júlia, do Los Hermanos! Quando meu filho fez o primeiro acorde dessa música e olhou para mim, me proporcionou o maravilhoso momento mágico da noite, fiquei absolutamente emocionada e pude perceber o motivo dele não ter me contado antes, essa maravilhosa surpresa.
No final do show, fomos nos despedir rapidamente da banda porque eles tiveram que viajar direto para Mafra, que fica no norte de Santa Catarina, para uma nova apresentação ainda hoje. Eles irão abrir o show de "Guilherme e Santiago".

sábado, 9 de outubro de 2010

Chega de tantos cremes...

Depois de ter experimentado vários cremes anti-rugas – caros e baratos, cheguei a uma conclusão: eles nada ou quase nada podem fazer para acabar ou melhorar significativamente minha pele. Na minha faixa etária e considerando tudo que minha pele já sofreu com a exposição solar, acho que o máximo que posso esperar desses cremes é que a mantenham hidratada.
Diariamente, somos bombardeadas com notícias de cremes milagrosos que podem nos tornar mais jovens e às vezes é muito difícil resistir, eu entendo.
Depois de desistir desse caminho, comecei a pesquisar sobre as tais pílulas da beleza e descobri o Innéov Fermeté.
Essas pílulas que possuem ação antioxidante (o que para mim, já justifica tomá-las), contém licopeno do tomate, extrato de soja e vitamina C. Elas foram desenvolvidas a partir da parceria entre a Nestlé e a L’Oreal.
Claro que seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e a hábitos de vida saudáveis. Essa parte é mais complicada...
Os resultados, segundo os fabricantes do Innéov, começam a ficar visíveis somente após três meses. Isso, realmente é verdade.
Comecei a perceber resultados mais significantes agora, passados cinco meses de uso (é, o meu caso é grave rsrs). Acho que minha pele está melhor de uma forma geral e por isso resolvi socializar a informação.
Quanto ao custo, fica o equivalente ao gasto com cremes de marcas confiáveis.
Vale a pena tentar, até porque os componentes dessas pílulas são ótimos para ajudar a mantermos a saúde em dia.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Nunca sair de casa de pijama!

Meu filho mais novo está com quatorze anos e daqui a pouco vai começar a fazer festa. Portanto, já estou me preparando para ser motorista dele, assim como fui do meu filho mais velho até que ele tivesse idade para dirigir.
Uma das coisas que aprendi durante essa minha experiência, foi de que jamais devemos buscar um filho, ainda que seja tarde da noite ou de madrugada, usando pijama.
Quando meu filho mais velho tinha uns dezessete anos, aconteceu um incidente que para nós adultos pode até parecer uma bobagem, mas para um adolescente...
Certo dia ele e a namorada foram a um shopping e lá eles se encontraram com alguns amigos. Na volta, o combinado era que os dois voltariam do local de táxi ou de carona. Só que houve um problema com relação a isso e então recebi um telefonema para que fosse buscá-los.
Eu havia acabado de sair do banho e estava usando aquele pijama preferido com bichinhos e muito colorido. Pensei: qual o problema em eu ir vestida deste jeito? Não vou precisar descer do carro mesmo...
Chegando ao estacionamento do shopping, estacionei e liguei para ele dizendo que estava esperando no carro porque estava usando pijama.
Percebi que quando fiz referência a minha roupa ele não gostou muito, mas...
Fiquei então esperando dentro do carro por muito tempo e imaginando a cena de ter que validar o tíquete no caixa do shopping vestida daquela maneira, caso houvesse algum desencontro.
Quando ele chegou, estava sozinho e nervoso, olhou para minha roupa e disse:
- Não fala com ninguém, só dirige.
Foi aí que percebi que eu não havia ido buscar apenas os dois. Eles eram cinco ao todo e eu nem conhecia todos eles.
Fiz o que ele pediu porque, realmente, eu senti que havia exagerado. Afinal durante a adolescência o que menos queremos é passar vergonha, ainda mais com uma mãe que parecia uma maluca.
Ele acabou escolhendo o amigo certo para sentar ao meu lado no carro - um aquariano que eu acho que nem percebeu minha roupa diferente e se percebeu, não deu a menor importância.
O caminho todo fui dirigindo bem quietinha e arrependida de ter tido preguiça de trocar a roupa. Lembrei de quando era adolescente e tudo era motivo para constrangimento.
Aliás, a segunda lição que aprendi durante esse período, foi saber que a maneira mais eficaz de nos aproximarmos de um adolescente e ganharmos a confiança dele é nos reportarmos a nossa própria adolescência. Tentarmos entendê-lo com olhos de adolescente, sem tantas críticas e com mais compreensão, tendo em mente que essa é uma fase transitória e quanto maior o amor recebido, mais tranqüila ela transcorrerá.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Canal

Minha pasta de rascunho, aqui no blog, está ficando cheia...
Ontem mesmo, desisti de postar mais um texto.
Existe um lugar em mim, que é um canal e que nem sempre está ligado. Às vezes acho que estou utilizando esse canal e tento me esforçar na produção do texto, mas chega ao final e vou ler, nada!
Acabo de aprender uma coisa: quando estiver utilizando o canal não precisarei me esforçar, é isso! As idéias irão fluir livremente...
Nem precisarei pensar muito, só tenho que ter velocidade para digitar ou escrever, caso esteja longe do computador.
Eu ontem não estava nem um pouco inspirada e de repente nasceu o texto referente à Senadora Marina, a qual eu tenho grande admiração e muito respeito.
Estava lendo o Terra-Notícias e surgiu...
Mesmo já tendo lido muito sobre a situação política e eleitoral do momento, no Brasil, aqueles dados fornecidos por ela com relação às pesquisas me sensibilizaram e vieram ao encontro do que eu já pensava a respeito.
Este blog está me ajudando muito a me conhecer melhor...

A Senadora Marina não é a culpada!!!

Estou começando a perder a paciência quando ouço que a grande culpada por haver segundo turno é a Senadora Marina.
Não sou cientista política, mas é muito evidente o que dizem os números - que poderiam ter sido maiores ainda! Este espaço foi conquistado principalmente pela candidata do PV e pela importância do programa político apresentado. Também foi mérito do PV, dos militantes e simpatizantes. Estes votos não foram "roubados"!
Li no Terra o seguinte depoimento da Senadora:
Para a verde, as pesquisas de intenção de voto realizadas durante a campanha podem ter atrapalhado sua candidatura, já que ela sempre aparecia na terceira posição. "E agora, se você vê a quantidade de e-mails que as pessoas estão mandando dizendo que elas se arrependeram por não terem votado (em mim), por terem acreditado nas pesquisas...", contou. Marina disse ainda acreditar que as urnas "teriam revelado muito mais se as pesquisas tivessem conseguido alcançar o que estava nas ruas".
Eu sei que este é o pior momento para os que se sentem derrotados por acharem que a Ministra Dilma venceria as eleições no primeiro turno, mas chamo todas essas pessoas que estão fazendo esse tipo de comentário para que tenham um momento de reflexão racional e saiam deste marasmo emocional em que se encontram.
Já participei de campanhas políticas e sempre que há algum tipo de derrota eleitoral, o primeiro passo é ir em busca de culpados. Nunca é o candidato, claro! O desempenho dele até pode ser questionado, mas a culpa será direcionada para os grandes vilões que sempre serão: coordenadores de campanha, assessores, apoiadores, e... outros candidatos que "roubaram votos", claro!
Nossas energias não devem ser desperdiçadas com críticas nada construtivas. Vamos nos unir neste segundo turno para que possamos contruir a vitória de Dilma e do projeto político o qual ela representa que, sem dúvida, é o melhor para o país agora.

domingo, 3 de outubro de 2010

Os Sapatos e as Mulheres

Sempre que há trocas de estações, evito olhar as vitrines. Afinal, sou como a maioria das mulheres: louca por sapatos. Minha sorte desta vez, é que a nova coleção está repleta de cores fortes e cítricas e como não gosto de coisas muito coloridas, estou sendo repelida sempre que me aproximo das lojas. Isso é ótimo, me ajuda a me manter racional e evita que eu gaste com algo que não é tão necessário, afinal tenho calçados para, no mínimo, duas encarnações.
Outro motivo que está me ajudando a economizar é o fato de estar muito frio ainda para usar sandálias e se compro, quero usar imediatamente.
Mas dias atrás, quando fui ao cinema, notei que muitas das mulheres que estavam lá, diferentes de mim, não resistiram, compraram e resolveram estrear suas maravilhosas sandálias numa noite que estava fria demais. A sorte dessas mulheres, é que as filas para compra de ingressos e para compra de pipocas, estavam imensas e elas puderam desfilar por muito tempo com suas últimas aquisições da moda, antes de entrarem para o anonimato das salas de cinema e provavelmente congelarem. Ainda bem que muitas usavam casacos, mesmo não combinando com o visual dos pés. Eu que estava de botas e usando casaco de lã, morri de frio, imaginem elas!
Mas só porque não comprei nada não posso negar que sapatos mexem com nós mulheres de um jeito intrigante, e isso vai além do simples consumismo. Se formos nos comparar aos homens então... Quanta diferença! Por que será? Será que é porque precisamos de algo importante próximo do chão para que possamos viver mais perto da realidade e não sonharmos tanto? Ou será que é porque nós mulheres temos algum “problema” comum e ele se reflete nessa relação que temos com os sapatos? Ou será que...?
No meu caso, lembro que ainda criança, ficava muito feliz quando ganhava um novo calçado e, inclusive, ainda lembro de muitos deles – “desde sempre” fui louca por sapatos.
Se alguém quiser contribuir com esta postagem, agradeço muito.

sábado, 2 de outubro de 2010

Nosso Lar

Ontem, finalmente, assisti ao filme “Nosso Lar”.
Achei que o filme foi muito bem produzido e os atores corresponderam às expectativas.
Mesmo já tendo frequentado Casas Espíritas por algum tempo, vieram à tona alguns questionamentos que eu já tinha naquela época.
Uma das coisas que me intriga até hoje, é o Umbral. Por que é necessário passarmos por todo aquele sofrimento extremado para que possamos aprender? A resposta, alguns diriam: "O homem só aprende sofrendo...”. Mas será que não existe alguma maneira menos aterrorizante e cruel de aprendermos? E onde entra o amor e o perdão?
Minha mãe, que também assistiu ao filme com uma amiga espírita, ficou chocada com as cenas do tal purgatório. Comentou com a amiga e ela lhe disse que temos que ser muito bons e doarmos tudo. Caso contrário...
E aí surge outro ponto que me afastou das Casas Espíritas – o assistencialismo como fim.
Não sou contra darmos assistência às pessoas necessitadas, mas não podemos resumir a isso. É como se pagássemos para não nos incomodar.
Na última Casa Espírita que freqüentei (sei que isso acontece com a grande maioria delas), a política era essa.
Em determinado dia do mês, se formava aquela fila imensa de mulheres, geralmente acompanhadas pelos muitos filhos, na espera de receberem ajuda.
Numa das reuniões do grupo o qual eu fazia parte, questionei se todos achavam válido apenas doarmos as coisas sem, por exemplo, abordarmos temas importantes como Planejamento Familiar, uma vez que na Casa trabalhavam voluntariamente, psicólogos, assistentes sociais, advogados,...
Lembro que houve um relato de uma pessoa que já participava do grupo há mais tempo que eu: ela nos disse existem muitas mulheres que iam buscar ajuda no primeiro ano com 1 filho e outro “na barriga”, no ano seguinte a mesma mulher ia com 2 filhos e outro “na barriga”, no ano seguinte 3 filhos e outro “na barriga” e assim por diante...
Perguntei, sabendo qual seria a resposta: e a figura paterna? Muitas mulheres sequer sabem quem é o pai de seus filhos e quando sabem, ele é ausente, na maioria das vezes. Outro fato real, é que, geralmente, cada filho é de um pai diferente.
Daí vem a Doutrina Espírita e diz: “que não devemos julgar” e eu pergunto: “por que então devemos pagar?” E respondo com outras duas perguntas: “para que nossa consciência fique mais leve?” ou “por medo de irmos para o tal do Umbral?”.
A minha consciência não fica mais leve quando faço doações. Ao contrário, fico ainda mais preocupada. Muitas vezes, pensando que essa situação é paliativa e não resolve o problema de ninguém.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eleições

Falta um dia para as eleições e ainda procuro por candidatos que tenham pelo menos alguma preocupação pelos animais e, se possível, que tenham também consciência da importância da preservação do meio ambiente. Será pedir muito?
Não existem muitas possibilidades, infelizmente somente agora os seres humanos estão começando a se dar conta dessas questões que para mim sempre foram fundamentais.
Penso que qualquer projeto político para o estado ou para o país sem que sejam considerados esses aspectos, ficam sem sentido.
Sempre fui petista, portanto sempre votei nos candidatos do PT. Neste momento estou procurando desesperadamente candidatos do meu partido que estejam de alguma forma engajados nestas lutas - proteção aos animais e preservação do meio ambiente. Está bem difícil encontrar alguém, infelizmente.
Acho que o sofrimento que impusemos a esses seres, que tem tanto direito quanto nós de ocuparem o planeta, já foi suficientemente cruel. Chegou a hora de pararmos para tentar de alguma forma nos redimirmos diante de tantas maldades cometidas. Muitas delas praticadas até os dias de hoje.
Vou citar apenas uma que me parece mais próxima e muito cruel - o caso das carroças. Acho que já cometemos todas as atrocidades possíveis e imagináveis contra os pobres cavalos. Somente o fato de eles terem que disputar espaço dentro deste trânsito que mesmo para veículos possantes já é extremamente agressivo, já é um horror. Imaginem o desespero do pobre animal sem nenhuma proteção e muitas vezes sendo guiados por pessoas despreparadas e irresponsáveis!
Sem falar no tratamento que eles recebem de seus donos, que muitas vezes esquecem que estão lidando com seres vivos e não com um meio de transporte apenas. Muitos cavalos não recebem sequer água durante sua "jornada de trabalho" - imaginem o sofrimento que é para o animal, passar o dia inteiro transitando pela cidade nesse nosso trânsito caótico, com sede, às vezes machucados e doentes...
Como podemos pensar que nosso país esteja crescendo se sequer isso conseguimos resolver? Ainda tratamos os animais como se fossem nossos escravos e estivessem aqui somente para nos servir.
O que dizer dos gaúchos tradicionalistas e "muito machos" que veem esses animais como apenas mais um objeto da tradição e, portanto, assim devem ser tratados. O que são essas cavalgadas? Já deveriam ter sido proibidas há muito tempo! Falando nisso, onde estão os legisladores que nunca fizeram nada nesse sentido? Talvez por falta de coragem, consciência ou por não quererem perder um "votinho"...
Nesta eleição, talvez não existam muitas opções, mas espero com muito otimismo que já na próxima tenhamos mais alternativas para votarmos com o coração, e não apenas votar só por votar.

Amor Incondicional à Vida

Tenho uma tia muito linda que participou do projeto “Gurias do Calendário” - ela usou uma roupa de bailarina e o mês dela é fevereiro. Inclusive, naquela ocasião, ela teve a oportunidade de divulgar o trabalho no programa do Jô Soares, junto com as outras gurias.
Tenho muito orgulho dela e acompanho sua trajetória desde quando ela resolveu voltar a dançar - ela estava viúva e sua filha mais nova, que é também uma grande amiga, havia ido morar no exterior.
Acho que a dança salvou a sua vida, ou se preferirem: a dança a trouxe de volta para a vida.
No ano passado, houve então uma apresentação do grupo de dança que ela participa, no Teatro Renascença. Eu e meu marido resolvemos prestigiá-los como forma de apoiar essa iniciativa tão linda que aconteceu no tempo certo, quando mais precisamos de estímulos para continuar vivendo.
Quando chegamos ao teatro, houve a primeira surpresa: o saguão estava lotado, era como se fosse uma apresentação de alguém muito famoso.
O espetáculo, que foi mais longo do que um espetáculo de dança em geral, foi perfeito – não faltou e nem sobrou nada.
Os alunos-bailarinos-atores-dubladores e os professores que participaram da apresentação foram impecáveis, muito talentosos e esforçados. E pelo o que víamos, era muito claro que eles tinham se dedicado muito aos ensaios.
Ao sairmos do teatro, eu e meu marido percebemos que compartilhávamos da mesma opinião – chegamos achando estaríamos dando algo àquelas pessoas e saímos percebendo que havíamos recebido muito mais.
Ver todas aquelas pessoas tão felizes e integradas ao grupo, sem nenhum tipo de discriminação ou preconceito, foi uma lição que raramente vemos acontecer no nosso dia-a-dia.
Era possível perceber, naquela noite, que o que mais unia aquelas pessoas era amor. Amor incondicional à vida!
Hoje em dia, minha mãe está fazendo aula de dança e expressão corporal no mesmo local. Já posso notar os efeitos benéficos que ela está conseguindo conquistar e estou muito orgulhosa dela também.
Sou uma mulher de muita sorte por ter esses dois exemplos lindos de como é possível trilhar novos caminhos em busca da felicidade, durante todas as fases da vida.
Para quem quiser conhecer o trabalho que é desenvolvido na Escola a qual estou me referindo, este é o endereço eletrônico do blog: http://cccdeg.blogspot.com/