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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mistérios da Existência

Estava terminando de ler o livro Golfe – Sete lições para o jogo da vida, de Deepak Chopra e resolvi comentar o trecho a seguir:

O jogador iluminado se dedica ao desconhecido, porque entende que isso é o que é. A incerteza desperta alegria em vez de apreensão quando você passa a abraçar o mistério. Sir Arthur Eddington, famoso físico do início do século XX, observou que depois de estudar o cosmo a vida inteira, ele só sabia uma coisa: “Algo desconhecido está fazendo sabe-se lá o que.”

Ao ler essa afirmação tão sincera fico pensando que quanto mais aprendemos sobre qualquer assunto, mais percebemos que nada sabemos.
No meu caso, durante a faculdade de Matemática, amava meu curso e me dedicava muito aos estudos, mas quanto mais estudava, mais percebia que tinha que estudar.
Sempre ficava claro que todo conhecimento que eu ia adquirindo, não era nada quando comparado a tudo que existia nessa área. Sem falar nas novas teorias que eram descobertas com frequência.
Nesse estágio de busca só nos resta a aceitação, porque a partir desse ponto, percebemos que sempre haverá o misterioso, o inexplicável.
A vida é e sempre foi cheia de mistérios indecifráveis e por mais que busquemos respostas, chegará a um ponto que será melhor nos entregarmos, aceitarmos e confiarmos humildemente na Existência e no Universo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amigos Alienígenas

Li no Terra hoje:

“Ex-oficiais: ETs desarmaram armas nucleares dos EUA e Inglaterra”

“Um grupo formado por seis oficiais da Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf, na sigla em inglês) e um pesquisador de objetos voadores não identificados (ovnis) afirma que extraterrestres têm sobrevoado bases de mísseis e desativado bombas nucleares. Segundo o site TG Daily, os sete irão apresentar um documento contendo testemunhos de mais de 120 antigos oficiais militares apontando para uma "intervenção" alienígena até meados de 2003. Aparentemente, após isso eles perderam o interesse pelas bases, continua o site.”
“A Usaf tem mentido sobre os impactos de ovnis em bases nucleares na segurança nacional e nós temos provas", afirma o capitão de lançamento Robert Salas. O grupo afirma que os objetos voadores não identificados têm sobrevoado locais com armas nucleares desde 1948 e que possui documentos que comprovam isso.”
“Em muitos casos, os mísseis apresentaram mal funcionamento ao mesmo tempo que objetos em formato de disco voavam silenciosamente nas proximidades das bases. Outro membro do grupo, Charles Halt, afirma ter visto um objeto voador no formato de disco lançando um feixe de luz em direção à base da Real Força Aérea britânica (RAF, na sigla em inglês) em Bentwaters, na Inglaterra. Após isso, ele ouviu no rádio que a "aeronave" teria pousado em uma área de armazenamento de armas nucleares.”
“Os ex-oficiais acreditam que os governos dos dois países "abafaram" as notícias, utilizando excelentes métodos de desinformação.”

Que absurdo, ter que vir “gente de fora” para impedir a imbecilidade que é o uso de armas nucleares.

domingo, 26 de setembro de 2010

A Parada no Agora

Percorri e ainda percorro vários caminhos, sempre tentando melhorar e em busca de mim mesma. Muitas vezes escolho “trilhas” não muito seguras e previsíveis, mas acho que essas, geralmentes, são formas eficazes de percorrermos o caminho para o autoconhecimento.
Uma das coisas mais importantes que descobri recentemente é valorizar o momento. E foi caminhando, que percebi o quanto é importante parar no agora.
O que existe de real na vida é o que está acontecendo neste exato momento. O passado já aconteceu e o futuro não sabemos como será, ele é apenas uma projeção.
Para uma aquariana como eu, isso é um aprendizado difícil, mas fundamental. O futuro me atrai de uma maneira estonteante... Portanto, viver o agora para mim, é realmente um dos maiores desafios, embora saiba que a vida fica sem sentido se não agirmos focados no momentou atual.
Claro que devemos organizar nossas vidas e planejar o futuro, mas que isso seja apenas um instrumento que nos possibilite viver melhor. Lembro de uma expressão que aparecia na letra de uma música: “sempre em dia com o seu atraso” – existem pessoas que se preocupam tanto com a organização de suas casas e com seu dia-a-dia que esquecem de viver e passam pela vida sem aprender muita coisa.
A própria relação com o prazer e a felicidade, passa pelo agora. Não podemos viver apenas esperando que um dia seremos felizes e que a vida será melhor. Temos que estar atentos a tudo de bom e prazeroso que está acontecendo agora e procurar sentir toda a magia do momento. Se não estiver acontecendo algo grandioso e diferente, devemos tentar perceber as pequenas coisas - certamente algo de bom está lhe aguardando neste momento para ser vivido.
Essa forma de olhar a vida, focada no agora, além de tudo nos levará de volta a nossa natureza mais genuína, nos permitindo ver o que se tornou invisível ao longo da vida. Quantos de nós ao andarmos pelas ruas percebe a beleza das árvores, o canto dos pássaros, o vento no rosto, ...?
Existe sempre algo de bom acontecendo no presente, basta estarmos conectados.
Quanto tempo e oportunidades deixamos de viver por estarmos focados no amanhã ou
presos em amarguras do passado?
Claro que em nossa sociedade, cada vez temos menos tempo de pararmos para viver. Somos impulsionados, no nosso dia-a-dia, a correr pela vida afora. Mas se ao menos nos nossos momentos de folga pudermos dar um espaço para a vida acontecer...

O Professor certo e a Aluna errada?

Sempre quis aprender inglês, ou melhor, sempre quis “ter nascido sabendo” inglês...

Além do inglês da escola, fiz uma tentativa, há muitos anos atrás, no Instituto Cultural – fui até a metade do curso e não retornei mais.

Na verdade, iniciei esse curso porque íamos viajar e claro que esse foi o grande fator motivacional.

Durante esse período, veio à tona um problema grave que tenho: timidez para falar para grupos em sala de aula e no trabalho.

Socialmente não tenho nenhum problema, somente nessas duas situações.

Claro que no Cultural só podíamos falar em inglês, inclusive as perguntas que fazíamos em português eram ignoradas pela professora que nessas ocasiões, se fazia de surda.

Por isso, sempre que ia para as aulas ficava em pânico, achando que iria me dar um branco e passaria a maior vergonha.

Pensei então, naquela ocasião, que o ideal seria fazer aulas particulares, mas acabei desistindo.

Alguns tempo depois, surgiu o “professor particular certo” – uma pessoa que quando conheci, no primeiro momento, não senti muita afinidade e não simpatizei mesmo.

Passado algum tempo, passei a achá-lo interessante, simpático e equilibrado.

Portanto, na ocasião pareceu ser a pessoa perfeita para me levar de volta para o meu sonho adormecido pela preguiça, vergonha e “falta de viagens”...

Conversamos e marcamos então nossa primeira aula.

Fiquei extremamente ansiosa e muito feliz por estar concretizando um desejo importante.

No dia marcado para a primeira aula, tive uma decepção - ele me ligou para avisar que teria que alterar a data, mas que passado algum tempo, poderíamos retomar o assunto para remarcarmos.

E nada! Ele nunca mais fez contato...

Claro que viajei na situação – fiquei pensando no motivo que teria levado meu futuro professor a desaparecer: será que é porque ele achou que não seria uma boa aluna?

Ou será que é porque aconteceu com ele o contrário do que havia acontecido comigo - ao me conhecer melhor, ele me achou insuportável?

No Cultural eu era a aluna que tinha mais idade na turma e então pensei - será que é porque ele acha que já estou muito velha para aprender alguma coisa?

Ou será... Foram muitos serás!

Sem querer ou por não ter coragem de me dizer o motivo da desistência, ele me levou para as alturas e depois me deixou cair em queda livre.

Foi mais ou menos assim que me senti...

Ele não sabe e não tem culpa, mas me deixou muito triste...

Meu sonho de aprender inglês está, até hoje, soterrado no meu “lado sombrio” – como diz Deepak Chopra (famoso escritor).


sábado, 25 de setembro de 2010

O Chamado do Xamanismo

Há alguns anos encontrei, ou talvez tenha reencontrado, uma pessoa linda que eu amo muito e que, embora de outra geração, ficou muito próximo de mim. Um dia ele me disse que gostaria que eu fosse sua tia “oficialmente” e que por isso, queria que eu me tornasse sua madrinha. Achei que ele estava brincando, mas gostei muito da idéia. Passado algum tempo, descobri que não era apenas uma brincadeira, ele queria realmente que de alguma forma ficássemos mais próximos. Conversamos muito sobre o ritual que seria escolhido para celebrarmos esse momento que seria muito especial tanto para mim quanto para ele. Pensamos e passamos por quase todas as religiões e chegamos juntos ao mesmo lugar – queríamos que fosse através de uma Cerimônia Xamânica, tendo a natureza como parte integrante e testemunha do evento.
Surgiu então uma outra dúvida, onde seria o ritual e quem seria o Xamã? O Universo então nos encaminhou à mesma pessoa sem que houvéssemos combinado. Eu cheguei até ele através do meu professor de bateria, que já o conhecia, e meu afilhado-sobrinho, teve a indicação dada por uma amiga. Acho que foi nesse momento que a magia começou a se concretizar. Fiz então contato com o Xamã e marcamos uma hora para conversarmos. Fomos os dois ao local combinado para o encontro, e tivemos então uma conversa tranquila e sem muitas respostas objetivas... Mas como objetividade não era o que estávamos buscando, embarcamos totalmente nessa viagem maravilhosa.
Chegado o dia do ritual, havia sol e a temperatura estava amena – viajamos até o local e a sensação que guardo, quando lembro dessa ocasião, é de muita paz e harmonia.
Quanto à cerimônia, foi, com certeza, uma das experiências mais belas que já vivi neste planeta. Estavam lá, além de nós dois, pessoas das nossas famílias que acabaram entrando no mesmo clima. A mãe do meu afilhado fez, em certo momento, uma fala linda e emocionante.
No final, seguimos uma trilha na mata fechada e parecia que éramos os pioneiros naquele local, tamanha a dificuldade de passarmos pela vegetação. Depois de muito tempo caminhando por aquele cenário de beleza natural, chegamos até o último local da cerimônia onde havia uma cachoeira maravilhosa. No primeiro momento ficamos sem fala diante da beleza daquele local... A água estava extremamente gelada, mas é claro que esse componente não nos impediu de realizarmos a cerimônia. Entramos na água e lavamos nossas almas...
Não posso esquecer de um personagem que foi fundamental naquele dia: um gato lindíssimo, extremamente manso, que parecia na verdade um cachorrinho. Ele ficou conosco durante todo o tempo e só nos "abandonou" quando iniciamos a nossa caminhada em direção a cachoeira e passamos por um trecho no qual, segundo o Xamã, havia um portal. Foi incrível vê-lo ali sentado, como se houvesse uma grade invisível que não permitia a sua passagem.
Para finalizar, lembrei de uma das falas do Xamã quando ele disse que sempre que precisássemos de ajuda que recorrêssemos à natureza e nos reconectássemos a ela. Percebo o quanto faz falta esse tipo de contato e o quanto seria bom para nossa saúde física, mental, emocional e espiritual.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Não quero mais!

publicarEstava agora mesmo produzindo um texto para o blog e de repente... Não quero mais! Parei na metade, achei que não estava legal, parecia falso. Senti como se eu tivesse que cumprir protocolo – postar, postar, postar!
Já havia me acontecido isso antes, mas não como agora – eu já tinha produzido a metade do texto.
Como amo esse blog, estou exigente e só publico o que para mim é verdadeiro e de alguma forma mostre um pouco da minha alma.
Até esse comentário, embora sem um conteúdo ‘normal’, é mais autêntico.
Existem também alguns temas, que são muito importantes na minha vida, mas que não vão além de rascunhos. Uns porque são doloridos para tratar, outros porque em dado momento parece que eu travo e a partir daí a abordagem fica sem um sentido verdadeiro... Acho que desvio do assunto para parar de sofrer ou porque talvez não seja a hora de abordar aquela questão.
E hoje foi incrível, tive que parar. Nem sei se vou conseguir voltar a trabalhar naquela postagem, geralmente não volto. Esqueço ou faço de conta que esqueço.
Na primeira vez que isso me aconteceu, achei que nunca mais conseguiria publicar nada por aqui, cheguei a ficar um pouco desapontada. Tranqüilizei-me quando, no dia seguinte, voltei com tudo e com mil idéias.
Resolvi comentar sobre o episódio para poder dividir esse momento, embora ache natural que isso aconteça.
Penso que, se for possível, não devemos nos violentar tentando fazer "a criança nascer antes do tempo". Acho mesmo, que em cada postagem, nasce alguma coisa nova que vem de mim, do que eu penso, do que eu leio, do que eu vivo, do que eu sou...
Por isso, tenho que respeitar os sinais que indicam quando não estou sendo eu mesma.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Paixão

Sem dúvida, quando estamos apaixonadas nos tornamos melhores e ... mais bobas!
Ficamos com mais energia, mais otimistas, mais saudáveis e muito mais alegres. Mas como tudo na vida tem os dois lados...
O outro lado da paixão é a cegueira, segundo uma amiga costuma dizer. Basta recordarmos aquele período pós-paixão quando reencontrarmos o nosso ex-amado e pensamos: - Como podia achar esse cara tão lindo?
Eu diria ainda que essa ‘cegueira’ vai além da visão, chega até a audição – só ouvimos o que nos interessa e procuramos esquecer todas as bobagens que nosso amado possa dizer.
Sem falar na ‘cegueira’ que atinge o cérebro – razão não combina com paixão. Somos capazes de fazer coisas que num estado normal jamais ousaríamos fazer. Ou ao contrário, deixamos de fazer coisas que antes de estarmos apaixonadas jamais deixaríamos de lado.
Sem falar de outros dois problemas que afetam a grande maioria das apaixonadas: ansiedade e insegurança. Surgem dúvidas de todos os lados - Será que ele gosta realmente de mim? Será que sou suficientemente inteligente, bonita e atraente? Será que ele está pensando em mim? Será que ele está com outra? Será...? São tantos serás...
Outro problema importante é o tempo - contamos os minutos para estarmos junto com nossa paixão e quando finalmente nos encontramos com ele, o tempo, que não é amigo dos apaixonados, acelera e passa a ser apenas um instante. Ao contrário de quando estamos longe, um minuto parece durar uma hora.
Outro problema ocasionado pela falta de razão durante o período que estamos nesse estado sublime, é com relação ao prazo de validade. Paixão tem prazo de validade e um dia vai acabar. Mas como estamos semi-racionais nesse período, achamos sempre que será eterna e se não nos prepararmos para esse final inevitável, muitas vezes ficaremos perdidas e sem motivação para viver.
Concluindo, acho que mesmo assim, sempre que for possível, vale a pena viver esse estado nobre e temporário - ainda mais se houver reciprocidade. Nesses períodos é como se tirássemos uma folga da ‘vida como ela é’ para fazermos uma viagem a um mundo mágico e em outra dimensão.
Estou falando até agora pelos meus olhos de mulher, mas vou deixar aqui algumas perguntas intrigantes – Será que com os homens acontece da mesma forma? Nós mulheres nos apaixonamos mais do que eles? Será que passamos essa idéia porque somos mais escancaradas quando demonstramos nossos sentimentos?
Para quem quiser contribuir com respostas a esses questionamentos... Sejam muito bem vindos!

domingo, 19 de setembro de 2010

Não me peçam para parar de rir!

Quando iniciei no Serviço Público, muito jovem, logo no início surgiu uma situação inusitada.
No setor onde eu trabalhava, éramos eu - aquariana , uma colega - leonina, um estagiário - capricorniano (hoje, meu marido) e nosso chefe - também capricorniano.
Eu e minha colega, logo que nos conhecemos ficamos muito amigas e quando não havia trabalho, nós ríamos muito. Nem me lembro das razões para tantas risadas, mas com certeza não eram necessários grandes motivos.
Como nós quatro ocupávamos a mesma sala, lá pelas tantas nossas risadas acabaram perdendo a graça.
Nosso chefe, então, resolveu fazer uma reunião do Setor e adivinhem qual foi a única pauta? Nossos ataques de riso, claro.
Durante a reunião eu e minha colega, tentávamos não rir, mas acabávamos perdendo o controle e fizemos a única coisa que não podíamos fazer – rimos, rimos muito, choramos de rir...
Eu tentava manter o controle, pensava em coisas tristes, mas de nada adiantava. Fazíamos um breve intervalo e quando nosso chefe tentava retomar o controle da situação... Nova explosão de risos! Uma começava e a outra ia atrás, como se estivéssemos enfeitiçadas.
Depois de várias tentativas de dar continuidade à reunião, sem nenhum êxito, o resultado foram dois homens zangados e duas mulheres leves, com suas almas lavadas pelas lágrimas que rolavam em função de tantas risadas.

Reticências...

De todos os sinais de pontuação o que mais gosto, sem dúvida, é reticências.
Esse sinal deixa qualquer assunto abordado com possibilidade de ser modificado, pensado e enriquecido com mais conteúdo. Ou seja, a porta fica aberta. Talvez seja por isso que me identifique tanto...
Exceto em algumas situações, geralmente deixo a porta aberta. Idéias pré-concebidas, fórmulas de vida, conceitos rígidos, nada disso me atrai. Ao contrário, me cansam.
Toda essa flexibilidade veio com o tempo, acho que é isso que chamam de maturidade. Quando era muito jovem, me apegava a paradigmas como se fossem uma tábua de salvação. Hoje, quero poder experimentar o novo sem ter que dar muita explicação para o velho. Essa rigidez acontecia também com relação à ansiedade por acertar sempre e claro que, quando errava, enlouquecia. Agora estou mais tolerante, embora saiba que possa melhorar nessa questão.
Manter esse blog, que eu adoro, só é possível porque estou um pouco menos exigente. Claro que quando publico qualquer postagem sempre tenho a clareza de que dei o meu melhor. Claro que isso não significa que não cometa erros e nem equívocos, mesmo com todo esse cuidado.
Ainda sobre o blog, muitas vezes ouço comentários interessantes como - "Como tu és corajosa!"; "Tu estás te expondo bastante..."; "Tu não tens problemas em escrever o que pensas.”.
E para essas pessoas eu respondo que não tenho problemas de me mostrar, porque hoje me permito ser quem eu sou, gosto mais de mim mesma. Isso não significa que não vejo meus erros, mas sim que os aceito melhor.
Até mesmo o nome do meu blog – Caminho da Maga – combina com reticências. É um caminho, na verdade o meu, sujeito a todos os tipos de mudanças, turbulências e desvios de rota.

sábado, 18 de setembro de 2010

Manú, a Encantadora

Essa libriana é linda e muito perfumada... Acho, inclusive, que o perfume é natural - ela deve ter nascido com ele.
Existem duas formas de saber se ela está em casa – o latido específico da minha cadela e o cheiro inconfundível do seu perfume.
Ela conquistou toda a família e todos nossos amigos no primeiro passinho que deu em direção a nossa casa...
Nunca havia visto nada igual, mas ela é muito poderosa. Foi só sorrir e pronto, todos ficamos encantados por ela. Defeitos? Claro que tem, mas com aquele sorriso, a gente nem percebe quais são...
Claro que entendo o porquê dela ter causado tanta paixão no meu filho. Ele teve muita sorte por tê-la encontrado e percebo o quanto os dois combinam, mesmo quando rola algum ciúmes - mas nesses momentos o máximo que acontece são alguns arremessos ou estrangulamento em bichinhos de pelúcia, ainda bem.
Lembro quando ela foi apresentada à família, numa festa na minha casa - todos ficaram felizes em ver que ela não só era linda, mas também uma pessoa muito especial. E o mais interessante foi que houve unanimidade, coisa rara num grande grupo reunido e ainda mais quando se trata de família.
Na verdade, só de ver a felicidade que ela trás para a vida do Luan, já seria suficiente para que eu gostasse dela... Sinto, quando os vejo juntos, que foram feitinhos um para o outro.
Acho que ela sabe o quanto a amo, mas é sempre bom aproveitar todas as oportunidades para lembrá-la.
A Manú é como uma filha e me dou conta disso quando me preocupo com ela; quando peço algum favor, opinião ou ajuda; quando fico feliz com a felicidade dela; quando a vejo sorrindo; quando a vejo feliz ao lado do meu filho; quando percebo o quanto é importante saber que ela está bem;...
Obrigada ao Universo por ter nos enviado essa pessoa tão especial...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nossas Casas-Mal-Assombradas

Com todo esse vento, a minha amada árvore caiu hoje pela manhã. Já me despedi dela. Eu e minha mãe pegamos uns galhinhos para tentar dar continuidade à vida daquela amiga, que continua caída em cima do muro roxo.
Hoje, quando vim almoçar em casa e a vi caída, quase morri de tristeza. Tanta luta para mantê-la no jardim... Toda a família era contra a permanência dela – seus galhos tocavam a cerca elétrica e suas raízes estavam levantando todo basalto.
Mas que culpa tinha e como fazê-la entender que não deveria se expandir desse jeito?
Meu marido tentava sempre amenizar o problema cortando alguns galhos, mas sempre que fazia isso, ela soltava um líquido branco que causava uma alergia nos olhos dele e por diversas vezes fomos parar no pronto-socorro. Inclusive, na última vez que fomos, ele foi reconhecido como “o cara do olho”. Fiquei morrendo de vergonha e ele estava tão mal, que não entendeu meu acesso de riso.
Houve uma ocasião, que tivemos até que chamar uma ambulância e quando os para-médicos chegaram, não conseguíamos encontrá-lo na casa porque ele estava dentro da piscina, molhando os olhos para tentar amenizar o problema. Nessas ocasiões, sempre ficávamos preocupados, mas ao mesmo tempo com muita vontade de rir.
Hoje à noite quando cheguei do trabalho e percebi que a árvore não havia sido recolhida, conforme havia solicitado, percebi que embora ela esteja morta, ficou bonita na decoração geral das duas casas. Casas-mal-assombradas, claro...

domingo, 12 de setembro de 2010

Golfe em Três Momentos

O primeiro contato que tive com golfe foi jogando Wii - da Nintendo, com meu filho. Desde a primeira vez que joguei, esse foi o meu jogo preferido, embora tivesse experimentado outros.

O segundo contato foi através de uma revista, dias após ter descoberto o prazer de jogar no Wii: um ator global fazia um relato sobre o quanto o esporte era importante na sua vida. Segundo ele, o prazer e os ensinamentos que o jogo proporciona são surpreendentes.

O terceiro contato, dias após o segundo, também pareceu casual. Embora saiba que ‘nada acontece por acontecer’, fiquei surpresa, quando, ao procurar livros de Deepak Chopra numa livraria, encontrei “Golfe – Sete lições para o jogo da vida”. Inicialmente, não entendi o porquê da escolha desse tema, mas lendo o livro pude entender claramente os ensinamentos do jogo aplicados à vida.
Vou transcrever alguns trechos do referido livro:
“Vencer é paixão com desapego. Vencer através do desapego soa como um conceito estranho, que desencoraja as pessoas. Elas automaticamente comparam o desapego à indiferença ou à passividade. No entanto você precisa se desapegar da vitória para poder vencer.”
“A vitória pode ser espiritual, porque não é apenas o ego que se satisfaz. Toda experiência alimenta a alma. A vitória pode ser doce ou amarga; a diferença repousa exclusivamente no que acontece dentro de nós. A alma deseja experiências doces, mas aprende com as amargas. À medida que abre seu caminho entre esses dois pólos, você se desenvolve espiritualmente.”
“Unir o ego e a alma é um dos maiores objetivos da espiritualidade.”

Confesso que depois desses três momentos, fiquei com muita vontade de jogar golfe, mas no momento estou com um problema no ombro e esse seria o primeiro impedimento para a realização desse sonho. Mas quem sabe no futuro...

O Universo se Manifestando

Dia desses, fui numa festa clássica de família e foi maravilhosa, estava muito bem organizada - a música, a comida e a bebida estavam ótimas. Pude rever pessoas que há muito tempo não via e outras que apenas encontro ocasionalmente, infelizmente.
No geral, me diverti muito. Mas além desses aspectos divertidos, existem os interessantes...
Como se tratava de uma reunião de seres humanos, claro que muitas coisas acabaram acontecendo e nem tudo foi diversão. Lá pelas tantas, à medida que a quantidade de bebida ingerida aumentava, também aumentavam as emoções que circulavam no ambiente.
Começaram então as “lavagens de roupa suja”, brincadeiras de mau gosto, a sinceridade que não cai bem, pessoas que brigam sem grandes motivos, surgem as que estão carentes e querem atenção, as que choram, as que riem ou dançam sem parar, as que ficam com sono, as que querem reatar relacionamentos,... É o universo se manifestando numa pequena amostra de uma espécie.
Quando era mais jovem achava que só na minha família que havia brigas, discordâncias, ciúmes, pessoas passionais... Hoje em dia, esses fatos já não me causam grandes preocupações. Sei que se agruparmos um grande número de pessoas que tenham laços familiares ou de convívio, as chances de conflito são muito grandes.
Como iniciei falando, apesar de todos esses detalhes, me diverti bastante. Acho que hoje vejo com bom humor esses acontecimentos e até consigo perceber e aceitar de forma natural, a riqueza de sentimentos e emoções dos mais variados tipos que se manifestam nessas ocasiões.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dores que Valem a Pena

Duas dores que valem a pena: ao fazermos tatuagem e durante a aplicação de botox.
Quanto às tatuagens, já fiz as três que eu queria, mas com relação ao botox, tenho que repetir a aplicação semestralmente.

Lembro das ocasiões em que fiz as tatuagens, senti muita dor, especialmente quando fiz a da cintura. Mas também lembro das pessoas que me acompanharam e o quanto àqueles momentos foram importantes. Na primeira vez eu e uma prima muito especial fizemos juntas nossas primeiras tatuagens. Embora estivéssemos com muito medo, conseguimos nos divertir...
Nas outras duas vezes, tive a companhia carinhosa do meu amado afilhado mais velho. Ele foi um amor e teve muita paciência comigo, tentando me distrair o tempo inteiro.
Outra experiência que tive foi quando resolvi acompanhar uma amiga muito querida, quando ela resolveu fazer a sua primeira tatuagem.
Lembro de ter sugerido para que ela fizesse uma florzinha ou uma luazinha ou outra ‘zinha’ qualquer... Nada, chegamos ao local e ao conversar com o tatuador vi que ela havia optado por fazer uma trepadeira com rosas grandes, nas costas! Fiquei apavorada – só pensava no que ela seria capaz de fazer com o tatuador, após perceber o primeiro sinal de dor. E foi o que aconteceu - assim que ela percebeu o quanto seria dolorido o procedimento, disse que era para parar tudo e que ela não iria fazer tatuagem nenhuma!
O cara apavorado com a reação dela, disse que colocaria uma pomadinha que iria amenizar a dor. Depois de colocada a tal pomada, ainda assim ela gritava e urrava, foi horrível de assistir. Ela dizia o tempo inteiro: ” - pomadinha... pomadinha... pomadinha... “. Fiquei com essa frase gravada na memória por dias.
Saímos de lá com metade da tatuagem feita e eu morrendo de dor-de-cabeça. Nunca mais voltamos. Acho difícil que ela complete aquela tatuagem algum dia. Ainda bem que mesmo pela metade, ficou bem bonita.

Sobre o botox, não é muito diferente... Acho que é mais dolorido ainda, embora possa contar com a rapidez do meu médico (ele mesmo diz que essa é uma característica muito positiva no atendimento).
Sempre que sento na cadeira, segundos antes de começar a aplicação, lembro de que esqueci meu macaquinho! Refiro-me a um macaquinho de pelúcia que seria muito útil durante o tormento que representam esses momentos. Vocês não imaginam o porquê do macaquinho? Creio que se eu puder estrangulá-lo, mesmo que a dor continue, acho será mais fácil de suportá-la.
Espero não estar apavorando quem nunca fez uso da toxina, mas dói mesmo!
Voltando ao início do texto, embora a dor seja tudo isso que relatei, realmente acho que vale a pena. O resultado sempre é muito bom e com o tempo ainda podemos contar com o efeito acumulativo...

A Nova Maga

Perdoem-me as pessoas em geral, mas tem surgido em mim, frequentemente, uma vontade de ficar sozinha... Especialmente depois de um dia de trabalho.
Meu quarto, minha cama, edredons, meu netbook, a Amy, água, jornal, televisão e esteira.
É uma delícia essa solidão opcional. A imposta, nem pensar.
Como as coisas mudam ao longo da vida, hoje em dia divido bem meus momentos – existem momentos que eu adoro a companhia das pessoas e em outros, a presença de outro ser humano é completamente inoportuna.
Claro que no final de semana quero mais é festa, mas durante a semana quero mais é a clausura.
Outra coisa que não suporto e não adianta mais me convidarem – festa só para mulheres. Acho insuportável e inconcebível.
Se for chá de alguma coisa – fralda, panela... Odeio! Sempre odiei, mas agora me causa náusea.
Aquelas brincadeiras idiotas de pintar o panção da grávida ou pintar a cara da infeliz da quase-noiva cada vez que ela errar o presente, é um horror e completamente sem graça.
Ainda bem que tem surgido outro tipo de festa de mulher onde a presença de homens tem um lugar garantido. Especialmente se ele for sarado e tiver experiência profissional em clube de mulheres...
Um dia desses, me convidaram para ir num clube desses, mas tive uns problemas domésticos que me impediram de ir... Na próxima vez que me convidarem, com certeza não perderei a oportunidade. Até minha mãe está animada para ir junto...
Quando vi as fotos, no orkut, fiquei muito arrependida de não ter ido, foi muito divertido. Além de tudo, o convite veio de umas amigas maravilhosas e que eu amo muito.
Voltando às coisas que gosto de fazer, adoro festas – sem comida, com cerveja ou chopp e muito rock and roll (de preferência, contemporâneo).
Churrasco, só se tiver um bom motivo – rever amigos ou alguma reunião de trabalho.
Estou ficando exigente com relação a tudo e estou valorizando mais o meu tempo livre.
Não quero desperdiçar fazendo coisas que não me causem prazer.
Claro que com relação aos meus filhos e a minha nora, sempre estou disposta a qualquer programação... Amo estar com eles em qualquer lugar, a qualquer momento. É sempre muito prazeroso.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Segurança Pública

Notícia na Zero Hora de hoje: "Justiça atacará impunidade contra fugas nos albergues – Uma nova ofensiva promete apertar o cerco às fugas dos regimes aberto e semiaberto."

Por que nos contentamos com medidas paliativas quando o assunto em pauta é segurança pública?
Hoje, no Brasil, avançamos tanto com relação a estudos e estamos tão bem representados por pessoas que se especializaram nessa área, mas o grande problema continua ocorrendo: faltam programas políticos realmente eficazes contra a violência pública que permitam que os cidadãos possam voltar a andar pelas ruas e não mais fiquem prisioneiros em suas próprias casas. Essa inversão de valores que ocorre - pagamos impostos para que nos sejam garantidos alguns direitos básicos e no entanto, somos as maiores vítimas dessa situação caótica que estamos vivendo hoje no país.
Quando iremos pensar e agir na direção da causa do problema? Quando iremos parar de adotar medidas paliativas, especialmente em períodos pré-eleitorais?
Está passando da hora de pensarmos em projetos políticos contra a violência – temos o dever de parar com medidas politiqueiras e imediatistas que em nada resultarão.
Temos que investir em estudos científicos para detectarmos as causas do problema e é só assim que poderemos descobrir a solução.
Recentemente foi feito um estudo que detectou que muitos dos brasileiros que estão nascendo, não irão ter convivência ou não conhecerão a figura paterna. Isso não seria um bom ponto de partida para caminharmos em direção a uma atitude que realmente possa mudar esse quadro dramático que vivemos?
É inevitável pensarmos na questão do Planejamento Familiar não só como tema de debate em escolas, mas como um projeto político sério e efetivo.
Medidas paliativas podem render espaço em jornais e criar uma falsa expectativa na população, mas é só isso que querem nossos dirigentes políticos e detentores de cargos públicos importantes?
Nesse momento pré-eleições, devemos levar em conta tudo isso. Afinal qual o perfil que queremos que nossos representantes tenham? Queremos politiqueiros simpáticos que distribuam gentilezas e sorrisos ou homens com visão política o que implica em processos muitas vezes a longo prazo mas que tenham conteúdo sério e rico para a construção de um futuro melhor?
Penso também, que ao tratarmos da criminalidade, teremos a oportunidade de nos aproximarmos dos protagonistas da cena - os criminosos; que na maioria das vezes, convivem com violência e criminalidade desde que nascem. São, portanto, vítimas fatais do sistema e por absoluta falta de oportunidade se tornam seres que geralmente iniciam uma trajetória na vida criminosa sem que haja a possibilidade de um caminho de volta à vida na sociedade.
Temos que achar um caminho para que possamos romper com esse ciclo vicioso onde a criminalidade está geralmente ligada a falta de possibilidade de resgate social desses seres humanos, que estão fadados a reproduzirem o mundo que vivem - violento e sem amor.

sábado, 4 de setembro de 2010

Organizada ou Divertida?

Outro dia estava pensando no quanto sou desorganizada...
Fico pensando em todas as mães que são super organizadas... Mas embora mantenham a organização em suas casas e vidas, muitas delas não são tão próximas de seus filhos, disponíveis e divertidas como eu sou, modéstia completamente a parte.
É a lei da compensação - se meus filhos precisam de mim, paro tudo e fico disponível na hora. E o melhor de tudo, é que faço o que faço por eles com muito prazer, sem dor ou carga. Isso vale também quando o assunto é diversão.
Houve ocasiões que eu e meus filhos fomos censurados pelo meu marido tamanha a bagunça que estávamos produzindo aqui em casa.
Sei que estou longe de ser uma mãe padrão, mas talvez seja preferível ser esta mãe-maluca-louca-pelos-filhos a ficar tentando ser algo que jamais conseguiria ser - uma mãe convencional.
Sei que é legal ter uma mãe que cozinha, cuida da casa, ... com jeito de mãe! Mas até que ponto? Até o ponto onde a referida mãe mantém o prazer de fazer tudo isso. Na realidade, acho que a vida de ninguém pode se resumir a isso, cuidar dos outros - mesmo quando se trata de filhos.
Precisamos ter algum espaço que seja nosso - pode ser através de um trabalho, curso, ou outra atividade qualquer que nos traga prazer.
O ideal seria equilibrarmos as coisas, contribuirmos para a organização da casa e da vida, sem perdermos o bom-humor e o prazer em cada momento.

Como Surgem as Postagens

Muitas vezes quando tenho tempo para postar alguma coisa por aqui, não surge nenhuma idéia que valha a pena.
E como decidi publicar apenas textos que sejam importantes, que venham da alma e não só do cotidiano...
Geralmente não tenho dúvida sobre o que deve ser trabalhado e publicado. A finalização também é um outro momento que merece o devido respeito.
Então, nem sempre esses momentos coincidem. Já faz algum tempo que carrego um caderninho na bolsa, para o caso de surgir uma idéia nova.
Outro dia estava dirigindo e as idéias começaram a brotar sem dar trégua, foi horrível. Não tenho boa memória e a quantidade de detalhes que surgiam, num entrelaçamento de idéias, foi algo inusitado. Quando cheguei no trabalho, tratei de colocar tudo no papel, mas alguma coisa deve ter ficado perdida.
Recebi uma sugestão bem interessante para esses momentos: gravar - principalmente quando estiver no trânsito.
Como todos os seres humanos, inicialmente achei que teria o controle sobre a produção destes textos, mas hoje sei que eles não me pertencem. Sou apenas um canal aberto.
Claro que tenho ambições pessoais, como por exemplo contribuir de alguma forma para instigar questionamentos gerais sobre a vida, com o maior número de pessoas possível.
Se isso acontecer algum dia, sinto que terei cumprido meu papel neste blog.