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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nossas Casas-Mal-Assombradas

Com todo esse vento, a minha amada árvore caiu hoje pela manhã. Já me despedi dela. Eu e minha mãe pegamos uns galhinhos para tentar dar continuidade à vida daquela amiga, que continua caída em cima do muro roxo.
Hoje, quando vim almoçar em casa e a vi caída, quase morri de tristeza. Tanta luta para mantê-la no jardim... Toda a família era contra a permanência dela – seus galhos tocavam a cerca elétrica e suas raízes estavam levantando todo basalto.
Mas que culpa tinha e como fazê-la entender que não deveria se expandir desse jeito?
Meu marido tentava sempre amenizar o problema cortando alguns galhos, mas sempre que fazia isso, ela soltava um líquido branco que causava uma alergia nos olhos dele e por diversas vezes fomos parar no pronto-socorro. Inclusive, na última vez que fomos, ele foi reconhecido como “o cara do olho”. Fiquei morrendo de vergonha e ele estava tão mal, que não entendeu meu acesso de riso.
Houve uma ocasião, que tivemos até que chamar uma ambulância e quando os para-médicos chegaram, não conseguíamos encontrá-lo na casa porque ele estava dentro da piscina, molhando os olhos para tentar amenizar o problema. Nessas ocasiões, sempre ficávamos preocupados, mas ao mesmo tempo com muita vontade de rir.
Hoje à noite quando cheguei do trabalho e percebi que a árvore não havia sido recolhida, conforme havia solicitado, percebi que embora ela esteja morta, ficou bonita na decoração geral das duas casas. Casas-mal-assombradas, claro...

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