Um dia desses, meu filho pediu que eu fizesse uns
hambúrgueres e como era dia de ensaio de uma das bandas do meu outro filho,
resolvi fritá-los ao invés de assá-los por ser mais rápido - não queria
incomodar o pessoal da banda que estava num local perto da cozinha.
Tentei lembrar como era fritar alguma coisa e teoricamente pareceu muito
fácil...
Mas foi somente na teoria que foi fácil, só não incendiei a casa por ser uma
pessoa de muita sorte.
Quando vi aquelas labaredas dentro da frigideira, já quase sem poder
respirar - nem o exaustor dava conta de tanta fumaça, percebi que não sabia
mais nem fritar um bife.
É, quase morri queimada, asfixiada e cega, de tanta fumaça que havia naquela cozinha
hermeticamente fechada.
Teve um momento que troquei de frigideira, achando que era esse o
problema...
Finalizei a aventura, rezando para que os bifes não estivem crus ou
queimados.
Quando levei a comida para o meu filho, imaginei que em seguida viria uma
reclamação e já estava com a resposta pronta, caso isso acontecesse: foi o que
deu para fazer!
Nada, meu filho me surpreendeu dizendo que a comida estava uma delícia.
Quase não acreditei, achei que estava brincando... Mas ele havia gostado de
verdade daquela carne, feita no fogo!
Hoje, domingo, fui surpreendida por ele - acaba de pedir que eu faça
novamente os tais hambúrgueres.
Boa sorte para mim, tentei fritá-los, sem óleo - uma pessoa que cozinha
aqui em casa para nós, certo dia fez um delicioso bife desse jeito mais
saudável.
Fiz cinco hambúrgueres e sob o ponto de vista
estético, ficaram lindos!
Fiquei muito feliz, não achava que seria tão fácil. Também, depois daquela
primeira experiência desastrosa...
Quando fui perguntar para meu filho o que ele tinha achado, já esperando uma
resposta favorável, fiquei decepcionada ao ouvir que ele não só não tinha
gostado, como me pediu que na próxima vez fizesse os tais hambúrgueres fritos,
novamente.
Diante de tudo isso, acabei de comprar duas frigideiras e uma espátula
nova...