Páginas

sábado, 25 de junho de 2011

Protetores de Animais

Através desta postagem quero homenagear e agradecer a todos os Protetores de Animais e pessoas que de algum modo contribuem, através de adoção de animais ou outra forma de auxílio ou atitude (é o caso de muitos vegetarianos e veganos), para que esses seres maravilhosos e indefesos sejam mais respeitados no nosso planeta.
Pessoas corajosas, que muitas vezes colocam em risco suas vidas, sem se preocupar com sua integridade física e psicológica.

Estava organizando algumas coisas e encontrei uma crônica do Jornalista Marcos Rolim, publicada no Jornal Zero Hora, em 28 de outubro de 2007, cujo título é "Notas de um aliado", onde ele compara os homens aos animais de uma forma sensível e inteligente:

"Resumindo, a ciência presta reverência ao prodigioso gênio de Darwin, que em 1871 já havia escrito: Mentalmente, a diferença entre os homens e os animais, embora seja grande, é certamente de grau, não de tipo."

E foi lendo o último parágrafo, que fiquei realmente emocionada...
Em poucas palavras, ele disse tudo:

"Bem, resolvi tocar no assunto só porque considero que os que lutam pelos animais estão muito à frente da nossa época. Assim como os que se decidiram pelo vegetarianismo por motivos éticos - pela recusa de compartilhar da dinâmica pela qual os animais são estupidamente submetidos a sofrimento. Por isso, porque reconheço o bem que promovem e porque identifico em vegetarianos e veganos (os que recusam produtos de origem animal) uma força moral superior a minha, tenho sido, pelo menos, um aliado. Não é muito, sei, mas pelo menos não atrapalho."

sábado, 11 de junho de 2011

Cirurgia - Apicetomia

ANTES
Fui a uma consulta de dentista, fazer revisão e mostrei para ela uma pequena bolinha, vermelha, no alto da gengiva, bem acima do meu incisivo lateral esquerdo.
Fiquei assustada com a expressão do rosto dela e mais ainda quando ela chamou outro colega para olhar meu problema que até então achava nem ser muito importante...
Piorou quando ela chamou meu outro dentista que atualmente esta se dedicando a implantes dentários...
Pré-diagnóstico: uma fístula, mas teria que fazer uma consulta com o meu endodontista.
Pré-indicação: cirurgia (apicetomia) ou implante dentário.
Claro que saí do consultório quase que chorando, afinal havia ido apenas para fazer revisão e...
Marquei consulta com meu endodontista e inicialmente ele me disse que não haveria por que fazer um implante, o problema poderia ser resolvido com cirurgia, só que eu teria que voltar no meu dentista para a retirada de um pino que foi colocado durante uma restauração do dente, após eu ter retirado o aparelho ortodôntico.
Lá fui eu fazer a retirada do pino e fiquei chocada quando a assistente do meu dentista me disse que faria um molde dos meus dentes!
Perguntei o porquê e ela me disse que o dentista teria que fazer uma prótese, ou seja, destruir a coroa do meu dente, para que pudesse visualizar melhor o local para a retirada do pino!
Quase morri, pedi que chamasse o dentista e ele confirmou tudo!
Quase enlouqueci, combinamos que eu pensaria melhor e depois resolveria o que fazer.
Liguei para o consultório do endodontista (ele já havia falado com meu dentista) e ele me disse que nada poderia fazer por que se recorresse à cirurgia eu teria perda óssea e não poderia, no futuro, fazer um implante dentário, caso precisasse. Só que ele não poderia ter acesso à lesão sem a retirada do pino...
Fiquei triste, decepcionada e sem saber o que fazer.
Senti que estava abandonada, afinal os três profissionais que me atendem há tanto tempo estavam sinalizando que talvez eu tivesse que fazer um implante dentário, coisa que eu não queria mesmo!
Lembrei então da minha maravilhosa ortodontista - liguei para o consultório e como ela não estava, falei com a maravilhosa secretária dela e pedi uma indicação de endodontista.
Ela falou o nome e disse que minha dentista indicava sempre aquele profissional em função dele ser maravilhoso.
Marquei a consulta e o adorei desde o primeiro instante que o vi.
Após o relato do caso ele me perguntou se eu estava insatisfeita com a estética do meu dente. Disse que não, ao contrário.
Pediu uma tomografia e a partir daí disse que valia a pena fazer a cirurgia.
Após analisar o resultado do exame, marcou a cirurgia para a semana seguinte.
Claro que comecei a sofrer por antecipação desde o primeiro segundo.
Perguntei tudo: quanto tempo de repouso? (3 dias), quantos pontos? (mais ou menos 10), tempo de duração? (poderia durar até 2h30min), sentiria dor no período pós-operatório? (não, o que mais iria incomodar seria o desconforto dos pontos),...
Cheguei uns 20 minutos antes do horário marcado, sozinha e apavorada!
Duas amigas se ofereceram para me acompanhar, mas eu disse que não seria necessário - sou assim: muitas vezes nas situações difíceis prefiro ficar sozinha.
No dia marcado, quando entrei para a sala de cirurgia, falava sem parar e fazia muitas brincadeiras - sinal de que estava muito nervosa!
O dentista quase me mandou ficar quieta quando disse: confia em mim!
Eu disse que confiava cegamente e então tudo começou.

DURANTE
A primeira ação foi a colocação de um campo cirúrgico que tapava quase todo o meu rosto só deixando descoberto meus olhos, nariz e boca.
Ele me pediu que mordesse algo que parecia ser gaze e permanecesse assim durante todo o procedimento.
A seguir colocou pomada anestésica na região onde seria feita a anestesia.
Logo em seguida, após perceber que já estava anestesiada, falou que eu sentiria uma pressão...
Sabia que ele estava fazendo o tão temido corte, aquele dos vídeos e fotos...
Lembrei de quando fiz cesariana há 14 anos, quando o médico me disse que sentiria uma pressão...
Bem, os minutos que se seguiram foram bem "fortes" e no final senti um pouco de dor em função do efeito da anestesia estar acabando.
Inclusive, os últimos pontos foram na coragem.
O maravilhoso de tudo, é que durante a cirurgia foram feitas duas radiografias e após isso, o dentista me deu a boa notícia de que tudo havia dado muito certo.

DEPOIS
Quando finalmente acabou, eu desabafei: foi igual a uma cesariana.
O dentista, que estava organizando seus instrumentos se virou e pude ver que ele ficou um pouco surpreso com a minha colocação, mas pelo que lembro foi mesmo parecido em termos de "força" (para não dizer agressão)...
Claro que não foi por culpa dele, é uma cirurgia um pouco complicada porque é mais demorada e o corte feito tem que ser grande para que possa ser feito o acesso ao local.
Enquanto ele providenciava a receita e recomendações por escrito, comecei a mexer na minha bolsa a procura de um espelho e ele perguntou curioso o que eu estava fazendo.
Quando ele viu que do que se tratava, falou rapidamente: - Não faz isso, vai rebentar os pontos!
Expliquei que só estava tentando ver os pontos... Um dos meus piores medos!
As principais recomendações foram: repouso, principalmente não podia falar pelas próximas 24 horas, comer só líquido ou comida pastosa, não ingerir nada quente.
Despedimo-nos então e ele sugeriu que eu esperasse a chegada do meu marido ali, na sala de espera.
Eu disse que estava bem e preferia esperar no saguão do prédio.
Quando cheguei ao saguão e percebi que não havia onde sentar, fiquei preocupada porque era muito cedo e meu marido levaria mais algum tempo para chegar.
Resolvi esperar na rua, e tive que esperar por uns 10 minutos.
Quando entrei no carro, finalmente, notei que meu marido tinha nas mãos o papel que eu havia lhe dado com o endereço do consultório.
Eu disse, com grande dificuldade, embora estivesse proibida de falar, que ele deveria dobrar à direita para que pudéssemos chegar mais rapidamente em casa.
Percebia que cada vez que sugeria o local para dobrar, era ignorada por ele.
Achei estranho e pensei que ele poderia preferir ir por outro caminho, mas...
De repente, ainda com o papel na mão me disse: - Passamos o número!
Louca para rir, peguei o papel e disse que já havia feito a cirurgia!
Ele ficou "perdido", dizendo: - Por que tu não me disseste para vir mais cedo???
Na verdade não vi nenhuma necessidade de estar acompanhada, até porque gostei muito do dentista e a simples presença dele, me deixou segura.
Em casa já havia providenciado um caderno e canetas perto da cama e pijamas confortáveis e bonitos.
Só voltei a falar uns 3 dias depois da cirurgia e mesmo assim com alguma dificuldade.
Fiquei muito inchada e só esse motivo já era suficiente para dificultar a fala.
Cada vez que tentava, sentia um pouco de dor e muito desconforto.
Quanto à dor, pude confirmar o que ele havia dito: foi pouca, o pior foi mesmo o desconforto em função dos pontos.
Dois dias antes da retirada dos pontos, comecei a notar uma piora do desconforto e um pouco de dor bem em cima, próximo do nariz.
Fiquei preocupada e depois soube que foi em função de um ponto que acabou me machucando, nada grave.

RETIRADA DOS PONTOS
O momento da retirada dos pontos, oito dias depois: para mim, um dos piores...
Mas apesar de todo medo, deu tudo certo e fiquei ótima!
A dor que estava sentindo desapareceu no exato momento da retirada daquele ponto no local mais extremo.
Quando dias antes liguei para o consultório para alterar o horário, fiquei muito aliviada quando a assistente disse que poderia ser num encaixe, porque seria muito rápido.
Ainda bem que, embora tenha doído um pouco em função daquele ponto mais "complicado", deu tudo certo, foi muito rápido realmente e fiquei ótima.