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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dor

Sempre que vejo um animal abandonado ou sofrendo maus tratos, tenho vontade de morrer, sinto uma dor sem fim.
Sei que não adianta ficar chorando ou deprimida, mas isso está além do meu controle.
Não consigo nem me aproximar muito dos problemas que envolvem os bichos, principalmente os de rua. E quando auxilio, tenho que manter algum distanciamento porque fico muito mal.
Muitas vezes tenho vontade de pedir às pessoas que não me contem nada referente a problemas que envolvam animais...
Tenho vontade de adotar todos que vejo e como não é possível, vou fazendo o que posso.
Vejo a causa que envolve a Proteção aos Animais como a mais importante da atualidade, e acho que aos poucos a humanidade está se dando conta disso.
Espero viver o dia em que finalmente os animais sejam respeitados e cuidados como merecem.

domingo, 28 de novembro de 2010

Samba

Continuando o assunto da postagem anterior...
Cheguei à conclusão que muitas vezes exijo muito de mim mesma, quando digo que gosto ou que não gosto.
O exemplo disso é com relação ao samba. Sempre digo que não gosto, mas adoro a música Mina do Condomínio do S. Jorge - e é samba-rock.
Sábado passado, outra vez tive que rever meus conceitos - fomos ao aniversário da Deputada Maria do Rosário que foi comemorado na quadra da Escola de Samba Império da Zona Norte e quando a escola fez a apresentação, vi aqueles negros e negras com aquela cor de chocolate (aparece aí minha crise de abstinência por causa do regime), adorei!
Foi uma amiga que insistiu para que fossemos e valeu a pena.
Fiquei até me questionando no porquê de não ter me dedicado a aprender a sambar e nunca mais ter ido a um ensaio. Como faz muito tempo que não assisto a ensaios ou aos desfiles de escolas de samba, tinha me esquecido o quanto gostava.
Vou de um extremo ao outro, agora parece que meu estilo favorito de música é o samba! Definitivamente não é, mas vou ter mais cuidado ao dizer que não gosto...

sábado, 27 de novembro de 2010

Pecado

De alguma forma aprendi, e está sendo difícil desaprender, que sempre devo me posicionar sobre tudo.
Ficar em cima do muro é muito feio. Não saber se gosto ou não gosto, sem definição ou posicionamento, é proibido.
Mas voltando à essência do ser humano: nossas células tão mutáveis, nosso corpo e mente tão adaptáveis, quando saudáveis... Isso não combina com posicionamentos engessados.
Acho que muitos segredos da alma estão nessa essência misteriosa e encantadora que é o nosso corpo humano. A inteligência e versatilidade de nossas células e órgãos nos transmitem todo o mistério da existência.
Fazendo uma humilde leitura dessa mensagem, percebo que somos seres mutantes e transformadores. Portanto, podemos mudar de idéia e de vontade sem, muitas vezes, aviso prévio.
Não, não é pecado dizer, às vezes, que não sei, que não quero mais o que queria a minutos atrás, que agora penso diferente, que resolvi ir embora ou que quero ficar quando todos resolveram ir,...
É maravilhoso ouvir o que nossa essência tem a nos dizer, e é muito libertador e prazeroso quando nos permitimos ir nessa direção.

domingo, 21 de novembro de 2010

"Trem das Onze"

A minha postagem sobre o fato de ser filha única fez com que eu me lembrasse de algo intimamente ligado a esse “problema”.
Quando criança, sempre que meu pai ouvia a música Trem das Onze, de Adoniran Barbosa, me chamava e fazia brincadeiras. Embora soubesse que ele não fazia por mal, odiava calada cada vez que isso acontecia.
A associação que faço até hoje, quando ouço essa maldita música, é automática. Odeio desde o primeiro acorde e acho que tudo de ruim que eu sentia por ser filha única, depositei nessa canção.
Para quem não conhece a música, ela conta a história de um homem, filho único, que não pode ficar com a amada porque precisa voltar para casa e sua mãe não dorme enquanto ele não chegar.
Muito embora hoje em dia essa questão de ser a única filha já esteja mais bem resolvida na minha vida, sobrou a raiva que sinto da música.
Ainda bem que geralmente temos criatividade para poder superar, ou pelo menos conviver bem, com nossos traumas...

Quando a "Pública" entrou no meu blog...

Adoro a banda Pública e embora não conheça bem todas as músicas, consigo identificá-la pela bateria.
Agora mesmo, enquanto estava finalizando uma postagem, aconteceu isso nos primeiros acordes da música – ouvi aquela bateria maravilhosa...
Acabei me desconcentrando do que estava fazendo e aqui estou eu em outra postagem nada a ver com a que estava trabalhando.
Como é bom experimentar a liberdade!
Sei que na vida real as coisas geralmente não funcionam assim, mas adoro deixar o meu lado anárquico livre para voar, sempre que é possível.
Obrigada blog, te amo!
Ah, a música era Lugar Qualquer.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Inveja

Fiz análise por algum tempo e uma das coisas mais interessantes que descobri foi que sentia inveja, muita inveja.
Sempre que alguém falava que esteve na casa da irmã no final de semana, que levou o sobrinho para passear ou qualquer outra situação imaginável com relação a irmãos, sempre me sentia mal. Não sei quando isso surgiu pela primeira vez, mas lembro que não sabia denominar o que era aquele sentimento.
Sou filha única e não gosto de ser. Quando era criança, minha mãe ficou grávida mas acabou perdendo o bebê. Até então, sonhava com a chegada do meu irmãozinho...
Foi durante uma sessão de análise que descobri que aquele sentimento estranho, era inveja. Inicialmente, fui construindo no imaginário a sensação e com o tempo passei a achar normal, já que havia sofrido muito quando minha mãe perdeu o bebê.
Hoje, passado alguns anos, lido melhor com essa questão, até porque sei que tenho uma irmã-prima-melhor-amiga com quem posso contar a qualquer hora do dia ou da noite. Sem falar em alguns amigos que também são como irmãos...

Vingança Perfeita!

Nós mulheres, nos preocupamos com nosso peso corporal desde sempre, enquanto que nos homens essa preocupação não aparece tanto. Mas enquanto nós engordamos gradativamente ao longo da vida, com os homens acontece diferente, a natureza é mais cruel. Geralmente, quando eles atingem uma certa idade, acontece a tragédia: salta aquele barrigão...
Essa é a vingança perfeita!


Emprestei esse espaço, aí em cima, para a idéia de uma querida amiga. Quando ouvi seu comentário sobre esse assunto, achei muito interessante.

É verdade, nós mulheres nos preocupamos muito com nosso peso ao longo de nossas vidas e fazemos de tudo para emagrecermos.

Quanto ao aparecimento repentino da barriga nos homens... Sem dúvida! Eles dormem normais e acordam como se estivessem grávidos!

Agora, quanto à vingança, achei curioso. Por que mesmo temos que nos vingar dos homens? Foram eles que nos impuseram as tais regras e estereótipos de beleza?
Em certa ocasião, trabalhava num local onde éramos 10 funcionários ao todo - 4 mulheres e 6 homens. Fizemos uma pergunta, separadamente, aos nossos colegas - qual o tipo físico de mulher que tu achas mais interessante? Todos disseram que não gostavam de mulheres muito magras e preferiam as mais "curvilíneas". Embora o nosso projeto de pesquisa tenha sido com uma pequena amostra de homens, acho que essa é também a opinião da maioria.
Vejo que nós mulheres, geralmente, somos muito mais cruéis, exigentes e críticas entre nós do que são os homens.
Então por que nos vingarmos deles?

domingo, 14 de novembro de 2010

A primeira festa infantil de Amy

Hoje, foi a festa de aniversário de 12 anos de uma menina que eu amo muito e por isso, não poderia deixar de ir. Até porque ela não só nos mandou convite, como reforçou pelo MSN.
Até aí tudo bem, só que eu tive uma idéia que desde o início eu sabia que seria, no mínimo, cansativa.
Fomos eu, minha mãe, a filha de minha prima, de 12 anos e ... a Amy! Para quem conhece minha filha-bicho-mais-nova já pode imaginar o que eu passei.
Eu resolvi que a levaria quando fui me arrumar para sair e vi, nos seus olhinhos, uma certa tristeza, como se ela soubesse que iria ficar sozinha. Morri de pena...
Pensei também, que como a festa seria numa casa com pátio enorme, não haveria maiores problemas.
Quanto a dona da casa, a mãe da aniversariante, ela é minha prima e nos criamos juntas como irmãs. Sabia que ela não se importaria que eu levasse a Amy.
Só que eu esqueci de um detalhe: festa de criança tem o que mesmo? Muitas outras crianças! E a Amy como não está acostumada com crianças, ainda mais correndo ou em movimento, ficou completamente nervosa, latiu quase que o tempo inteiro!
Cheguei em casa como se tivesse participado de dez maratonas, estou exausta...

Seres Perfeitos

Moro numa casa com minha família e minha mãe mora em outra casa que fica no mesmo terreno.
Ela, como eu, adora animais e agora está alimentando os pássaros que moram no meu telhado e em outros locais na vizinhança. É lindo de ver como eles se aproximam de nós em busca de alimento. São seres perfeitos e a simples presença deles é suficiente para nos alegrar.
Havia um terreno abandonado ao lado de nossa casa, com muitas árvores. Durante a "limpeza" do terreno, além de sentirmos muita dor pela morte daquelas belas árvores, sabíamos que esses seres tão pequenos e frágeis, sofreriam demais. Hoje em dia, já foi construída uma casa no local e, portanto, as possibilidades deles se alimentarem foram drasticamente reduzidas.
Como não entendemos muito de pássaros, dávamos os grãos que tínhamos disponíveis em casa.
Hoje fomos ao supermercado e resolvemos comprar alimento adequado para esses nossos novos amigos. Comprei ração para cachorro e gato como sempre faço e acabei me esquecendo da comida deles.
Na última hora, fui rapidamente comprar e encontrei um saco onde dizia: "alimento para pássaros". Perfeito, pensei. Quando estava pagando percebi que havia mais coisas escritas no saquinho da comida: "comida para pássaros especiais". Me questionei se nossos pássaros eram especiais e não tive dúvida nenhuma. Afinal, todos são especiais!

sábado, 13 de novembro de 2010

Não!

Às vezes, dá uma vontade de dizer não...

- Não gosto deste tipo de festa, então não irei.
- Não quero mais perder tempo com bobagens, estou indo...
- Não gosto deste tipo de música.
- Não acho graça de suas piadas, portanto, não vou rir.
- Não quero atender o telefone.
- Não quero comprar nada, já tenho tudo que preciso.
- Não quero conversar, estou cansada e quero ficar sozinha.
- Não tenho como conseguir emprego para ninguém.
- Não serei mais usada por falsos amigos, me esqueçam.
- Não concordo com o que tu estás dizendo e/ou fazendo.
- Não...


Hoje em dia já consigo me posicionar melhor sobre tudo. Tenho mais claro o que realmente é importante na minha vida e a partir daí, estabeleço minhas prioridades. Claro que existem situações delicadas que exigem um pouco mais de cuidado, mas apesar disso, tenho conseguido ser muito mais verdadeira.
Aprender a dizer não quando necessário, é aprender a nos auto-respeitarmos.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Nossas Escolhas

Dias desses, encontrei uma conhecida que eu achava que tinha traços muito semelhantes aos de aquarianos (meio louquinha) e pedi seus dados, por pura curiosidade, para verificar qual seu ascendente e lua. Descobri então, que ela tem o sol em capricórnio, ascendente em peixes e lua em aquário. Acertei!
Passado algum tempo, eu estava com uma grande amiga que também é aquariana como eu e encontramos essa conhecida. Aproveitei a oportunidade para contar sobre o que havia descoberto.
Ela então nos disse: "Que legal que eu tenho a lua em aquário! Aquarianos estão sempre à frente do seu tempo!"
Minha amiga aquariana então disse: "Eu, estou sempre perdida..."
Nossa conhecida com lua em aquário insistiu: "Não, sempre à frente!"
Minha amiga concluiu então, com bom humor: "Estou sempre à frente, só que perdida..."
A outra teve que rir, sem entender nada...
Acredito em astrologia e acho mesmo que as características gerais das pessoas dependem do mapa astral delas. Mas se considermos que todos somos um, veremos que temos em nós todas as características humanas que conhecemos, só que algumas estão latentes e somente aparecerão em determinadas circunstâncias, enquanto que outras, nunca surgirão.
Existem realmente essas tendências astrológicas, mas tudo dependerá, principalmente, das escolhas que fizermos ao longo de nossas vidas.
Nós aquarianos, temos realmente uma tendência a nos anteciparmos aos fatos, vivermos no futuro ou à frente. Eu acho que isso pode não ser tão bom quanto parece ser, porque o futuro é somente uma projeção de fatos que achamos que irão acontecer. É no presente que temos que ficar, e é somente no "agora" que as coisas são reais.

Separação

Estava a caminho do meu trabalho, no carro, quando vi uma amiga, que não via a algum tempo, atravessando a rua. Notei que ela estava muito elegante e com um estilo completamente diferente.
Pensei imediatamente: será que ela se separou do marido? Em seguida me surpreendi com meus pensamentos e fiquei me questionando...
Já havia notado que muitas pessoas que se separam ficam em choque num primeiro momento para no segundo reagirem. E um dos primeiros passos nessa direção, passa pela mudança de aparência e de estilo de vida.
Acho que vale a pena tentar tudo o que puder ajudar a nos reequilibrar num momento como esse, geralmente, tão doloroso.
Nunca estive numa situação dessas, acho que sofreria bastante. Imagino que no caso de casais com filhos, a situação é muito mais delicada.
Certa vez, li sobre uma pesquisa feita por um psicólogo, com filhos de pais separados das mais diferentes faixas etárias, classe social, escolaridade - quando questionados sobre o que mais desejavam na vida, houve quase que unanimidade com relação à resposta: "Gostaria que meus pais voltassem a viver juntos.”
Mas quando a separação é inevitável, reinventar a vida é a única saída e cada um tem que encontrar um caminho para poder seguir adiante. O final de um relacionamento não significa necessariamente que o mesmo não tenha dado certo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Paul McCartney

Paul McCartney

Ontem, como geralmente faço segundas-feiras depois do trabalho, fui jantar com meu filho mais velho.
Foi maravilhoso como sempre. Continuamos a conversa, "que não quer acabar", sobre o show de Paul MacCartney. Entendo a empolgação dele, afinal o show foi perfeito em todos os aspectos esperados: a começar pela linda e afinada voz de Paul, a qualidade do som, a estrutura do palco, a pontualidade do início do espetáculo, o público educado - com a presença de muitas crianças, etc.
Embora nunca tenha sido muito fã dos Beatles, me arrependi muito por não ter participado dessa catarse coletiva... Um show que entrará para a história da cidade, sem dúvida.
Quando almoçamos no domingo, dia do show, fiquei morrendo de pena porque meu filho e a namorada não haviam conseguido comprar ingressos e estavam sem saber o que fazer. E quando no meio da tarde, os dois saíram em busca de ingressos de última hora em frente ao Beira-Rio, fiquei na torcida para que tudo desse certo. E deu!
Ainda hoje, assistindo a um jornal local na TV, novamente foi apresentada uma nova matéria sobre o grande espetáculo. Percebi então, o quanto o músico ainda se faz presente na cidade que tanto encantou.
Mas o que mais adorei nesse músico perfeito e completo é que, embora ele seja um "Deus da Música", ele consegue manter a simplicidade e a interlocução com seu público. Salto alto, para Paul, só mesmo nos sapatos...

domingo, 7 de novembro de 2010

Serra, o Personalista

Zero Hora de 07/11/2010, página 22:
"Para os que nos imaginam derrotados, nós apenas estamos começando uma luta de verdade" - José Serra, que concorreu à Presidência da República.
Contra quem ele está querendo lutar? Será que é contra fome, miséria, falta de leitos em hospitais,...? Ou será que é contra o povo brasileiro que não o elegeu?
Este senhor deve estar torcendo para que o governo de Dilma não dê certo e ele possa então “lutar”.
E pensar que uma pessoa dessas chegou perto de ser o Presidente do Brasil!
Ainda bem que isso não aconteceu, porque vemos que esse senhor precisa urgentemente ser medicado com uma substância que não está presente em nenhuma parte do seu corpo ou alma: humildade!
Saber perder, sem dúvida, é tão importante quanto saber ganhar. O derrotado Serra sequer sabe o significado da palavra.
Outro aspecto que ele deixa muito claro neste momento pós-eleições, é que a única preocupação que tinha e tem é com relação a seus projetos pessoais.
Não vi, depois do resultado das eleições, nenhuma declaração vinda desse senhor personalista no sentido de se colocar preocupado com o futuro do país.
No mínimo, ele deveria ter se colocado a disposição para contribuir com o novo governo, independente de posicionamentos político-partidários, tendo em vista que considerável parcela do povo, através de seu voto, apostou nele.

“Auxílio Moradia de Luxo”

Lendo a Zero Hora de hoje, ficamos sabendo que fomos roubados pelo poder corporativo da Magistratura gaúcha.

Na matéria “Auxílio Moradia de Luxo”, da página 10, soubemos o absurdo que é a auto concessão de auxílio moradia para desembargadores e juízes que já possuem residências próprias, sem falarmos que seus salários possibilitam que tenham condições de adquirirem um patrimônio razoável.

Mais uma vez vemos verbas públicas que poderiam ir para áreas tão carentes como saúde, educação, moradia e segurança irem para bolsos de poucas pessoas que já detêm situação financeira bem razoável.

Estamos falando de cerca de 600 milhões de reais!

Além da vultuosidade dos valores envolvidos, chama a atenção o fato de que o benefício refere-se ao ano de 1994, portanto, há 16 anos.

A ganância e a insensibilidade dessas pessoas não têm limites.

Como conseguem viver sabendo que estão obtendo privilégios desviando valores que poderiam ajudar tanto nosso povo mais carente?

Estes fatos se deram através de atos administrativos extremamente corporativistas que precisam ser fiscalizados com rigor pelos órgãos competentes.

E após, constatadas as irregularidades, seus autores devem ser rigorosamente responsabilizados e punidos.

Além disso, essa gente tem que devolver esse dinheiro aos cofres públicos!

sábado, 6 de novembro de 2010

Uma relação complicada...

Hoje aconteceu a festa de aniversário do meu afilhado de 9 anos. Foi numa dessas casas de festas onde tudo ocorre de forma perfeita e muito divertida para as crianças.
Ver ele tão feliz me deixou feliz, apesar de não poder usar os brinquedos... Estou brincando, mas que dá vontade dá. Tinha uma daquelas paredes com vários tipos de pregos ou seja lá o que for, para escaladas.
Logo que cheguei no local e vi o brinquedo, notei que não havia nenhuma criança por perto e fiquei louca para usá-lo. Inclusive, ao fazer esse comentário com minha amiga e mãe do meu afilhado, que já sabe que sou meio louca, ela disse: vai lá! Claro que não fiz isso, até porque minha roupa e calçado eram impróprios e não sei se o equipamento suportaria meu peso.
O único problema de participar dessas festinhas de criança, são as comidas e os garçons e garçonetes super legais que a todo o momento nos oferecem tudo de melhor que existe em termos de comida "vindas diretamente do paraíso" e não recomendadas para gordinhos e sequer para magrinhos. Havia uma barraquinha onde serviam crepes de todos os sabores imagináveis, batata frita, cachorrinhos, salgadinhos, churrasquinhos, marshmallows e morangos com cobertura de chocolate, bolo de chocolate perfeito, docinhos de todas as espécies,...
Saí da festa dizendo que nunca mais iria poder comer. Nós os adultos, que nessas ocaisiões somos impossibilitados de usufruir o prazer de brincar, sempre somos compensados com o prazer de comer e, portando, o resultado só poderia ser este.
Semana que vem tenho reconsulta com minha endocrinologista e acho que vou mandar uma amiga bem magrinha no meu lugar! Estou sem coragem de encarar aquela linda e magra mulher me perguntando qual a real intenção que tenho quando falamos em regime? Sei que minha relação com comida é complicada e tenho que repensá-la...
A única coisa que estou fazendo conforme a recomendação da médica é com relação ao número de vezes que devo comer durante o dia: 7.
Sei que o caminho que devo percorrer até chegar a um corpo magro e saudável é longo, tendo em vista que embora a quantidade de vezes que me alimento esteja correta, não estou obedecendo corretamente os dois pontos principais da dieta - qualidade e quantidade do que como.

Mulher em Manutenção

Esta é a quarta vez que tento desenvolver um texto e não consigo!
Embora os temas com os quais estivesse tentando trabalhar fossem extremamente importantes para mim, eu não estava conseguindo passar verdade.
Iniciei escrevendo sobre animais, depois sobre preservação da natureza e por último estava tentando contar como é difícil estar acima do peso e não conseguir fazer regime.
Os três textos estão guardados nos meus rascunhos e com certeza voltarei a pensar sobre eles em breve. Mas hoje algo está me impedindo, e sei o que é.
Desde ontem venho me sentindo reprimida, sem poder me expor muito. Sei que em muitos momentos da vida, a melhor saída é nos recolhermos. É o tipo de solidão que é necessária para que possamos nos entender e vir a nos conhecer melhor.
É, estou mal acostumada com relação a este espaço que tenho aqui. Sempre que surge algo novo ou interessante em minha vida, divido com quem estiver disposto a me visitar.
Mas existem assuntos que não cabem em blogs.
Estou me sentindo como se estivesse 'em manutenção para postagens'...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

"Atividade Paranormal 2"

Meu filho de 14 anos nos convidou para irmos ao cinema assistir "Atividade Paranormal 2". Fomos ele, eu, minha mãe e mais dois outros adolescentes.
Como sempre acontece quando vou assistir filmes de terror ou de suspense, me arrependo da escolha assim que sento na poltrona da sala de cinema.
Neste caso, o filme sugere o tempo inteiro que a história é real: uma família que costuma filmar com bastante frequência situações diversas do cotidiano de sua casa e que após um arrombamento, fazem instalação de câmeras de segurança. E é através dessas lentes que assistimos ao filme.
No início, inclusive, aparece um agradecimento à família dos mortos sugerindo, portanto, que as gravações foram cedidas pelos que "sobraram".
Claro que logo que chegamos em casa, fomos direto para a internet pesquisar sobre a veracidade da produção. Descobrimos que a história não é verdadedeira, embora tenha havido uma inteligente estratégia de marketing, seguindo os passos do filme "A Bruxa de Blair".
Um filme para não dormir no cinema. Até mesmo nós que fomos na sessão das 21h45, não piscamos os olhos.
Apesar da velocidade estrategicamente lenta dos acontecimentos, nossa respiração ficou quase que suspensa. No final, eu já estava cansada de tanto medo.
Saímos do cinema por volta das 23h30 ainda apavorados e comentando o filme freneticamente!
Eu e meu afilhado, que tínhamos que acordar cedo no dia seguinte, nos perguntávamos: como vamos dormir agora?
Fico pensando no porquê de escolhermos como diversão ficar 90 minutos com tanto medo...
Já não basta o pavor que temos quando saímos às ruas e nos expomos a todo tipo de violência?
Acho que a resposta está no tipo de medo - o do cinema é controlável. Ao assistirmos a um filme, sabemos que é ficção e que sairemos da sala ilesos mesmo que uma família inteira seja exterminada na tela.
E outra coisa - às vezes é muito bom colocarmos uma dose extra de adrenalina no nosso sangue...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Tango

Assisti ao filme "Dançar - Despertar de um Desejo" por indicação da minha mãe e por ser um filme que tem como foco principal a dança.
Esse drama francês que teve três indicações para o César (Oscar Francês), conta a história de um homem de 50 anos, divorciado, entediado com a vida que leva e insatisfeito com seu trabalho num cartório.
Certo dia, ele passa mal e após uma consulta médica fica sabendo que sua saúde não está muito boa e que precisa praticar alguma atividade física. Ele resolve então, fazer aulas de tango.
Durante as aulas, ele conhece uma mulher bem mais nova do que ele, por quem se apaixona. Aos poucos a aproximação acontece entre os dois, tendo o tango como testemunha.
Porém, o que ele não sabe é que ela está prestes a se casar...
O filme que é bastante denso, aborda ainda, com delicadeza, as relações entre pais e filhos.
Embora a dança tenha destaque no drama, a trilha sonora rouba completamente as cenas com as músicas maravilhosas do argentino Osvaldo Pugliese.