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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Inveja

Fiz análise por algum tempo e uma das coisas mais interessantes que descobri foi que sentia inveja, muita inveja.
Sempre que alguém falava que esteve na casa da irmã no final de semana, que levou o sobrinho para passear ou qualquer outra situação imaginável com relação a irmãos, sempre me sentia mal. Não sei quando isso surgiu pela primeira vez, mas lembro que não sabia denominar o que era aquele sentimento.
Sou filha única e não gosto de ser. Quando era criança, minha mãe ficou grávida mas acabou perdendo o bebê. Até então, sonhava com a chegada do meu irmãozinho...
Foi durante uma sessão de análise que descobri que aquele sentimento estranho, era inveja. Inicialmente, fui construindo no imaginário a sensação e com o tempo passei a achar normal, já que havia sofrido muito quando minha mãe perdeu o bebê.
Hoje, passado alguns anos, lido melhor com essa questão, até porque sei que tenho uma irmã-prima-melhor-amiga com quem posso contar a qualquer hora do dia ou da noite. Sem falar em alguns amigos que também são como irmãos...

4 comentários:

  1. Sou filho único e adoro! Tudo pra mim, não preciso sentir inveja do maninho(a). Como é bom ser mimado! Não sou o centro do universo, sou o próprio universo!
    (Luiz Fernando antes da análise). Abç!

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  2. Que amor...
    Sempre tive o hábito de perguntar aos filhos únicos o que eles achavam?
    99,9% dizem que gostam. Veja bem: "dizem"...
    Abraço.

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  3. "Dizem", exatamente. Quando tive que me virar, vi que estava muito mal preparado. Meu primeiro emprego foi de auxiliar de escritório no Projeto Rondon. Logo na primeira semana, confortavelmente instalado no setor, o chefe pediu para eu ir aos bancos fazer uns pagamentos, e me ofereceu dinheiro para o ônibus. "Não vou! Vocês não tem boy por aqui?" Imediatamente fui chamado na sala do diretor (o saudoso e maravilhoso prof. Tide José Martins). "Menino, somos uma equipe. Quando você precisar que alguém faça a sua função, como vai ser?". Naquele dia percebi que as coisas mudaram.

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  4. Que bom que existia o Prof. Tide por perto...
    Outra coisa boa foi o fato de tu teres externado o que pensavas e isso acabou te proporcionando um aprendizado.
    Tu poderias ter te reprimido ficando calado e muito chateado por teres que fazer o serviço, e com isso criado outros problemas.

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