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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Segurança Pública

Notícia na Zero Hora de hoje: "Justiça atacará impunidade contra fugas nos albergues – Uma nova ofensiva promete apertar o cerco às fugas dos regimes aberto e semiaberto."

Por que nos contentamos com medidas paliativas quando o assunto em pauta é segurança pública?
Hoje, no Brasil, avançamos tanto com relação a estudos e estamos tão bem representados por pessoas que se especializaram nessa área, mas o grande problema continua ocorrendo: faltam programas políticos realmente eficazes contra a violência pública que permitam que os cidadãos possam voltar a andar pelas ruas e não mais fiquem prisioneiros em suas próprias casas. Essa inversão de valores que ocorre - pagamos impostos para que nos sejam garantidos alguns direitos básicos e no entanto, somos as maiores vítimas dessa situação caótica que estamos vivendo hoje no país.
Quando iremos pensar e agir na direção da causa do problema? Quando iremos parar de adotar medidas paliativas, especialmente em períodos pré-eleitorais?
Está passando da hora de pensarmos em projetos políticos contra a violência – temos o dever de parar com medidas politiqueiras e imediatistas que em nada resultarão.
Temos que investir em estudos científicos para detectarmos as causas do problema e é só assim que poderemos descobrir a solução.
Recentemente foi feito um estudo que detectou que muitos dos brasileiros que estão nascendo, não irão ter convivência ou não conhecerão a figura paterna. Isso não seria um bom ponto de partida para caminharmos em direção a uma atitude que realmente possa mudar esse quadro dramático que vivemos?
É inevitável pensarmos na questão do Planejamento Familiar não só como tema de debate em escolas, mas como um projeto político sério e efetivo.
Medidas paliativas podem render espaço em jornais e criar uma falsa expectativa na população, mas é só isso que querem nossos dirigentes políticos e detentores de cargos públicos importantes?
Nesse momento pré-eleições, devemos levar em conta tudo isso. Afinal qual o perfil que queremos que nossos representantes tenham? Queremos politiqueiros simpáticos que distribuam gentilezas e sorrisos ou homens com visão política o que implica em processos muitas vezes a longo prazo mas que tenham conteúdo sério e rico para a construção de um futuro melhor?
Penso também, que ao tratarmos da criminalidade, teremos a oportunidade de nos aproximarmos dos protagonistas da cena - os criminosos; que na maioria das vezes, convivem com violência e criminalidade desde que nascem. São, portanto, vítimas fatais do sistema e por absoluta falta de oportunidade se tornam seres que geralmente iniciam uma trajetória na vida criminosa sem que haja a possibilidade de um caminho de volta à vida na sociedade.
Temos que achar um caminho para que possamos romper com esse ciclo vicioso onde a criminalidade está geralmente ligada a falta de possibilidade de resgate social desses seres humanos, que estão fadados a reproduzirem o mundo que vivem - violento e sem amor.

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