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sábado, 23 de outubro de 2010

Dez Minutos de Prazer

Tenho lido muitos livros que na maioria das vezes se reportam a uma fase da vida que por não ser passageira, é tão importante. Falo da infância e de quanto éramos verdadeiros e fiéis ao que sentíamos. Reagíamos a tudo com muita naturalidade sem usarmos máscaras ou personagens - exceto durante as brincadeiras, como forma de experimentação de sentimentos e de sensações.
Diante de problemas, recorríamos ao mundo lúdico e lá geralmente havia todas as respostas que precisávamos naquele momento.
Nos permitíamos sentir e reagir sem a preocupação que temos hoje como adultos de não mostrarmos quem somos realmente, especialmente nosso lado feio e proibido.
Quando pequenos, éramos o que éramos, sem-culpa ou vergonha. Claro que não estou abordando aqui as intervenções nocivas dos adultos nesse período.
Estou tentando me reportar àquela fase da infância onde ainda havia inocência e tudo que precisávamos era sermos nós mesmos... Livres e sem auto-julgamento.
Hoje em dia penso que seria ótimo se cada vez que tivéssemos um problema, pudéssemos nos reportar a essa fase da vida e tentássemos nos colocar no lugar da criança que fomos. Claro que estou sugerindo um exercício difícil, uma vez que criamos ao longo do tempo muitas amarras, armaduras, máscaras e personagens.
Ainda assim insisto, vamos tentar imaginar: não precisaríamos fingir cordialidade, educação, seriedade quando tudo que queremos é: dar risadas em situações estabelecidas como 'sérias'; ao olharmos nossa agenda e diante de vários compromissos sociais ignorarmos todos ao percebermos que o que mais queremos é ficar sozinhos; poderíamos chorar à vontade sempre que tivéssemos vontade, independente do local e situação em que estivermos - principalmente no caso dos homens, afinal aos meninos é permitido derramar todas as lágrimas! E tantas outras situações... Imaginem como seria prazeroso chegarmos tão perto da nossa verdadeira essência!
Sei que socialmente poderia virar uma confusão adotarmos comportamentos tão "indesejáveis", mas convenhamos: não seria uma delícia, nem que fosse por apenas dez minutos, sermos nós mesmos?

5 comentários:

  1. Vou te contar um segredo: faço tudo isso! Não dou a mínima para o que vão pensar. Com o tempo, aprendi a dizer não, e a sensação de liberdade é maravilhosa. Voltei a ser criança: verdadeiro e fiel ao que sinto. Excelente texto. Abç!

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  2. Que lindo!
    Obrigada por compartilhar a tua experiência, com certeza vou me inspirar nela!
    Abraço.

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  3. MINHA AMIGA QUE INSPIRADOR,NA VERDADE SOMOS LIVRES SEMPRE QUANDO PODEMOS NOS EXPRESSARMOS DE MANEIRA SINCERA,INDEPENDENTE E SEM MASCARAS. ADOREI, CONTINUE ASSIM! MIL BJS.

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  4. AMEI,CONTINUE, NAO PARE ESTÃO ÓTIMOS!

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  5. Obrigada, Jaque! Adorei tua visita, volte sempre...

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