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terça-feira, 19 de julho de 2011

Paternidade e Maternidade Conscientes - parte 2

Hoje me ligaram de uma creche pedindo contribuição.
Como sempre faço, perguntei se havia algum trabalho de Planejamento Familiar junto às famílias assistidas.
A moça que estava no telefone me respondeu com um sonoro "ah?" e simplesmente disse que ligaria outra hora.
Acho que tanto a Sociedade quanto o Estado devem contribuir para que nossas crianças sejam tiradas das ruas e tenham aquilo que lhes é de direito. Apenas acho que somente isso nunca resolverá a questão.
Se fosse assim, o problema do abandono infantil já estaria resolvido. Afinal dar esmolas é uma coisa que culturalmente fazemos há muito tempo...
Minha pergunta à moça da creche foi com essa intenção - não acredito que estaremos realmente ajudando se apenas estivermos dando donativos.
Precisamos em primeiro lugar redefinir o atendimento assistencialista que é oferecido por esse tipo de estabelecimento. A intenção da maioria dessas pessoas, que muitas vezes trabalham até como voluntárias, é boa mas nada eficaz.
Nunca haverá verba suficiente para atender as demandas dessa sociedade que a meu ver, está equivocada quanto a responsabilizar pais e mães.
Passo sempre na frente de uma dessas creches e o que vejo geralmente são adolescentes (as mães - muitas vezes grávidas) levando, no mínimo, duas crianças. Nunca vejo nenhum homem que possa ser identificado como pai ou figura paterna.
Me pergunto como é trabalhada nesta instituição, essa questão de gravidez na adolescência... Se é que é questionada.
Essas meninas, provavelmente terão mais filhos e como não tratarmos esta questão e acharmos que estamos preparados para essa produção desenfreada de crianças cujas mães são pouco mais que crianças e os pais são completamente ausentes?

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