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domingo, 25 de julho de 2010

Maternidade e Paternidade Conscientes

Lendo uma matéria de hoje num jornal, sobre crack, não consegui passar do título.
Por que sempre que leio alguma coisa sobre esse tema sempre imagino um cachorro correndo atrás do rabo?
O cachorro fica incessantemente correndo sem nunca alcançar seu alvo, o rabo.
Com relação ao crack, acho que acontece a mesma coisa, se fala muito, é dado muito espaço para discussões com os mais diversos profissionais, mas não acredito que somente dessa forma teremos resultados significativos.
Acho importante esse tema seja discutido amplamente, mas acho que temos que partir para a solução do problema, atacando uma das principais causas.
Onde estão a maioria dos usuários? Nas ruas.
Por que estão nas ruas? Onde estão seus pais? Ausentes, na maioria dos casos.
Qual é a estrutura familiar desses usuários? Qual o contexto social que eles estão inseridos?
Provavelmente iremos chegar ao âmago da questão que é a questão da paternidade e maternidade consciente!!!
Não devemos ver o Estado como responsável pelas crianças que geramos, nem mesmo os avós, amigos, assistentes sociais, etc. Somos nós, pais e mães, os responsáveis!
Se nossos filhos estão nas ruas, sujeitos a qualquer perigo - seja através de drogas, prostituição, crime organizado,... temos que nos responsabilizar por isso.
Nós os geramos porque de alguma forma queríamos isso. Os métodos anti-contraceptivos estão todos aí a nossa disposição.
Podemos ficar correndo atrás do rabo por muitos e muitos anos e com isso venderemos jornais, revistas e ocuparemos muito espaço na mídia mas isso não mudará significativamente o quadro triste que vivemos.
O que fazer? No meu entendimento só existe uma solução para este e para tantos outros problemas graves que afetam nossa sociedade, inclusive a violência:
Planejamento Familiar - filhos que sejam gerados com responsabilidade pelos pais e mães.
Em certa ocasião, quando discutia esse tema com algumas pessoas, alguém me questionou perguntando se eu estava me referindo à camada mais pobre da sociedade, ao falar de Planejamento Familiar. Respondi que sim, sem dúvida! Não sejamos hipócritas! As outras camadas da sociedade há muito tempo já controlam o número de filhos que terão.
O que vemos hoje na nossa estrutura social são mulheres solitárias com vários filhos, sendo que cada um de um pai diferente. Obviamente que não darão conta de criar essas crianças e logo elas estarão nas ruas sujeitas a qualquer tipo de violência e criminalidade.
E enquanto isso continuar acontecendo descontroladamente, nunca haverá projeto social com amplitude suficiente para sanar ou pelo menos amenizar o problema.
Jamais haverá um número suficiente de escolas capacitadas, moradias, hospitais, emprego,... vida digna para essa parcela de brasileiros que vivem à margem da sociedade.
Que sociedade estamos construindo, que estrutura familiar é essa?
Já ficou comprovado através de uma pesquisa feita num presídio no nordeste que a maioria dos aprisionados não conheceu seu pai ou não tiveram convivência com ele.
Acho que somente a partir da maternidade e paternidade conscientes é que poderemos gerar um modelo de sociedade mais justa e com menos violência. Caso contrário, a situação continuará fora de controle.

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