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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Síndrome do Pânico

Infelizmente sei bem o que é síndrome do pânico...
Vou tentar explicar: imagine você andando numa rua deserta, num dia lindo, ensolarado,temperatura agradável e de repente surge um cachorro que começa a latir ferozmente para você.
O que acontece então? A partir do medo e do instinto de sobrevivência, seu corpo irá reagir - a quantidade de adrenalina no sangue é aumentada, aumentarão seus batimentos cardíacos, etc. Todo seu corpo terá uma reação instantanea.
Quando se trata de Síndrome do Pânico, a única diferença, é que não existe cachorro.
Portanto, nos sentimos completamente inseguros e achando que vamos morrer, porque nada justifica toda essa reação que nosso corpo apresenta.
A confusão mental é total! Não sabemos o que fazer, é uma angústia sem precedentes...
É, acho que nós que sofremos desse mal, podemos dizer que conhecemos o fundo do poço.
É muita dor e medo de ter medo.
No meu caso, geralmente, é a partir de alguma doença física concreta. Começo sentindo como se estivesse usando uma máscara de snorkel, usada para mergulho.
Às vezes, tenho dor no peito e formigamento no braço esquerdo (será coincidência? porque geralmente é esse o braço que dói quando temos infarto). Logo após, minha respiração fica curta e rápida, minha pressão arterial aumenta.
Conclusão: acho que estou infartando ou tendo um AVC.
Se vocês conhecem alguém que sofra desse mal, fiquem atentos. O problema poderá evoluir, impedido então, que a pessoa leve uma vida normal.
Eu, tive a sorte de poder fazer análise por uns quatro anos. Isso ajudou.
Hoje, tenho pequenas crises, que alguns profissionais denominam como uma ansiedade extremada.
Toda pessoa que já viveu esse problema, fica com o fantasma dele rondando por toda vida - esperando um momento de fragilidade, stress, depressão...
O ideal, é enfrentarmos quando temos força para isso.
Se não conseguimos sair de casa, devemos começar indo até o pátio ou até a esquina. E assim, sucessivamente, voltando a vida.
No início é horrível, mas este é o melhor remédio: o enfrentamento.
Claro que junto com o enfrentamento, se tivermos condições, devemos fazer tratamento com psiquiatra e também psicoterapêutico.
Após, podemos fazer até tratamento psicanalítico.
Quando estamos no meio das crises fica difícil imaginarmos que a vida será como era antes...
Na verdade nunca mais será exatamente como era, mas existe a possibilidade de superação, onde se consiga viver melhor após a doença.
Hoje eu dou muito mais valor a tudo de bom que está acontecendo neste exato momento, na minha vida.
Acho que é muito comum que algumas pessoas que tenham passado por situações de doenças, passem a dar mais valor ao momento.

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