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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Parada!

Torci o pé dia 16 de abril, subindo as escadas aqui em casa.
Estava carregando muitas sacolas, errei um degrau e caí.
Quando conto para as pessoas que caí da escada por esse motivo, eu imagino que elas devam pensar que eu tenha exagerado nas compras para mim, mas não, eram compras para meus filhos.
Quem mora em casa com escada, pode entender melhor - quando subimos para o andar superior, queremos aproveitar ao máximo e levamos tudo que podemos como se tivéssemos cabides ao invés de braços.
No momento que aconteceu, pensei: quebrei o pé e vou ter que parar com tudo que estou fazendo!
Fomos para o hospital e depois de ter feito várias radiografias, na consulta final com o médico, ele me disse que era "apenas uma torção", não havia quebrado nada.
Por alguns segundos fiquei feliz e pensei que conseguiria manter pelo menos algumas das minhas atividades... Foi quando o médico me disse que não poderia fazer nada, apenas esperar e repousar!
Ainda tentei negociar, perguntando se poderia fazer "meio treino"...
Imaginei que alguém poderia me levar até a academia de cadeira de rodas e então, não haveria nenhum problema.
Ele respondeu de forma enérgica que não, eu ficaria imobilizada e que deveria voltar em três dias para uma nova consulta.
Na nova consulta, ele reforçou dizendo que eu não poderia fazer nada nos próximos dias, que deveria voltar depois de 10 dias e indicou que eu começasse a fazer fisioterapia o mais rápido possível.
Foi nesse momento que percebi que teria que me superar: de repouso na Páscoa, não!!!
Costumo entrar no espírito da Páscoa muito antes do dia - quando ao entrar no supermercado vejo o paraíso através daqueles túneis de chocolate...
E só saio deste espírito de Páscoa muitos dias depois do domingo.
Páscoa para mim é um período sagrado, não por motivos religiosos, mas porque Páscoa para mim sempre foi sinônimo de chocolate liberado.
Como já havia comprado alguns chocolates para uso doméstico e alguns para dar de presente para meus filhos, minha mãe, minha sogra, meus afilhados, dá para imaginar o que aconteceu!
Restou pouca coisa, comi todos os chocolates para uso doméstico e grande parte dos presentes, só sobraram alguns poucos ovos (respeitei o símbolo), um roupão que havia comprado para a minha nora, que não come chocolate e uma bandana para um afilhado que também não gosta muito - sorte deles, que os presente não eram comestíveis!
Agora, espero estar no final deste processo, embora todos os dias as fisioterapeutas reafirmem o que o médico do hospital e a fisiatra disseram - nada de caminhar, nada de treino, nada de zumba!
Antes deste incidente, eu estava com minha agenda diária lotada de compromissos, sem tempo para respirar.
Penso que nada acontece por acaso e estou até repensando esse estilo de vida que acabei adotando.
Dia 16 de abril, o Universo disse: parada!

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