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sábado, 12 de março de 2011

Falsas feministas

Estava assistindo a um programa de debates na TV e embora o programa já estivesse em andamento quando liguei a televisão, pude perceber que pauta era alusiva ao dia das mulheres.

Sou contra esse tipo de homenagem vazia, mas acho que vale a pena levantar esse tipo de debate em qualquer momento.

Um amigo fez uma brincadeira que me fez pensar - ele disse: É, vocês mulheres tem um dia apenas, enquanto nós homens temos 364.

Acho mesmo que a conquista de direitos ainda passa longe da maioria das mulheres e pior que isso - não conquistamos nossos direitos nem mesmo dentro de nossas casas.

Mas voltando ao programa da televisão...

Eram quatro mulheres e uma apresentadora. 

Todas intelectuais e bem sucedidas em suas profissões.

Em determinado momento, foi perguntado como eram as relações delas dentro de suas casas - quanto a tarefas domésticas e todas estavam satisfeitas porque seus namorados, ficantes ou maridos eram COLABORADORES!

Acreditam que, nesses casos, as mulheres inteligentes e bem sucedidas se satisfazem com colaboração???

A começar por aí, o resto se desenha...

Chamo esse tipo de mulher de falsa feminista.

Dentro de casa são um tipo de pessoa e quando saem para rua são outro completamente diferente.

A mulher que realmente é feminista e busca os mesmos direitos que os homens, jamais vai se contentar com migalhas.

E muito menos quando se tratar de relacionamentos amorosos.

Seria o mesmo que parar no meio do caminho, desistir do que se acredita.

Certo dia, estava conversando sobre esse assunto com duas mulheres - uma tinha de 63 anos e a outra 24.

A mulher de 63 anos dizia que havia, há muito tempo, desistido de pedir ajuda ao marido com relação a arrumação e afazeres da casa.

Eu e a menina de 24 anos dissemos a ela que não iríamos desistir nunca, em respeito a nós mesmas.

A culpa de muitas coisas ruins que acontecem com as mulheres, tem relação direta com o comportamento adotado diante dos problemas - às vezes por comodidade e outras por medo de perderem seus homens.

Afinal, ser feminista de verdade dá muito trabalho, mas vale a pena.





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