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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Emergência

Hoje, por volta das 5 horas, tivemos um caso de doença na família e tivemos que procurar um serviço de atendimento de emergência aqui em Porto Alegre.
Chegamos rapidamente ao hospital porque estávamos bastante preocupados em função de que se tratava de um caso de alergia e estávamos com medo diante da possibilidade de que houvesse fechamento de glote e se tornasse um caso mais grave.
Quando entramos no local do Plantão, estava vazio e ficamos surpresos e sem entender como que um serviço de emergência de um grande hospital podia estar sem ninguém para nos atender?
Minutos depois, chegou um guarda para nos informar que seríamos atendidos em breve, assim que o recepcionista voltasse do banco. Não conseguia acreditar e só nos restou esperar...
Fiquei pensando em como deve ser o atendimento pelo SUS, considerando que, embora tivéssemos um bom convênio, o atendimento estava daquele jeito.
Tentei me acalmar e em seguida chegou o atendente que nos recebeu de modo formal e lento e começou então a preencher um formulário interminável - imaginem se não fosse uma emergência!
Quando finalmente fomos atendidos por uma médica, nossa insatisfação continuou, infelizmente.
Ela começou o atendimento fazendo algumas perguntas e digitando novamente algumas informações que já havíamos fornecido ao atendente, e não sei o que mais ela tanto digitava - o que sentimos na hora e comentamos depois, é que parecia que ela estava redigindo uma monografia interminável, considerando o tempo que levou.
Em compensação, foi extremamente rápida quando deu o provável diagnóstico e receitou um remédio que seria testado. Disse também que a paciente teria que ficar em observação por 1 hora para que fosse feita uma avaliação da reação a medicação que ela não sabia ao certo se daria resultado positivo.
Ainda perguntei, sem resposta, se a dose poderia ser baixa, em função do perigo a uma nova reação alérgica, mas não obtive uma resposta objetiva.
Claro que tive vontade de sugerir que fôssemos a outro local, mas imaginei que esta situação deva ser igual em qualquer hospital, em um plantão em dia de feriado.
Ainda bem que tudo acabou dando certo, mas poderia ter acabado numa situação pior do que a que estávamos quando chegamos.

2 comentários:

  1. Oi, Magali! Há quanto tempo, hein? Essa situação que vc descreveu infelizmente, com exceções, é comum por aqui.

    Um amigo estava nos Estados Unidos e precisou atendimento por uma dor abdominal. Chegou no hospital, já condicionado pela nossa realidade, e foi mostrando documentos e se explicando. A recepcionista disse:

    - Isso vemos depois. Passe aqui, por favor.

    Foi atendido e preencheu formulários APÓS, quando em condições. A razão para esse contraste é simples: a justiça americana funciona. Ai de quem deixar paciente sofrendo esperando rss. Abç!

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  2. Oi, Luiz Fernando! Estava com saudade dos teus comentários sempre tão bem vindos por aqui...
    Acho que o Sistema de Saúde no Brasil está falido há muito tempo e continua piorando a cada dia. Infelizmente isso acontece com a conivência e descaso político de todos os poderes, inclusive o Judiciário.
    E o mais terrível é que a população acaba até se conformando com todo esse desrespeito, e quando ouvimos relatos como o do teu amigo, nos Estados Unidos, parece que se trata de algo que aconteceu em outro planeta.

    Abração!

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