Sim, isso é a mais pura
verdade.
As outras pessoas podem até
tentar ter uma ideia do que se passa nos momentos de crise de pânico, mas eu
penso que mal chegarão perto de conseguirem imaginar a dimensão do problema.
Hoje quando ouço relatos - e
não sei por que, mas parece que os casos vêm aumentando exponencialmente -
sempre vem acompanhado de comentários sobre o comportamento das pessoas que
presenciam as crises.
Sempre ouço a mesma queixa de
que as pessoas ao redor não percebem a gravidade do problema, pensam que seja
só uma crise nervosa.
Quem dera fosse...
Quando tive minha pior crise de
pânico, estava completamente estressada, especialmente com relação ao trabalho
e lembro bem como sofri.
E apesar de todo sofrimento,
fiquei apenas um dia sem trabalhar e me forcei a levar a vida adiante, mesmo
sabendo que isso seria muito difícil.
Sofria quando estava no
trabalho, sofria quando estava em casa, sofria quando ia ao shopping - sofria
em tempo integral.
Quanto ao sono, talvez isso
tenha sido um dos piores problemas que enfrentei, acordava tendo crises no meio
da noite e depois disso, não conseguia voltar a dormir.
A importância do sono regular
no processo de controle da doença é fundamental, assim como o cuidado com os níveis de stress.
Outro fator importante é o uso
de medicações para contornar as crises, que devem ser sempre indicadas por
médicos e usadas de forma moderada - só mesmo quando for muito necessário.
Os ansiolíticos cumprem um
papel imediatista importante, porém se possível o ideal é um acompanhamento
psicoterapêutico até que consigamos conviver com a doença e até que nossa
qualidade de vida possa retornar à normalidade.